Sedi inicia websérie para mostrar potencial de Goiás a empresários e CEOs de países exportadores de tecnologia

Primeiro episódio recebeu empresários de Israel, que mostraram interesse em investir no ecossistema de inovação goiano

A Secretaria de Desenvolvimento e Inovação, por meio da Superintendência de Negócios Internacionais, iniciou, nesta quarta-feira (9), uma websérie com o objetivo de conectar países exportadores de tecnologia com o ecossistema de inovação do Estado. A primeira delas, transmitida ao vivo pelo canal da Rede Itego no YouTube, reuniu empresários de Israel dispostos a conhecer e a investir no ecossistema de inovação goiano.

“Israel é conhecido como Startup Nation. Um país que, apesar de pequeno territorialmente, tem exportado tecnologia para o mundo. Além disso, Goiás tem experimentado uma aproximação muito grande com Israel” explicou o gerente de Organização de Feira e Eventos de Tecnologia Nacional e Internacional da SEDI, Ronaldo Costa, sobre a escolha de Israel para inaugurar a webserie, cujo primeiro episódio foi batizado de Desenvolvimento e Inovação em Goiás – Startups de Israel (Development and Innovation in Goiás-Startups from Israel)

O superintendente de Negócios e Inovação da SEDI, Edival Lourenço Júnior, destacou que a participação dos empresários israelenses na primeira edição é resultado de uma aproximação forte com o país do Oriente Médio. “Essa live é um resultado desta aproximação, pois estamos trazendo duas empresas de ponta de tecnologia do Estado de Israel, com foco na atração de investimentos e cooperação técnica voltada para a inovação”.

Participaram do encontro os empresários Halim Jurban, CEO da Phytolon, Sincha Shoreo, CEO da AgroScout e Gabriel Schinchak, sócio da Sirius Global VC, que são representantes de Israel no encontro de negócios. O webinar foi transmitido no canal da Rede Itego no YouTube (www.youtube.com/redeitego).

Durante o evento, o superintendente Edival Lourenço Júnior apresentou algumas ações que o governo de Goiás realiza com foco na inovação, atração de investimentos e promoção de negócios internacionais. Uma das ações mais destacadas foi a realização da Campus Party Goiás.

“A Campus mostrou a força do ecossistema de inovação do Estado”, avalia Edival Lourenço, ressaltando os recordes de público da edição de 2019, que foi realizada no shopping Passeio das Águas, e também da edição deste ano, ocorrida virtualmente por causa da pandemia do novo coronavírus.

Os incentivos aos Parques Tecnológicos, os investimentos no Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (Ceagre) em Rio Verde, o lançamento do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA), em parceria com a UFG, e a criação do primeiro curso de bacharelado de Inteligência Artificial no Brasil, na UFG, foram outros pontos apresentados pelo superintendente como atrativos do Estado.

“Goiás está se consolidando como principal hub em inteligência artificial, algo inédito para um Estado tão dependente do agronegócio, dependentes com orgulho, pois o agro traz muitas divisas, empregos e riquezas para o Estado. Mas temos que diversificar isto, aplicando tecnologia, ciência e inovação ao agronegócio e à indústria”, avalia.

Gabriel Schinchak, sócio da Sirius Global VC e membro da Câmara de Cooperação Israel – Brasil Central, falou sobre a importância da tecnologia e do trabalho em conjunto que tem realizado com o Estado de Goiás. O encontro para ele representa a oportunidade de aproximar Goiás do ecossistema de inovação de Israel. “Temos um grupo de empresários investindo em startups em Israel, não que o Brasil não tenha boas startups, temos muitas excelentes e o ecossistema brasileiro é muito bom. Mas é interessante ver o que está acontecendo fora e direcionar essa tecnologia para áreas que sejam complementares às iniciativas que temos no Brasil”, explica.

Startups

O Ceo da Phytolon, Halim Jubran, apresentou sua empresa que é uma startup foodtech que tem uma solução para o uso de corantes artificiais, pela substituição por corantes naturais. Segundo Jubran, o foco é atender indústrias alimentícias, visto que 70% do mercado de corante está voltado para o setor de alimentos. O empresário também citou o interesse no setor de cosméticos de Goiás. “Sabemos que a indústria de cosméticos é muito forte aqui em Goiás, e podemos apresentar soluções para este mercado”, prospectou.

Outra empresa convidada a participar do webinar foi a AgroScout, que desenvolveu um software com o objetivo de tornar o drone uma ferramenta que possa trazer melhor produtividade para o campo.

“É comum que produtores no mundo tenham uma perda de 20% a 40% de suas lavouras devido a doenças ou pragas. A AgroScout consegue diminuir para 5%, fazendo o que chamamos de agricultura de precisão, independente do tamanho da área”, explica. Com imagens de alta resolução obtidas por drones, é possível a detecção precoce de pragas e doenças, completa o CEO da AgroScout.

Hoje a empresa tem avaliado culturas de batata, por ser uma cultura comum em Israel e Europa. A empresa tem interesse em desenvolver a tecnologia para atender o mercado da soja no Brasil.

Governo na palma da mão

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