Secretário de Desenvolvimento defende que inovação é o único caminho para o futuro
Em um mundo que passa por acelerada transformação, inovar é fundamental para todos os negócios, sejam eles de grandes, médias, pequenas ou micro empresas. Essa foi a mensagem deixada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), Adriano da Rocha Lima, que proferiu nesta quarta-feira, 30, no shopping Bougainville, uma palestra na abertura do Seminário Mobinova, cujo tema é “Inovação para a mobilidade coletiva e sustentável”.
Intitulada “Inovação Destruidora e Inteligência Artificial”, a palestra teve como foco a necessidade da inovação, única saída para evitar que empresas e seus produtos fiquem obsoletos.
“Cerca de 90% das boas ideias não são colocadas em prática e é por isso que, dificilmente, empresas de grande porte fazem inovações radicais. Mas então qual o motivo delas investirem tanto em inovação? É por que só existe uma certeza: tudo o que existe hoje será destruído e, portanto, inovar é o único caminho”, explicou Adriano da Rocha Lima.
Como exemplo de “inovação destruidora”, o secretário citou empresas como a Uber e o Airbnb, que revolucionaram, respectivamente, o setor de transporte e hotelaria. Para ele, os dois casos demonstram o “impacto gigantesco” que a inteligência artificial já provoca em nossa sociedade.
Segundo Adriano, essas mudanças também têm potencial para criarem conflitos sociais, como, por exemplo, as disputas entre taxistas e motoristas de Uber. “Se olhar bem, os dois lados têm argumentos válidos, mas é preciso equilibrar esse tipo de situação para que haja harmonia”, explicou.
Para exemplificar os conflitos provocados pela inteligência artificial, o titular da SED citou a medicina e a utilização de carros autônomos. Segundo ele, veículos sem motoristas provocam menos acidentes e não estão sujeitos a problemas como embriaguez no volante, mas, por outro lado, devem significar a perda de milhões de empregos.
Na saúde, já há testes que mostram que a inteligência artificial é mais bem sucedida para identificar câncer de pele do que dermatologistas. Outro campo polêmico é o do chamado melhoramento humano, que envolve o mapeamento genético para a detecção de doenças que podem se manifestar no futuro.
Para Adriano Rocha Lima, tudo isso mostra como a inteligência artificial será fundamental para a inovação em nossa sociedade. O que no entanto, não significa que homens e mulheres ficarão à margem desse processo. De acordo com ele, é possível uma coexistência pacífica entre humanos e máquinas.
“Devemos cuidar para que nossas crianças não sejam vítimas, mas complementares a esse processo. No futuro, vamos precisar de profissões que unam cabeça, coração e mãos, ou seja, a inteligência, a emoção e a habilidade”, argumentou o secretário.
Comunicação – SED