Governo atua em conjunto com a Aneel para resolver crise de energia elétrica em Goiás

O Governo do Estado juntou forças com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para reforçar a necessidade de um plano verdadeiramente emergencial da Enel para resolver a crise energética em Goiás. Na última segunda-feira (18), um documento detalhado da situação da foi entregue pelo governo à Aneel, levada pelo secretário Adriano da Rocha Lima, titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SEDI).

De acordo com o secretário, o prazo anteriormente acordado de cinco anos para a execução do plano de administração firmado com o Estado, terá que ser abreviado, sob pena de aprofundamento ainda maior da crise de energia elétrica por que passa Goiás. O titular da SEDI diz que conta com o reforço da Aneel para reverter o caráter de urgência dos quesitos firmados em acordo contratual no compromisso de venda da empresa.

“A população não pode mais conviver com as permanentes quedas de energia, tanto residenciais quanto as indústrias. A situação compromete o desenvolvimento do Estado, que tem compromissos não apenas com a quantidade, mas com a qualidade do produto contratado”, afirmou o secretário.

No documento entregue à Aneel, Rocha Lima ressalta a urgência de priorizar aspectos emergenciais das ações pela Enel Distribuidora Goiás, previstas anteriormente para execução em até cinco anos não poderão obedecer ao cronograma inicial para serem executadas.

Ele acredita que a Enel esteja colocando como obstáculo os investimentos necessários à antecipação da correção do sistema para eliminar o desperdício de energia elétrica, que está ocorrendo em volume muito superior ao permitido pelas agências reguladoras, segundo Rocha Lima.

“Quando a Enel comprou a Celg ela não foi surpreendida com a falta de qualidade da estrutura, ela fez todas as análises e sabia exatamente o nível de qualidade e investimentos a serem feitos. Da vez anterior, eles alegaram que o orçamento deles depende de Roma, sede da empresa. Mas ela descumpre todos os indicadores de qualidade estipulados pela Aneel. É a pior distribuidora do Brasil, a última do ranking de qualidade e o Estado não pode esperar mais tempo”, disse o Secretário. 

Quanto ao plano de cinco anos para trazer a Celg aos patamares exigidos pela agência reguladora, que se estenderia até 2022, Rocha Lima reafirma mais uma vez que Goiás não pode esperar esse tempo. “Goiás está registrando cortes de energia elétrica em índices inaceitáveis nos termos convencionais estipulados pela Aneel. São problemas em todas as regiões do estado, que prejudicam a economia do Estado e a sobrevivência da sociedade”, disse ele, que, nesta terça-feira (19) concedeu entrevistas sobre o tema à rádio Sagres 730, à CBN Goiânia e à TV Anhanguera.

 

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