Fapeg e MDR firmam convênio de R$ 2 milhões para investimento em pesquisa agropecuária
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) firmaram convênio no valor total de R$ 2 milhões com o objetivo de apoiar projetos de pesquisa em ciência e tecnologia. O extrato do convênio foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (21).
O recurso será investido em pesquisas que promovam a inovação tecnológica, o desenvolvimento empresarial e aumentar a competitividade das pequenas empresas e dos produtores rurais do Estado de Goiás.
O presidente da Fapeg, Robson Vieira, declarou que a aproximação entre Fundação e Ministério realizada no último ano foi fundamental para a liberação do recurso. “Construímos uma relação de confiança com o MDR mostrando as nossas linhas de atuação e a nossa preocupação com projetos e ações que pudessem contribuir com o desenvolvimento social e econômica do Estado de Goiás. O resultado desse trabalho é essa parceria agora estabelecida”, destacou.
O convênio prevê a disponibilização de R$ 1 milhão por parte do Governo de Goiás, por meio da Fapeg, e de outro R$ 1 milhão por parte do Ministério. “Servidores da Fapeg e do MDR se dedicaram intensamente no final de 2019 para viabilizar essa parceria. A dedicação e o conhecimento dos processos e lei foram decisivos para essa conquista”, relatou ainda Vieira.
Os projetos serão contratados por meio de chamadas públicas. Serão aceitas propostas com significativo risco tecnológico associado a oportunidades de mercado e incubação de startups, que possibilitem ampliar as capacidades no uso das Tecnologias da Informação (TICs).
Entre os temas prioritários dos projetos estarão Economia Circular e Fruticultura com foco em gestão de recursos hídricos na RIDE DF, e do Pecuária de Leite, no polo Arranjos Produtivos Locais (APL) Lácteo da região de São Luís de Montes Belos, no Oeste Goiano.
Beneficiários
O público-alvo do convênio são pesquisadores, instituições de ensino superior, instituições de ciência, tecnologia e inovação, startups, pequenas e médias empresas, produtores rurais, parques tecnológicos, instituições e órgãos públicos atuantes nas áreas temáticas das regiões do Entorno de Brasília e Polo APL Lácteo de São Luís de Montes Belos.
O desenvolvimento dos projetos, ou seja, a execução da pesquisa tem duração prevista de 12 meses. As ações dos projetos serão monitoradas e avaliadas objetivando a gestão adequada e regular das parcerias.
O acompanhamento dos prazos e resultados será realizado por meio de relatórios parciais e finais, visitas in loco ou outros meios de registro que certifiquem o engajamento dos responsáveis diretos pela execução.
A Fapeg tem agora seis meses para prospectar parceiros e realizar a seleção de projetos de pesquisa e inovação para posterior contratação dos selecionados.
Desenvolvimento
O Entorno do DF produz menos da metade das frutas consumidas, sendo a baixa competitividade dos produtores e sazonalidade principais motivos. A produtividade leiteira dos produtores familiares do APL Lácteo de São Luís de Montes Belos/GO é 13% inferior à média estadual e cerca de 70% deles têm produção inferior a 100 l/dia, conferindo baixa lucratividade. A proposta do convênio é estimular a geração de conhecimento, novas tecnologias, produtos e processos inovadores para resolução de tais problemas.
Entre as soluções almejadas estão tecnologias que contribuam para a maior eficiência de recursos hídricos em uma das regiões carentes do estado de Goiás, e também, prospecção de tecnologias para produção in vitro de embriões de bovinos leiteiros adaptados as condições do oeste goiano elevando a produtividade do rebanho leiteiro.
Ao executar o convênio, a Fapeg busca incrementar a contribuição da pesquisa para o desenvolvimento econômico e social; induzir o aumento do investimento privado em pesquisa tecnológica; possibilitar que as empresas se associem a pesquisadores do ambiente acadêmico em projetos de pesquisa visando à inovação tecnológica; e ainda, contribuir para a formação e o desenvolvimento de núcleos de desenvolvimento tecnológico nas empresas e para o emprego de pesquisadores no mercado.