Crédito Produtivo empresta R$ 3,708 milhões e gera cerca de 300 empregos no primeiro trimestre de 2019
O saldo do programa Crédito Produtivo, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedi), no primeiro trimestre de 2019 mostra que foram liberados R$ 3,708 milhões em empréstimos, gerando 269 empregos diretos. Até agora, foram contemplados empreendedores das regiões Sul, Central, Leste, Norte e Noroeste do Estado, em um total de 19 empresas.
As possibilidades de aumento desse número são grandes, já que menos de 10% do total dos empresários já habilitados pelo curso Plano de Negócios buscaram os empréstimos. Atualmente, estão habilitados 1.122 empresários de pequeno e médio portes, mas a tendência é que esse número cresça ainda mais, já que, em algumas cidades, há fila de espera pelos cursos.
Para se ter uma ideia da demanda, em janeiro foram 54 empreendedores. Em fevereiro e março, a procura disparou, já que foram 1.068 inscritos para as turmas disponibilizadas nos dois meses. Em Goiânia, são 55 vagas por semana, fora as oferecidas no interior do Estado.
O secretário de Desenvolvimento e Inovação, Adriano da Rocha Lima, atribui os números positivos à vocação natural dos goianos para o desenvolvimento, aliado às oportunidades oferecidas, como, por exemplo, os empréstimos do Crédito Produtivo e a capacitação para a gestão dos negócios.
“O goiano tem uma cultura empreendedora muito forte. Com o curso Plano de Negócios, queremos ajudar nesse desenvolvimento. É apenas o começo da caminhada”, destaca o titular da SEDI, Adriano da Rocha Lima, ressaltando que, atualmente, mais de 70% dos empregos gerados no Estado vêm das Micro e Pequenas Empresas.
Para o superintendente de Micro e Pequenas Empresas da Sedi, Marcos Arriel, a alta demanda reflete a necessidade de profissionalização sentida pelos empreendedores. “Isso mostra o desejo dos empreendedores de profissionalizarem a gestão de seus negócios. Essa capacitação, bem como o Crédito Produtivo, são duas importantes ações do Governo estadual, que fortalece um dos segmentos que mais contribuem para a geração de emprego e renda no Estado”, avalia
O gerente de Capacitação e Desenvolvimento da Superintendência de Micro e Pequenas Empresas da Sedi, Leandro da Mota Crispim, ressalta o apoio do governo para que os números da geração de empregos pelas Micro e Pequenas Empresas no estado e no país sejam positivos.
“O apoio do Governo, reforçado com a capacitação e o acesso ao Crédito Produtivo, dentro do programa Crescer Competitivo, cobrando uma taxa 27% menor que as taxas praticadas pelas instituições do varejo no mercado, contribuiu para o balanço positivo de 71% de vagas criadas pelas MPEs no estado”, disse Leandro. Os dados são do Caged/Ministério do Trabalho, e deram a Goiás o primeiro lugar na geração de empregos formais em fevereiro na região Centro Oeste, com 5.997 vagas.
Crédito Produtivo
De acordo com os registros da Superintendência de Micro e Pequenas Empresas da Sedi, foram fechadas 107 operações de crédito até o final de março, continuando os demais habilitados pelo curso Plano de Negócios com seus processos em andamento para liberação pela Agência de Fomento de Goiás, que é o agente financeiro do Governo do Estado para o programa Crédito Produtivo.
O Crédito Produtivo é recurso oriundo do programa Produzir, que atende às faixas de pequenos, médios e micro empresários com negócios formalizados em todo o estado de Goiás. São créditos de até R$ 30 mil destinados a Micro Empreendedores Individuais e R$ 50 mil para Micro e Pequenas Empresas, a juros competitivos e atrativos de 0,5% ao mês, que estimulam investimentos em setores diversificados da empresa, desde a estruturação física e administrativa, até à formação do capital de giro para reinvestimentos.
O processo de habilitação aos empréstimos passa obrigatoriamente pelos treinamentos do curso Plano de Negócios, formatado e ministrado pela Superintendência de Micro e Pequenas Empresas da Sedi, em parceria com o Sebrae. O passo seguinte é o processo do empréstimo que passa pelo crivo da Agência de Fomento de Goiás, que é o agente financeiro dos recursos.
Até aqui, a proposta de capilaridade dos recursos geridos pelo Estado para beneficiar os programas de desenvolvimento socioeconômicos continua sendo atendida. De acordo com o relatório trimestral da Superintendência de Micro e Pequenas Empresas da Sedi, foram contemplados tanto os municípios localizados em regiões mais industrializadas, quanto outros de regiões fora dos eixos de industrialização ou de economias menos aquecidas, que vêm pleiteando e recebendo os benefícios do Crédito Produtivo.
A distribuição dos recursos, até o momento, constante do balanço de atividades da Superintendência de Micro e Pequenas Empresas ficou definida da seguinte forma:
Regiões: Norte (Niquelândia); Sul (Catalão, Itumbiara, Jataí, Mineiros, Morrinhos, Palmeiras de Goiás, Paranaiguara e Quirinópolis); Noroeste (Crixás); Leste (Cidade de Goiás e Cocalzinho de Goiás); Centro (Anápolis, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Goianésia, Inhumas, Itapaci e Turvânia).