Governo de Goiás ouve demandas de tecnologia do setor automotivo

Ideia é aproximar a academia das indústrias instaladas em Goiás para explorar os benefícios do programa Rota 2030

A mobilidade elétrica é um mercado potencial no Brasil. Na última quarta-feira (14), o secretário de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), Marcio Cesar Pereira, realizou duas reuniões sobre o assunto, acompanhado do superintendente de Negócios Internacionais da Sedi, Edival Lourenço Oliveira Junior. A primeira reunião foi com representantes da Caoa Chery e, na sequência, com a BYD Brasil | Energia Limpa e Renovável.

Marcio explica que o intuito dos encontros virtuais foi o de entender como as indústrias automobilísticas estão se estruturando para os próximos anos nas questões elétrica e de eficiência energética, para que o Estado possa auxiliar essa cadeia produtiva por meio de aproximação com a academia (instituições de ensino).

A ideia é utilizar a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e a Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Goiás (Fapeg) para explorar, em conjunto com as fábricas, os benefícios do programa federal Rota 2030. “As pesquisas vão alcançar não só as montadoras, mas também as indústrias satélites fornecedoras, de modo a auxiliar no desenvolvimento do eixo energético automobilístico”, informa o secretário.

Exemplo de aproximação entre academia e a indústria em Goiás é a parceria entre a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e a própria Caoa no desenvolvimento de moléculas para aumentar a eficiência energética dos combustíveis em até 20%. O projeto está na fase 4, saindo da parte laboratorial para a fase de escala.

Eletricidade

A BYD é a maior fabricante global de baterias de lítio-ferro e de veículos elétricos e plug-in. No Brasil, a empresa abriu sua primeira fábrica em 2015 para produção de chassis de ônibus elétricos e comercialização de veículos e empilhadeiras em Campinas (SP). Ela apresentou, durante a reunião, seu projeto de ônibus elétricos e se mostrou interessada em fabricar baterias em Goiás, uma vez que o Estado é grande produtor de lítio.

“O crescimento da mobilidade elétrica, em Goiás e no Brasil, depende do compromisso deste ecossistema que envolve as montadoras automotivas, fornecedores, instituições de ensino e pesquisa, startups, empresa de energia, e governo. Nós, enquanto governo, estamos fazendo esta ponte”, finaliza Marcio Pereira.

Rota 2030

O programa tem como foco principal é incentivar os projetos de P&D (pesquisa e desenvolvimento) em toda a cadeia do setor automobilístico. Assim, o programa se estendeu aos setores das autopeças e dos sistemas estratégicos para a produção dos veículos. Quem adere ao Rota 2030, obtém incentivos fiscais. Uma das diretrizes do programa é “Incrementar a eficiência energética, o desempenho estrutural e a disponibilidade de tecnologias assistivas”.

Governo na palma da mão

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