Produzir libera incentivos a empresas que irão gerar mais de R$ 280 milhões em investimentos imediatos
A comissão ratificou a análise da última reunião do conselho, que aconteceu no ano passado, já que, segundo o entendimento dos novos integrantes, houve aprovações de projetos sem estudo aprofundado sobre o bônus e ônus da liberação dos inventivos que prevê o programa
O Conselho Deliberativo do Produzir realizou na manhã desta sexta-feira (25) a primeira reunião de 2019. Foram aprovados três projetos, que somam investimentos realizados pelas empresas de R$ 283,8 milhões em Goiás, com expectativa de geração de 141 empregos diretos.
As propostas foram analisadas pelo grupo presidido pelo superintendente Executivo de Indústria, Comércio e Serviços da Secretaria Estadual de Desenvolvimento (SED), César Augusto Sotkeviciene. A reunião, realizada no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, também teve a participação da secretária da Fazenda, Cristiane Schmidt, e do secretário de Gestão e Planejamento, Pedro Henrique Sales.
Entre os projetos aprovados está o de implantação da empresa Crown Embalagens, que lançou na semana passada a pedra fundamental de sua nova indústria na cidade de Rio Verde, no Sudoeste goiano. O investimento fixo para a fabricação de produtos de embalagens e lacres é de R$ 283,4 milhões, com geração de 114 empregos diretos e total de até 600 diretos e indiretos.
O superintendente Executivo de Indústria, Comércio e Serviços fez uma avaliação positiva desta primeira reunião e destacou a participação dos titulares da Sefaz e da Segplan. “A presença deles reforça as decisões que foram tomadas”, diz César Augusto. O superintendente explicou ainda que “não serão aprovados projetos sem análise. Temos que verificar qual é realmente o benefício que Goiás ganhará com essas indústrias. ”
Para Cristiane Schmidt, o Instituto Mauro Borges (IMB) terá um papel relevante neste aspecto. “Esse grupo fará avaliações das políticas públicas. Se queremos dar incentivos, então vamos ver o que aquilo trará para o goiano em benefícios sociais. Temos que fazer essa avaliação de custo-benefício”, explica a secretária da Fazenda. Ela pretende continuar participando das reuniões do Conselho do Produzir. “É uma sinalização muito relevante de que a futura Secretaria de Economia tem que estar junto de todo mundo, e o setor empresarial é muito importante. Uma economia não é movida pelo Estado, e sim pelo setor empresarial.”
“O conselho vai ter uma agenda de reuniões mais intensa no sentido de agilizar mais esse processo. A discussão girou em torno da necessidade de o Estado atrair mais indústrias, sempre com estudos voltados a ter uma maior eficiência desse investimento associada a uma política de desenvolvimento regional, de geração de emprego e renda”, afirma Rivael Aguiar Pereira, que assumirá a área de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços, que está sendo criada com a reforma administrativa.
Já Adonídio Neto Vieira Júnior, que comandará da equipe de atração de investimentos e negócios da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços, destaca que o Produzir é o maior programa de atração de empresas do Estado de Goiás. “Acreditamos que esse ano será de muita atração de investimentos para o País, e Goiás está à frente tanto em sua posição geográfica, de infraestrutura, como também nos benefícios fiscais. Nós tivemos uma redução temporária, mas acordada com o Fórum Empresarial. Essas mudanças vão vigorar por 12 meses, mas mesmo com elas Goiás ainda é muito competitivo”, arremata.