Empreender de maneira socioambiental, pensar um negócio cujo objetivo seja impactar positivamente, ter como foco a base da pirâmide social; trabalhar com gestão horizontal, respeitar os princípios da Carta de Princípios para Negócios de Impacto no Brasil, e, além disso, gerar capital autossuficiente.

Negócios de Impacto são iniciativas que possuem missão explícita de gerar impacto socioambiental de forma sustentável em sincronia com o resultado financeiro positivo e com a livre iniciativa.

Consequentemente, a nova empresa se responsabiliza pelo impacto de sua função, se tornando parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social e a preservação ambiental na comunidade em que atua.

No Brasil não há legislação específica, todavia, percebendo o crescimento deste tipo de negócio, criou-se a Força Tarefa de Finanças Sociais. A FTFS, como é conhecida, composta por representantes de vários segmentos da sociedade brasileira engajados no avanço desse ecossistema, fez uma consulta individual a 18 especialistas, além de mais 800 organizações brasileiras, gerando assim a chamada Carta de Princípios para Negócios de Impacto no Brasil.

O documento é uma base para os diversos tipos de organizações com geração de renda e querem investir em Negócios de Impacto. Para ler a Carta na integra clique aqui.

A Carta é formada por 4 princípios:

1. Compromisso com a Lógica Econômica: Têm de atuar com base num modelo de operação comercial voltado à sustentabilidade financeira;
2. Compromisso com a Governança Efetiva;
3. Compromisso com a Missão Social e Ambiental: Todo Negócio de Impacto tem de explicitar o compromisso com sua missão social e ambiental como parte de seu objetivo central;
4. Compromisso com o Impacto Social e Ambiental Monitorado: Precisam ter sua Teoria de Mudança explicita;

Estes são subdivididos em níveis, e o empreendimento será considerado Negócio de Impacto estando presente em todos os princípios.

É facultativo a cada Negócio de Impacto a divisão da parcela dos lucros (dividendos). No Brasil, se destacam três principais formatos:

1. Organizações da sociedade civil: Podem receber doações, mas não podem distribuir lucros;
2. Negócios sociais com formato jurídico de empresa: Visam lucro, mas reinvestem estes nos negócios;
3. Negócios de impacto que distribuem lucros a seus investidores.

Características dos Negócios de Impacto:

• Foco na população de baixa renda;
• Potencial de escalabilidade;
• Impacto social relacionado à atividade principal;
• Intencionalidade;
• Rentabilidade;
• Distribuição ou não de dividendos;
• Conectar interesses, causas e talentos comuns;
• Criar novas oportunidades de colaboração, parcerias comerciais e não comerciais entre os participantes dessa comunidade;
• Trazer para a conversa e proporcionar novas conexões a empresas (de tecnologia digital ou não) que estão apoiando a solução de desafios sociais.

Dicas para empreender:

• Apaixone-se pelo problema;
• Encarne o público-alvo;
• Crie um modelo de negócio viável;
• Valide suas hipóteses;
• Não tenha medo de arriscar.

Para a Superintendência de Economia Criativa, os Negócios de Impacto são caminhos para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Neste sentido há um comprometimento no apoio do maior número de projetos possíveis que tenham como finalidade a melhoria dessas áreas específicas:

1. Erradicação da pobreza;
2. Fome zero e agricultura sustentável;
3. Saúde e bem-estar;
4. Educação de qualidade;
5. Igualdade de gênero;
6. Água potável e saneamento;
7. Energia limpa e acessível;
8. Trabalho decente e crescimento econômico;
9. Indústria, inovação e infraestrutura;
10. Redução das desigualdades;
11. Cidades e comunidades sustentáveis;
12. Consumo e produção responsáveis;
13. Ação contra e mudança global do clima;
14. Vida terrestre;
15. Vida terrestre;
16. Paz, justiça e instituições eficazes;
17. Parceria e meios de implementação.

Para entender melhor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, clique aqui.

DADOS SOBRE RENDA MÉDIA BRASILEIRA

Fonte: Instituto Brasildeiro de Geografia e Estatística (IBGE)

(62) 3201-5498