O comércio varejista em Goiás,
acompanhando os resultados nacionais, apresentou um ótimo desempenho em
janeiro, se comparado ao mesmo período do ano anterior. O crescimento no volume
de vendas foi de 10,7% e na receita nominal 8,93%. O crescimento considerando o
mês anterior com ajuste sazonal, foi de 2,8% no volume de vendas e 1,8% na
receita nominal. Para o comércio varejista ampliado, que considera a venda de
veículos, motores partes e peças bem como material de construção, o
crescimento no volume de vendas foi de 15,1% e na receita nominal de 13,3%.
Estes dados são decorrentes principalmente dos segmentos influenciados pelo nível
de emprego e da renda disponível.

O principal
destaque no comércio varejista goiano foi o setor de supermercados e
hipermercados, que apresentou um crescimento em relação ao mesmo período de
12,2% no volume e 11,7% na receita nominal. Este segmento é influenciado pela
renda e pelo nível de emprego, e vem apresentando resultados consistentes em
todos os períodos.

O segmento móveis
e eletrodomésticos continua sendo influenciado pelas condições propícias de
crédito ao consumidor e pelo câmbio que pressiona para baixo o preço dos
produtos importados e através do acirramento da concorrência dos importados
também pressiona para baixo o preço dos similares nacionais. Tal fato impactou
no volume de vendas (22,5%) e na receita nominal (20,3%) Outro segmento sensível
à renda e que apresentou resultado positivo foi o de tecidos, vestuários e calçados
que apresentou um crescimento no volume de vendas de 12,1% e na receita nominal
de 17,4%.

O segmento
equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
influenciado pelo câmbio e pelo credito, apresentou um crescimento no volume de
vendas de 12,1%, porém, devido à redução dos preços dos mesmos, uma redução
na receita nominal de -0,1%.

O segmento
que continua destoando fortemente dos indicadores do varejo é o de combustíveis
e lubrificantes que apresentou uma queda no volume de -7,3% e na receita nominal
de -14,4%, enquanto nacionalmente os valores foram positivos em 2,5% e 2,3%
respectivamente.

Considerando
os itens do comércio varejista ampliado, observa-se um forte crescimento do
segmento veículos, motores, partes e peças com um crescimento no volume de
14,3% e na receita nominal  de
20,8%, dados influenciados pela renda disponível e pelo crédito. O segmento
material de construção, influenciado por pequenas obras, apresentou um
crescimento no volume de 3,3% e na receita nominal de 7,8%

Equipe
de Conjuntura da Seplan:

Dinamar
Ferreira Marques

Marcelo
Cardoso da Silva

Marcos
Fernando Arriel

Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha