Vendas no comércio varejista crescem 13% em 2010.


 

 

Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Comércio Varejista de Goiás apresentou em 2010, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 13%. Para o último trimestre de 2010 sobre o mesmo do ano anterior o acréscimo foi de 12,1%. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 18,4% no trimestre e de 14,45% no ano.

Para o Comércio Varejista Ampliado que abrange veículos, motos, partes e peças e material de construção, Goiás apresentou, em 2010, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 15,56%. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxa de variação de 18,4% no ano.

O crescimento do comércio varejista goiano foi maior que o nacional. As vendas no comércio nacional cresceram 10,88% e as receitas, 14,5%. Isso mostra a tendência de que a economia estadual pode estar crescendo acima que a média nacional.

Todas essas informações podem ser visualizadas nas tabelas 1 e 2, a seguir.

Tabela 1 – Estado de Goiás e Brasil: Variação do Volume de Vendas no comércio varejista – 2010
 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

Comércio varejista geral

10,88

13

Combustíveis e Lubrificantes

6,58

3,53

Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo

8,93

8,93

Hipermercados e Supermercados

8,65

9,12

Tecidos, vestuários e calçados

10,62

15,52

Móveis e eletrodomésticos

18,31

20,09

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

11,88

20,23

Livros, jornais, revistas e papelaria

11,96

0,34

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

24,31

7,56

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

9,08

11,43

Comércio varejista ampliado geral

12,23

15,96

Veículos, motores, partes e peças

14,13

19,04

Material de construção

15,66

16,59

* Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

 

Tabela 2 – Estado de Goiás e Brasil: Variação da Receita Nominal no comércio varejista – 2010

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

Comércio varejista geral

14,5

14,45

Combustíveis e Lubrificantes

8,92

0,56

Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo

13,45

12,77

Hipermercados e Supermercados

13,1

12,9

Tecidos, vestuários e calçados

16,55

16,88

Móveis e eletrodomésticos

19,66

19,68

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

15,67

23,99

Livros, jornais, revistas e papelaria

16,19

3,05

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

14,05

-3,01

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

16,38

18,15

Comércio varejista ampliado geral

15,07

17,65

Veículos, motores, partes e peças

15,01

20,27

Material de construção

20,59

24,67

 * Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

 

Atentando-se para a média móvel de 03 meses das vendas (Gráfico 1), percebe-se a expressiva recuperação das vendas no comércio no início de 2010. Já para o segundo semestre revela-se estabilidade nas vendas tanto na média móvel de 3 meses retomando a tendência junto com a de 12 meses.

A média móvel de 12 meses vem apresentando taxas de variação crescentes ao longo da série e estabilizou-se nos últimos 2 meses de 2010. Essa estabilização ocorreu devido à queda nas vendas no segundo semestre em relação ao primeiro.

 

Gráfico 1 – Variação % do volume de vendas no comércio varejista de Goiás – média móvel

 
 

A receita das vendas teve comportamento simétrico com o volume de vendas como é de se esperar. Na média móvel de 3 meses, a receita de vendas, que também apresentou crescimento maior no primeiro semestre e estabilizou-se no segundo de 2010 (Gráfico 2). A média móvel de 12 meses apresentou tendência crescente em 2010 acumulando 14,4%.

 

Gráfico 2 – Variação % da receita nominal de vendas no comércio varejista de Goiás – média móvel

 

 

RESULTADOS SETORIAIS DO COMÉRCIO GOIANO

 

Todas as informações aqui colocadas podem ser visualizadas nas tabelas anteriores

No ano, todas as dez atividades (incluindo o comércio varejista ampliado) obtiveram variações positivas em termos de volume de vendas, listadas a seguir pela ordem decrescente de magnitude das taxas: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 20,91%; Móveis e eletrodomésticos, 19,48%; Veículos, motocicletas, partes e peças, 18,41%; Material de construção, 15,79%; Tecidos, vestuário e calçados, 14,58%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico, 11,65%; Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, 9,09%; Hipermercados e supermercados, 8,97%; Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 8,77%; Combustíveis e lubrificantes, 3,7%; Livros, jornais, revistas e papelaria, 0,73%.

O segmento Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou crescimento considerável e pode-se apontar fatores para isto como a manutenção do crescimento da massa real de salários; a ampliação da oferta de medicamentos genéricos – estimulando o consumo por alternativas mais vantajosas de preços; e a própria essencialidade dos produtos do gênero. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), entre os estados fabricantes de cosméticos, perfumaria e produtos de higiene pessoal no Brasil, Goiás apresentou o crescimento mais veloz nos últimos cinco anos.

O desempenho da atividade Móveis e eletrodomésticos é decorrente das vendas relacionadas ao evento da Copa do Mundo, aliado à ampla oferta de crédito.

A atividade Veículos e motores, partes e peças, que integra o Comércio Varejista Ampliado, apresentou como fatores de influência no seu desempenho ofertas, lançamento de novos modelos e crédito facilitado.

A justificativa para a atividade Material de Construção, que faz parte do comércio varejista ampliado, ter obtido bom crescimento foi o aumento da confiança dos agentes econômicos e do crescimento observado no setor em Goiás muito devido às linhas de crédito do governo federal para sustentar o crescimento do setor.

O segmento Tecidos, vestuário e calçados, a atividade Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou tal desempenho por conta dessas atividades serem influenciadas, em boa medida, pela evolução da massa de salários que teve aumento substancial nos últimos tempos.

A atividade Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação teve crescimento razoável principalmente produtos de informática. Já a de Combustíveis e lubrificantes apresentou taxa mais modesta em relação às outras atividades.

Por último vem a atividade Livros, jornais, revistas e papelaria que apresentou a menor taxa de crescimento. Isso revela a preferência que o goiano tem quando destina sua renda.

 

Equipe de Conjuntura da Seplan:

Dinamar Ferreira Marques

Marcos Fernando Arriel

Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

Eduiges Romanatto

 

 

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo