Vendas de equipamentos de informática e medicamentos impulsionam o comércio varejista goiano
A Pesquisa Mensal de Comércio Varejista (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em janeiro, apontou que Goiás obteve ritmo de crescimento um pouco inferior ao mesmo mês de 2010. O volume de vendas do comércio varejista do Estado cresceu 11,5% na comparação janeiro de 2011 e janeiro de 2010 e a receita apresentou taxa positiva de 14,9% na mesma comparação. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa para o volume de vendas foi de 12,7% e para a receita, 14,4%.
O comércio varejista ampliado registrou aumento no volume de vendas de 11,0% tanto para relação janeiro 2011/ janeiro 2010, quanto para o acumulado em 12 meses. Para a receita, a variação foi de 13,6% e 17,8%, na mesma ordem.
Neste primeiro mês do ano, das dez atividades pesquisadas, duas obtiveram maior representatividade dentro da média global: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (33,1%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (29,3%). Abaixo, nas Tabelas 1 e 2, estão expostos os resultados da pesquisa.
Tabela 1 – Estado de Goiás e Brasil:
Variação do Volume de Vendas no Comércio Varejista – 2011
(Base: Igual mês do ano anterior =100)
Segmento
|
Variação (%)
|
||||||
Brasil
|
Goiás
|
||||||
Janeiro
|
Acumulado
|
Janeiro
|
Acumulado
|
||||
No Ano
|
12 Meses
|
No Ano
|
12 Meses
|
||||
Comércio varejista geral
|
8,2
|
8,2
|
10,7
|
11,5
|
11,5
|
12,7
|
|
Combustíveis e lubrificantes
|
6,3
|
6,3
|
6,7
|
5,7
|
5,7
|
3,8
|
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
|
4,2
|
4,2
|
8,4
|
6,9
|
6,9
|
8,3
|
|
Hipermercados e supermercados
|
4,2
|
4,2
|
8,2
|
7,3
|
7,3
|
8,5
|
|
Tecidos, vestuário e calçados
|
9,8
|
9,8
|
11,1
|
15,3
|
15,3
|
15,2
|
|
Móveis e eletrodomésticos
|
19,1
|
19,1
|
18,4
|
13,4
|
13,4
|
18,9
|
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
|
12,7
|
12,7
|
12,1
|
29,3
|
29,3
|
22,0
|
|
Livros, jornais, revistas e papelaria
|
12,5
|
12,5
|
12,6
|
4,0
|
4,0
|
2,3
|
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
|
7,4
|
7,4
|
22,5
|
33,1
|
33,1
|
9,2
|
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
|
4,9
|
4,9
|
9,0
|
14,6
|
14,6
|
12,6
|
|
Comércio varejista ampliado geral
|
11,2
|
11,2
|
12,3
|
11,0
|
11,0
|
11,0
|
|
Veículos, motocicletas, partes e peças
|
16,4
|
16,4
|
14,6
|
11,0
|
11,0
|
19,1
|
|
Material de construção
|
16,5
|
16,5
|
16,2
|
6,5
|
6,5
|
15,9
|
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Tabela 2 – Estado de Goiás e Brasil:
Variação da Receita Nominal no Comércio Varejista – 2011
(Base: Igual mês do ano anterior =100)
Segmento
|
Variação (%)
|
|||||
Brasil
|
Goiás
|
|||||
Janeiro
|
Acumulado
|
Janeiro
|
Acumulado
|
|||
No Ano
|
12 Meses
|
No Ano
|
12 Meses
|
|||
Comércio varejista geral
|
13,3
|
13,3
|
14,5
|
14,9
|
14,9
|
14,4
|
Combustíveis e lubrificantes
|
7,1
|
7,1
|
8,8
|
6,1
|
6,1
|
0,5
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
|
12,9
|
12,9
|
13,5
|
16,0
|
16,0
|
12,8
|
Hipermercados e supermercados
|
12,7
|
12,7
|
13,2
|
16,3
|
16,3
|
13,0
|
Tecidos, vestuário e calçados
|
16,5
|
16,5
|
17,1
|
19,5
|
19,5
|
17,6
|
Móveis e eletrodomésticos
|
18,3
|
18,3
|
19,8
|
10,1
|
10,1
|
18,5
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
|
16,3
|
16,3
|
15,7
|
33,0
|
33,0
|
25,4
|
Livros, jornais, revistas e papelaria
|
16,3
|
16,3
|
16,8
|
5,8
|
5,8
|
4,9
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
|
-3,3
|
-3,3
|
12,1
|
14,3
|
14,3
|
-2,0
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
|
11,1
|
11,1
|
16,0
|
20,0
|
20,0
|
19,1
|
Comércio varejista ampliado geral
|
14,6
|
14,6
|
15,3
|
13,6
|
13,6
|
17,8
|
Veículos, motocicletas, partes e peças
|
15,8
|
15,9
|
15,5
|
11,9
|
11,9
|
20,7
|
Material de construção
|
21,8
|
21,9
|
21,2
|
14,8
|
14,8
|
24,3
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
A média móvel para três meses e 12 meses em janeiro de 2011, para o indicador volume de vendas, foi ligeiramente menor da registrada no mês anterior. Movimento semelhante foi verificado para o comportamento da receita. Observado nos gráficos 1 e 2, abaixo.
Resultados Setoriais do Comércio Varejista Goiano
O setor de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação obteve acréscimo no volume de vendas, em janeiro, de 33,1% sobre igual mês do ano passado e taxa acumulada nos últimos 12 meses de 9,2%. O setor tem crescido à taxa de dois dígitos, por seis meses ininterruptos, impulsionado pela redução de preços e pelo aumento do mercado consumidor.
O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos exerceu o segundo maior impacto na formação da taxa do comércio varejista goiano. Apresentou, na comparação com janeiro de 2010, crescimento de 29,3% e taxa acumulada nos últimos 12 meses de 22,0%. A variação da receita apresentou crescimento de 33,0% e 25,4%, considerando a mesma ordem. O fato de seus produtos serem de uso contínuo e essencial conjugado à expansão da massa de salário e à diversificação da linha de produtos comercializados são fatores que contribuem para o desempenho positivo da atividade.
O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, teve variação positiva de 15,3% no volume de vendas e 19,5% na receita, devido ao aumento nos preços dos produtos do ramo durante o ano de 2010. Móveis e eletrodomésticos e Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentaram na relação janeiro de 2011/ janeiro de 2010, crescimento de 13,4% e 14,6%, respectivamente.
As atividades Combustíveis e lubrificantes, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Livros, jornais, revistas e papelaria, nesse primeiro mês do ano, registraram as menores taxas de variação no comércio varejista de Goiás, em termos de volume de vendas, com 5,7%, 6,9% e 4,0%, respectivamente.
O segmento de Materiais de construção, componente do comércio varejista ampliado, obteve na comparação entre janeiro de 2011 e janeiro de 2010, taxa positiva de 6,5% para o volume e 14,8% para a receita de vendas. A atividade apresentou um bom desempenho durante o ano de 2010, mas nesse primeiro mês de 2011 sofreu uma retração, provavelmente causada pelas medidas de “caráter macroprudencial” como restrição do crédito, anunciadas em dezembro de 2010 pelo governo federal.
O setor de Veículos, motocicletas, partes e peças apresentou, em termos de volume de vendas, variação de 11,0% e 19,1% para a relação janeiro de 2011/ janeiro de 2010 e para o acumulado dos últimos 12 meses, respectivamente. Para a receita, as taxas foram de 11,9% e 20,7%, seguindo a mesma ordem dos índices.
O comércio varejista goiano, neste primeiro mês, mostrou desempenho abaixo do obtido em janeiro de 2010, refletindo um momento de desaceleração da economia brasileira, como já havia sido previsto para o ano de 2011, ainda assim, o setor demonstrou avanço, com variações positivas das taxas.
Equipe de Conjuntura da Seplan:
Dinamar Ferreira Marques
Dinamar Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Fernanda Cristina Gomide Pereira
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha