Venda de veículos cresce 37,2%, motivada pela redução de IPI
Os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram para o estado de Goiás no mês de outubro/12 crescimento, tanto em termos de volume quanto em receita. O ganho em volume de vendas foi de 8,8% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, 9,6% no acumulado do ano e, 8,9% no acumulado dos últimos 12 meses. Para a receita nominal de vendas, na comparação na mesma ordem, apresentaram taxas de variação de 12,7%, 12,1% e de 11,4%, respectivamente.
O comércio varejista ampliado, composto pelos segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças e material de construção obteve adição de 22,4% em volume no mês de outubro de 2012, ante o mesmo mês do ano anterior, acumulou no ano taxa positiva de 9,0% e em 12 meses 7,5%. Referindo-se à receita nominal de vendas, o mês de outubro apresentou um resultado de 21,7%, superior ao apresentado em outubro de 2011, no ano acumulou 9,1% e em 12 meses 7,9%.
Tabela 1 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2012 |
|||||||||||
Segmentos |
Variação (%) |
||||||||||
Brasil |
Goiás |
||||||||||
Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
||||||||
No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
||||||||
ago/12 |
set/12 |
out/12 |
ago/12 |
set/12 |
out/12 |
||||||
Comércio Varejista Geral |
10,0 |
8,5 |
9,1 |
8,9 |
8,5 |
10,8 |
10,6 |
8,8 |
9,6 |
8,9 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
9,9 |
11,3 |
11,5 |
6,9 |
5,9 |
9,9 |
6,6 |
9,6 |
0,7 |
-1,0 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
8,5 |
9,9 |
6,7 |
8,7 |
8,1 |
5,1 |
7,8 |
0,9 |
7,5 |
7,4 |
|
Hipermercados e supermercados |
8,9 |
10,6 |
7,0 |
9,1 |
8,4 |
5,9 |
8,5 |
1,6 |
8,3 |
8,0 |
|
Tecidos, vestuário e calçados |
8,4 |
5,4 |
4,5 |
3,1 |
2,5 |
6,2 |
8,6 |
8,9 |
2,6 |
2,3 |
|
Móveis e eletrodomésticos |
15,3 |
6,2 |
13,0 |
13,1 |
13,3 |
19,5 |
12,9 |
18,6 |
16,5 |
15,1 |
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos |
12,8 |
8,2 |
12,8 |
11,1 |
10,5 |
17,8 |
19,7 |
19,1 |
14,8 |
13,9 |
|
Livros, jornais, revistas e papelaria |
4,8 |
4,1 |
11,6 |
4,9 |
4,1 |
55,3 |
95,4 |
97,7 |
62,0 |
52,4 |
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
11,1 |
-0,4 |
16,6 |
13,8 |
17,1 |
13,4 |
37,3 |
14,3 |
20,7 |
17,6 |
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
10,6 |
7,5 |
13,6 |
8,4 |
7,2 |
33,9 |
24,8 |
13,5 |
17,7 |
15,0 |
|
Comércio varejista ampliado geral |
15,6 |
2,1 |
14,5 |
8,5 |
7,6 |
17,2 |
2,7 |
22,4 |
9,0 |
7,5 |
|
Veículos, motocicletas, partes e peças |
26,4 |
-9,5 |
24,0 |
7,7 |
6,0 |
24,0 |
-9,7 |
37,2 |
7,4 |
5,2 |
|
Material de construção |
8,5 |
0,5 |
14,0 |
8,4 |
7,9 |
15,6 |
12,7 |
26,5 |
12,8 |
11,8 |
|
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. |
No Brasil, o incremento do volume de vendas foi de 9,1%, sobre outubro de 2011, na mesma base de comparação, a receita nominal de vendas, obteve acréscimo de 13,9%. Nos últimos 12 meses, o aumento do volume de vendas foi de 8,5% e na receita nominal de vendas foi contabilizado 12,0% de ganho. No que tange ao volume de vendas, para as unidades da federação, todas apresentaram taxas positivas, na mesma base de comparação, com destaque para, Roraima (23,3%), Maranhão (22,7%) e Acre (22,4%).
Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2012 |
|||||||||||
Atividades |
Variação (%) |
||||||||||
Brasil |
Goiás |
||||||||||
Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
||||||||
No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
||||||||
ago/12 |
set/12 |
out/12 |
ago/12 |
set/12 |
out/12 |
||||||
Comércio Varejista Geral |
13,6 |
13,0 |
13,9 |
12,3 |
12,0 |
12,9 |
13,7 |
12,7 |
12,1 |
11,4 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
7,5 |
8,0 |
9,0 |
5,9 |
6,2 |
3,1 |
0,1 |
2,7 |
-3,4 |
-3,2 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
16,6 |
18,8 |
16,2 |
15,7 |
15,0 |
12,3 |
15,8 |
9,8 |
14,5 |
14,1 |
|
Hipermercados e supermercados |
16,6 |
19,1 |
16,2 |
15,9 |
15,1 |
13,0 |
16,3 |
10,4 |
15,2 |
14,7 |
|
Tecidos, vestuário e calçados |
9,9 |
7,1 |
6,7 |
6,3 |
6,9 |
8,7 |
11,8 |
12,4 |
6,3 |
6,9 |
|
Móveis e eletrodomésticos |
9,7 |
2,6 |
10,2 |
9,1 |
9,3 |
17,0 |
12,8 |
20,8 |
14,8 |
12,7 |
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos |
15,5 |
11,0 |
15,7 |
13,8 |
13,6 |
18,6 |
20,1 |
20,6 |
16,2 |
15,5 |
|
Livros, jornais, revistas e papelaria |
6,1 |
5,1 |
12,9 |
6,8 |
6,7 |
59,4 |
99,8 |
102,5 |
66,0 |
56,4 |
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
3,8 |
-5,1 |
12,8 |
5,8 |
7,7 |
4,6 |
31,5 |
11,9 |
9,7 |
7,1 |
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
13,1 |
9,8 |
16,5 |
11,1 |
10,5 |
36,2 |
27,3 |
16,5 |
21,1 |
19,1 |
|
Comércio varejista ampliado geral |
16,1 |
3,7 |
15,6 |
9,7 |
9,1 |
15,8 |
3,0 |
21,7 |
9,1 |
7,9 |
|
Veículos, motocicletas, partes e peças |
21,2 |
-13,1 |
19,2 |
4,5 |
3,1 |
16,6 |
-14,2 |
29,5 |
3,0 |
1,5 |
|
Material de construção |
10,4 |
2,5 |
15,8 |
10,6 |
10,2 |
22,8 |
19,0 |
33,8 |
18,9 |
17,8 |
|
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: IMB – GO / Segplan / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2012. |
Resultados por segmento do comércio varejista e varejista ampliado
No mês de outubro, todas as dez atividades consideradas apresentaram variações positivas para o volume de vendas. Merecem destaque as atividades: livros, jornais, revistas e papelaria, 97,7%; veículos e motocicletas, partes e peças, 37,2%; Material de construção, 26,5%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 19,1%; móveis e eletrodomésticos, 18,6% e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, 14,3%.
A atividade de livros, jornais, revistas e papelaria, pelo oitavo mês consecutivo, apresentou o melhor resultado entre as atividades observadas, com 97,7% em volume, em receita agregou 102,5%, mais que o dobro auferido em outubro de 2011. O segmento já acumulou no ano acréscimo de 62,0% em volume e 66,0% em receita. As principais explicações para os resultados obtidos decorrem da presença de grandes empresas do ramo no Estado, e também pela diversificação da linha de produtos, especialmente de suprimentos de informática.
A atividade de veículos, motocicletas, partes e peças cresceu 37,2% em volume de vendas, acumulou no ano 7,4% e em 12 meses 5,2%. Para receita nominal de vendas, variou 29,5% em outubro, no acumulado do ano 3,0% e 1,5% em 12 meses. O crescimento das vendas nesse segmento reflete os resultados da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Para o segmento de materiais de construção, foi observado aumento de 26,5% em volume de vendas, na relação entre outubro de 2012 e outubro de 2011 e no acumulado de 12 meses, o resultado foi de 11,8% na mesma comparação. Para a receita, as taxas foram de 33,8% no mês e de 17,8% no acumulado de 12 meses. O crescimento do setor é explicado, em parte, pela redução de impostos e também pela redução das taxas de juros dos financiamentos habitacionais.
Para o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos houve acréscimo em volume de 19,1% e na receita nominal de vendas, de 20,6%. O resultado se deve ao aumento na oferta de medicamentos genéricos, que pode ser confirmado pelos dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE que comprovou acréscimo de 57,3% em produtos químicos em outubro de 2012.
Na atividade de móveis e eletrodomésticos, o ganho foi de 18,6% para volume de vendas em relação a outubro de 2012. Em termos de receita de vendas, acumulou no ano taxa de 20,8%. O bom desempenho desse segmento é atribuído a expansão do crédito, e redução de preços dos eletroeletrônicos.
O comércio varejista goiano até outubro de 2012 apresentou expansão acumulada de 9,6% em volume e 12,1% em receita, resultante do incremento na renda do trabalhador e da política fiscal adotada pelo Governo Federal. No contexto geral, as atividades mais dinâmicas foram as de: livros, jornais, revistas e papelaria, equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, e outros artigos de uso pessoal e doméstico, que obtiveram bom desempenho durante o ano todo. Por outro lado, os resultados dos segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças e de materiais para construção se mostraram cada vez mais dependentes do apoio governamental para a manutenção da demanda em níveis razoáveis.