Varejo goiano recua 11,9% em novembro de 2015.


 

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE mostra que em novembro houve uma queda no comércio varejista no Estado de Goiás, registrando -11,9% (na comparação do mesmo mês em anos subsequentes, ou seja, sem ajuste sazonal). Esse resultado fez com que Goiás figurasse como o sétimo pior entre as Unidades da Federação, sua queda foi superior à registrada nacionalmente, -7,8%.

Em novembro, entre as Unidades da Federação, apenas o Estado de Roraima registrou alta no comércio (4,0%). Além disso, observa-se que em três meses seguidos os Estados do Amapá e Paraíba tiveram as maiores quedas, e em novembro / 2015 apresentaram, respectivamente, -27,4% e -15,4%.

 

  

 

 

A tabela 1 revela um resultado importante, na comparação com ajuste sazonal entre novembro e outubro de 2015, o comércio varejista nacional e de Goiás apresentaram crescimento, tanto no volume de vendas, quanto na receita nominal. Em Goiás o crescimento das vendas foi de 1,1%, abaixo do verificado nacionalmente.

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2015 (Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%)

 

Novembro/2015

Brasil

Goiás

Volume de Vendas

1,5

1,1

Receita de Vendas

2,3

2,8

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015.

 

 

Ainda na comparação entre novembro e outubro de 2015, constatou-se que oito estados tiveram taxas negativas no volume de vendas, Amapá (-2,9%), Paraná (-1,6%), Amazonas (-1,2%), Santa Catarina (-1,1%), Acre (-0,7%), Mato Grosso do Sul (-0,3%), Piauí e Distrito Federal (-0,2%).

Destaca-se que em anos de mudanças abruptas da atividade econômica, a comparação sem ajuste sazonal, tende a superestimar o resultado das quedas verificadas, pois o mesmo é feito a partir de uma confrontação de meses extremamente discrepantes. Todavia, na comparação com ajuste sazonal, há a possibilidade de verificar se dentro de um mesmo ano há melhoras nos indicadores entre meses subsequentes.

 

Varejo Goiano Restrito

A tabela 2 mostra que no âmbito restrito o comércio varejista goiano, em volume, no mês de novembro de 2015 apresentou queda de 11,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior e todos os segmentos que o compõem apresentaram queda, com destaque para equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que teve recuo de 23,8% e Móveis e eletrodomésticos com -20,4%.

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2015 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Set/15

Out/15

Nov/15

No Ano

12 Meses

Set/15

Out/15

Nov/15

No Ano

12 Meses

Comércio Varejista Geral

-6,3

-5,7

-7,8

-4,0

-3,5

-12,0

-13,3

-11,9

-10,1

-9,6

Combustíveis e lubrificantes

-8,5

-11,4

-12,0

-5,8

-5,1

-13,0

-8,6

-7,8

-3,6

-3,1

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

-2,2

-0,4

-5,7

-2,4

-2,3

-8,1

-14,2

-10,3

-13,1

-12,9

Hipermercados e supermercados

-2,1

-0,5

-5,8

-2,4

-2,2

-7,8

-14,7

-10,4

-13,4

-13,2

Tecidos, vestuário e calçados

-12,9

-10,5

-15,6

-8,4

-7,6

-10,5

-8,7

-11,2

-9,0

-8,4

Móveis e eletrodomésticos

-18,3

-16,1

-14,7

-13,5

-12,3

-23,9

-22,1

-20,4

-16,6

-15,2

Móveis

-23,2

-21,5

-19,3

-15,9

-14,7

-25,9

-24,2

-22,9

-18,7

-18,1

Eletrodomésticos

-16,0

-13,7

-12,7

-12,4

-11,3

-23,1

-21,5

-19,7

-15,8

-14,2

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

-1,2

-0,4

2,0

3,0

3,4

-2,0

-2,2

-1,2

0,7

0,2

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-14,8

-9,3

-18,6

-10,4

-10,3

-0,4

3,7

-23,8

-13,4

-13,7

Livros, jornais, revistas e papelaria

-9,7

-25,0

-5,6

0,1

0,9

5,2

-4,3

-16,3

10,3

13,7

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

-7,0

-9,0

-4,8

-0,3

0,7

-6,5

-4,3

-4,1

4,1

4,1

Comércio varejista ampliado geral

-11,5

-11,9

-13,2

-8,4

-7,8

-19,6

-23,1

-21,7

-14,8

-13,9

Veículos, motocicletas, partes e peças

-21,7

-23,9

-24,5

-17,6

-16,7

-31,0

-36,3

-35,9

-23,4

-22,1

Material de construção

-12,7

-15,8

-13,5

-8,0

-7,3

-11,6

-20,7

-15,4

-4,2

-4,2

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio 

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015

                       

 

A tabela 3 mostra que a receita nominal no comércio varejista apresentou leve melhora, mais ainda com queda de 3,4%, apresentando a mesma taxa no acumulado do ano. Em ano de inflação elevada, este resultado se torna bastante preocupante, pois este comportamento faz com que a receita real seja ainda mais negativa.

Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2015 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Atividades

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Set/15

Out/15

Nov/15

No Ano

12 Meses

Set/15

Out/15

Nov/15

No Ano

12 Meses

Comércio Varejista Geral

1,8

3,1

1,4

3,3

3,6

-4,1

-4,6

-3,4

-3,4

-3,1

Combustíveis e lubrificantes

3,0

4,7

5,3

5,1

5,2

1,9

9,3

4,0

6,0

6,1

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

7,4

9,4

5,0

6,4

6,4

2,3

-3,7

1,0

-3,1

-3,0

Hipermercados e supermercados

7,2

9,1

4,5

6,2

6,3

2,5

-4,3

0,7

-3,5

-3,4

Tecidos, vestuário e calçados

-9,3

-6,8

-11,5

-5,1

-4,3

-7,8

-5,5

-7,1

-5,8

-5,2

Móveis e eletrodomésticos

-16,6

-14,3

-12,6

-11,4

-10,1

-22,0

-19,1

-16,4

-15,4

-14,0

Móveis

-19,1

-17,0

-14,5

-11,4

-10,1

-22,2

-20,7

-19,3

Governo na palma da mão

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