Setor de serviços em Goiás se mantém em queda em abril, -6,0%


 

Das atividades que compõe a análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), para Goiás, em abril de 2016, nenhuma apresentou resultado positivo em volume, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, ficando o indicador em -6,0%. Para o Brasil o recuo foi de 4,5%. Em Goiás resultados negativos persistem há mais um ano, acumulando nos últimos 12 meses uma queda de 6,0% em volume. Os estados do Amazonas e Amapá, em abril, foram os que apresentaram as maiores baixas: 15,3% e 12,3%, respectivamente. Os estados que se destacaram com taxas positivas foram: Rondônia (7,1%), Tocantins e Roraima (6,5%), conforme Gráfico 1.

 

 

Gráfico 01

 

Segundo a PMS (Tabela 1) entre as seis atividades analisadas, Serviços profissionais, administrativos e complementares teve a maior queda em abril/2016 -10,8%, no ano o recuo foi de 12,5%. Na sequencia vieram Serviços prestados às famílias com queda de 7,4%, acumulando -3,9% no quadrimestre; e o segmento Atividades turísticas retrocedeu 5,8%. O comportamento de queda é disseminado, abrangendo todos os segmentos, refletindo a falta de clareza, principalmente no âmbito político.

 

 

Tabela 1: Volume de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Fev/16

Mar/16

Abr/16

No

Ano

Acumulado

12 meses

Brasil

-3,9

-5,9

-4,5

-4,9

-4,6

Serviços prestados às famílias

-1,4

-3,7

-3,1

-3,1

-5,0

Serviços de informação e comunicação

-5,0

-5,9

-3,0

-4,0

-2,1

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-4,3

-6,8

-5,4

-6,4

-5,8

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-2,1

-7,2

-6,5

-5,5

-6,1

Outros serviços

-6,2

2,6

-3,4

-3,7

-7,9

Atividades turísticas

1,4

-2,2

-3,6

-1,0

-1,5

Goiás

-5,0

-7,0

-6,0

-7,2

-6,0

Serviços prestados às famílias

1,2

-5,2

-7,4

-3,9

-4,6

Serviços de informação e comunicação

-5,3

-7,6

-5,1

-7,4

-5,9

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-14,3

-17,8

-10,8

-12,5

-6,0

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-0,9

-1,1

-4,5

-4,2

-5,1

Outros serviços

-6,3

-6,7

-6,9

-11,5

-13,6

Atividades turísticas

6,2

-4,5

-5,8

-1,2

-1,1

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

Em relação à receita (Tabela 2), o indicador para Goiás ficou estável em abr/2016, sendo que três segmentos apresentaram taxas positivas: Serviços de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (3,3%); Serviços prestados às famílias (0,8%) e Outros serviços (0,3%).

Tabela 2: Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Fev/16

Mar/16

Abr/16

No

Ano

Acumulado

12 meses

Brasil

2,0

-0,5

0,5

0,5

0,6

Serviços prestados às famílias

5,0

2,5

3,3

3,2

1,1

Serviços de informação e comunicação

-1,7

-3,0

0,0

-1,0

-0,5

Serviços profissionais, administrativos e complementares

3,0

-0,1

1,2

0,4

1,3

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

4,9

-0,6

-0,8

0,8

1,3

Outros serviços

1,4

10,3

3,8

3,8

-0,3

Atividades turísticas

3,5

1,2

-2,6

0,9

0,4

Goiás

1,0

-0,7

0,0

-1,1

-0,1

Serviços prestados às famílias

6,8

3,7

0,8

2,5

1,6

Serviços de informação e comunicação

-1,8

-5,3

-1,1

-4,1

-4,0

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-8,3

-11,6

-4,3

-6,1

1,1

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

9,0

9,7

3,3

5,4

5,3

Outros serviços

0,4

0,6

0,3

-4,7

-6,6

Atividades turísticas

1,8

2,8

-2,2

0,4

0,5

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

 

Os dados da pesquisa demonstraram que a queda em volume foi reflexo de todos setores. Verificou-se que o maior declínio ocorreu no setor de Serviços profissionais, administrativos e complementares (10,8%), em razão do desaquecimento das atividades produtivas, provenientes da redução de funções terceirizadas. O setor de Serviços de informação e comunicação apresentou contração de 1,1%, porém com leve recuperação (2,5 p.p), quando comparado ao mês de mar/2016, lembrando que variações nesse tipo de serviço são explicadas por modificações na demanda das famílias e do setor produtivo.

 

Quanto ao setor de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, verificou-se continuidade no recuo, resultado da perda de dinamismo da atividade produtiva de outros setores, principalmente da indústria. Já o setor de Outros serviços, com a terceira maior queda, continua sendo afetado pela redução dos serviços de atividades imobiliárias (intermediação, gestão e administração de imóveis), resultante do encolhimento do setor da construção. Em seguida vieram os serviços de reparos e manutenção, serviços auxiliares financeiros, dentre outros. Já no setor de Serviços prestados às famílias, a queda se revela persistente, pelo aumento do nível de desemprego que afeta negativamente a demanda por esse tipo de serviços.

 

O setor de serviços é conexo às atividades produtivas, principalmente ao comércio e a indústria, podendo-se inferir que tão logo aconteça a recuperação no setor industrial o setor de serviços será positivamente afetado, refletindo decisivamente no poder aquisitivo da população, pois uma grande parcela do setor de serviços é consumida pelas famílias e para isso tem que haver uma melhora também nos níveis de emprego.

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Sérgio Borges Fonseca Júnior

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