Setor de serviços em Goiás recuo em julho (-8,4%)


Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE), em que apontou para o mês de julho de 2016, para Goiás queda real de 8,4% (descontada a inflação), comparado com o mesmo mês do ano anterior. O recuo goiano foi superior à média nacional que foi de -4,5%. Nos últimos 12 meses, Goiás acumula queda de 6,2% em volume. No âmbito regional, Rondônia, Amazonas e Amapá foram os que apresentaram as maiores variações negativas em julho: 14,0%, 12,5% e 12,2%, respectivamente. Com taxa positiva, apenas o estado de Roraima se destacou, com 4,1% (Gráfico 1).

 

 

 

 

 

O comportamento do setor de serviços na passagem de junho/2016 para julho/2016 recuou 1,8%, já descontada a inflação, para a média do país, o resultado foi positivo, 0,7%. Observa-se que houve recuo no indicador para Goiás, tendo em vista que em maio e junho a queda foi mais baixa. O resultado para a receita nominal também piorou para Goiás (-1,2%), para a média do país foi positivo, 1,2% (Tabela 1).

 

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Serviços – 2016 (Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%)

 

Variações Mensais (%)

Brasil

Goiás

 

Maio/16

Jun/16

Jul/16

Maio/16

Jun/16

Jul/16

Volume de Serviços

0,2

-0,2

0,7

-0,3

-0,2

-1,8

Receita Nominal de Serviços

0,2

0,1

1,2

0,2

-0,8

-1,2

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviços.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

 

 

O setor de serviços goiano vem retrocedendo desde agosto de 2015 em todas as atividades apuradas pela pesquisa, na comparação jul/16 com jul/15. Porém, em jul/2016, diferentemente dos demais setores, a atividade de serviços prestados às famílias apresentou uma excelente recuperação (9,0%). Entre as atividades, a maior queda em jul/16 ocorreu no setor de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (-14,6%), no ano o recuo nesse setor foi de 6,6%. Na sequência, vieram Serviços profissionais, administrativos e complementares com queda de 14,3%, acumulando -11,6% no ano. O segmento de Atividade turística tem se mostrado dinâmico, apresentando taxas positivas desde jun/16 (Tabela 2).

 

 

Tabela 2: Volume de Serviços, segundo atividades (%)

 

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

 

Taxa de Variação (%)

 

Maio/16

Jun/16

Jul/16

No

Ano

Acumulado

12 meses

Brasil

-6,0

-3,4

-4,5

-4,8

-4,9

Serviços prestados às famílias

-6,9

-7,5

-2,3

-4,1

-5,3

Serviços de informação e comunicação

-2,6

-1,6

-1,5

-3,1

-2,5

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-7,7

-5,9

-4,9

-6,3

-6,7

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-9,1

-3,6

-8,7

-6,4

-6,4

Outros serviços

-6,2

-2,2

-0,8

-3,4

-6,8

Atividades turísticas

-8,9

-0,2

-0,2

-1,9

-1,6

Goiás

-6,2

-5,6

-8,4

-7,0

-6,2

Serviços prestados às famílias

-9,0

-2,0

9,0

-2,2

-3,7

Serviços de informação e comunicação

-4,7

-4,8

-6,0

-6,5

-6,0

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-6,0

-11,1

-14,3

-11,6

-9,3

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-8,4

-5,4

-14,6

-6,6

-4,4

Outros serviços

-5,1

-1,8

-5,0

-8,4

-12,3

Atividades turísticas

-7,6

1,7

5,3

-0,6

-0,4

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

             

 

 

Em relação à variação nominal da receita de serviços para Goiás apresentou queda em jul/2016 (-3,4%), e o indicador nacional elevou 0,2%. Em termos de atividades em Goiás, apenas dois segmentos apresentaram taxas positivas: Serviços prestados às famílias (7,7%) e Outros serviços (1,6%), além de Atividades turísticas (6,6%) (Tabela 3).

 

 

Tabela 3: Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Maio/16

Jun/16

Jul/16

No

Ano

Acumulado

12 meses

Brasil

-0,7

0,6

0,2

0,2

0,1

Serviços prestados às famílias

-1,1

-2,2

2,9

1,8

0,9

Serviços de informação e comunicação

0,4

1,0

0,8

-0,3

-0,2

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-1,4

0,1

1,3

0,2

0,1

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-1,6

0,3

-2,5

-0,3

0,2

Outros serviços

0,8

4,5

6,1

3,8

0,6

Atividades turísticas

-3,5

-3,5

1,6

-0,2

-0,3

Goiás

-0,2

-0,7

-3,4

-1,3

-0,4

Serviços prestados às famílias

-3,9

-1,4

7,7

1,9

1,0

Serviços de informação e comunicação

-0,6

-1,3

-2,7

-3,0

-3,2

Serviços profissionais, administrativos e complementares

0,7

-5,4

-8,6

-5,4

-2,7

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

0,6

1,9

-5,7

2,5

5,1

Outros serviços

2,1

4,5

1,6

-1,6

-5,4

Atividades turísticas

-2,2

-0,4

6,6

1,0

0,4

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

 

Os resultados apresentados pela pesquisa demonstram uma conjuntura desfavorável pela persistente crise que afeta de forma disseminada todo o país. As incertezas prevalecem quanto aos rumos da economia, a aceleração dos indicadores de inflação, o endividamento das famílias e o aumento do nível de desemprego ainda persistem, com isso acabam refletindo no desempenho das atividades de serviços.

 

 

O grupo de serviços que compõe a atividade de serviços prestados às famílias apresentou ótima recuperação, juntamente com a atividade turística, que em julho tiveram as festividades da tradicional Festa do Divino Pai Eterno em Trindade, que recebeu visitantes de todo o país, a temporada do rio Araguaia, o turismo na cidade Caldas novas que tradicionalmente aumenta a demanda no período de férias escolares foram os impulsionadores da atividade. Cabe ressaltar que o resultado apurado pela PMS/IBGE para Goiás foi a maior taxa entre as unidades da Federação, Goiás expandiu 5,3% em julho/2016, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Sérgio Borges Fonseca Júnior

Governo na palma da mão

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