Setor de serviços em Goiás mantém-se em queda em maio, – 6,2%


 

 

Os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE), para Goiás, em maio de 2016, apresentou nova queda de volume em comparação com o mesmo mês do ano anterior, recuando 6,2%, enquanto que para o Brasil o recuo foi de 6,0%. Nos últimos 12 meses Goiás acumula queda de 5,8% em volume. No âmbito regional, os estados do Amapá e Bahia foram os que apresentaram as maiores quedas em maio: 17,1% e 12,7%, respectivamente. Por outro lado, os estados que se destacaram com taxas positivas foram Ceará (1,5%) e Tocantins (0,9%). Os dados da PMS são analisados pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB) conforme Gráfico 1.

 

 

 

 

Segundo a Pesquisa, o setor de serviços em Goiás vem apresentando recuo desde agosto de 2015, e a queda é disseminada, atingindo as seis atividades pesquisadas. Entre as atividades analisadas, a de Serviços prestados às famílias teve a maior queda em maio, -9,0%, no ano o recuo foi de 5,0%. Na sequência, vieram Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio com queda de 8,4%, acumulando -5,0% no ano; e o segmento de Atividades turísticas retrocedeu 7,6%, na comparação maio/16 com maio/15.

 

 

Tabela 1: Volume de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Mar/16

Abr/16

Maio/16

No

Ano

Acumulado

12 meses

Brasil

-5,9

-4,7

-6,0

-5,1

-4,8

Serviços prestados às famílias

-3,7

-3,1

-6,9

-3,8

-4,8

Serviços de informação e comunicação

-5,9

-3,0

-2,6

-3,7

-2,3

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-6,8

-5,4

-7,7

-6,7

-6,3

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-7,2

-7,3

-9,1

-6,4

-6,4

Outros serviços

2,6

-3,4

-6,2

-4,2

-7,8

Atividades turísticas

-2,2

-3,6

-8,9

-2,6

-2,1

Goiás

-7,0

-5,9

-6,2

-7,0

-5,8

Serviços prestados às famílias

-5,2

-7,4

-9,0

-5,0

-5,2

Serviços de informação e comunicação

-7,6

-5,1

-4,7

-6,9

-5,9

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-17,8

-10,8

-6,0

-11,2

-6,7

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-1,1

-4,3

-8,4

-5,0

-4,2

Outros serviços

-6,7

-6,9

-5,1

-10,3

-13,0

Atividades turísticas

-4,5

-5,8

-7,6

-2,6

-1,6

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

Em relação à receita de serviços, o indicador para Goiás apresentou leve queda em maio/2016 (-0,2%), e o indicador nacional recuou 0,7%. Em termos de atividades em Goiás, três segmentos apresentaram taxas positivas: Serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%); Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,6%) e Outros serviços (2,1%) (Tabela 2).

 

Tabela 2: Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

Mar/16

Abr/16

Maio/16

No

Ano

Acumulado

12 meses

Brasil

-0,5

0,2

-0,7

0,2

0,4

Serviços prestados às famílias

2,5

3,3

-1,1

2,4

1,1

Serviços de informação e comunicação

-3,0

0,0

0,4

-0,7

-0,4

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-0,1

1,2

-1,4

0,0

0,8

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-0,6

-1,7

-1,6

0,1

1,0

Outros serviços

10,3

3,8

0,8

3,2

-0,3

Atividades turísticas

1,2

-2,6

-3,5

0,1

0,2

Goiás

-0,7

0,1

-0,2

-0,9

0,1

Serviços prestados às famílias

3,7

0,8

-3,9

1,1

0,8

Serviços de informação e comunicação

-5,3

-1,1

-0,6

-3,4

-3,6

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-11,6

-4,3

0,7

-4,7

0,3

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

9,7

3,5

0,6

4,5

6,1

Outros serviços

0,6

0,3

2,1

-3,4

-6,0

Atividades turísticas

2,8

-2,2

-2,2

-0,2

0,2

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

 

Verificou-se na pesquisa que o maior declínio ocorreu no setor de Serviços prestados às famílias, explicado pelas modificações que vem ocorrendo na demanda, provocado pelo crescente desemprego, na sequência, outro setor bastante afetado foi o de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio devido à contração do setor produtivo.

 

Afetada pelo crescimento do desemprego, a atividade de turismo apresentou a terceira maior queda, levando as famílias a reduzirem seus gastos com lazer. Já o recuo no setor de Serviços profissionais, administrativos e complementares, é explicado pela continuação do desaquecimento das atividades produtivas, provenientes, principalmente de redução de funções terceirizadas.

 

O setor de serviços insere-se de forma diferenciada no sistema produtivo impactado tanto pela dinâmica de outros setores, assim como os industriais, de construção e mesmo outros prestadores de serviços, quanto pela elevação da renda média na economia, e por outros indicadores macroeconômicos. Em geral, o setor de serviços engloba atividades intensivas em mão de obra, e na conjuntura atual em que a geração de emprego está sendo comprometida, acaba refletindo com mais intensidade nos serviços ligados às famílias.

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Sérgio Borges Fonseca Júnior

 

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