Conforme levantamento do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior-MDIC, o saldo da balança comercial goiana em março de 2010 voltou a ficar positivo em US$ 45,011 milhões, depois de cinco meses negativo. As vendas externas foram de US$ 384,419 milhões e as compras US$ 339,408 milhões. A corrente de comércio (somatório das exportações e importações) atingiu US$ 723,827milhões. As exportações goianas no primeiro trimestre de 2010 somaram US$ 786,225 milhões, a expectativa é fechar o ano com mais de US$ 4 bilhões exportados, voltando aos valores registrados em 2008, o melhor resultado da balança comercial em Goiás.

As exportações em março de 2010 cresceram 59,04% em relação ao mês anterior, impulsionadas, principalmente, pela retomada das vendas de soja e derivados. Com isso, o complexo soja reassumiu a liderança na pauta de exportações, sendo  responsável por 48,91% (US$ 188,018 milhões) do total exportado.

Em segundo lugar na pauta veio o complexo de minérios, responsável por 20,96% (US$ 85,558 milhões) do total exportado, com destaque para: Sulfeto de minério de cobre, com participação de 11,37% (US$ 43,726 milhões), ouro 4,98% (US$ 19,153 milhões), ferroligas 2,82% (US$ 10,842 milhões) e  amianto 1,78% (US$ 6,834 milhões).

Em terceiro lugar, complexo carne, responsável por 20,40% (US$ 78,407 milhões) do total exportado, com destaque para carne bovina que participou com 10,28% (US$ 39,535 milhões), carne de aves 7,52% (US$ 28,915 milhões), suínos 2,41% (US$ 9,263 milhões) e outras carnes 0,18 % (US$ 694 mil).

Os principais destinos das exportações goianas no mês de março de  2010 foram: China US$ 126,738 milhões (32,97%), sendo US$ 116,291 milhões de soja. Seguido pela Espanha US$ 50,734 milhões (13,20%), Países Baixos (Holanda) US$ 38,312 milhões (9,27%), Rússia US$ 19,698 milhões (5,12%), Suíça US$ 19,187 milhões (4,99%), Irã US$ 14,801 milhões (3,85%), Tailândia US$ 13,048 milhões (3,39%), Hong Kong US$ 10,187 milhões (2,65%) e Arábia Saudita US$ 9,647 milhões (2,51%).  O Estado de Goiás  comercializou com 101 países.

No período de janeiro a março de 2010, as principais empresas exportadoras foram: Mineração Maracá Indústria e Comércio S/A US$ 115,207 milhões (14,65%), BRF – Brasil Foods S.A. US$ 93,903 milhões (11,94%), Caramuru Alimentos S/A. US$ 65,805 milhões (8,37%), Minerva S.A. US$ 52,747 milhões (6,71%), Bunge Alimentos S/A US$ 52,572 milhões (6,69%), Mineração Serra Grande S.A. US$ 50,164 milhões (6,38%), Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. US$ 45,975 milhões (5,85%)  Bertin S.A. US$ 30,674 milhões (3,90%), Anglo American Brasil Ltda. US$ 27,564 milhões (3,51%), Cargill Agrícola S.A. US$ 26,710 milhões (3,40%), e JBS S.A, US$ 23,863 milhões (3,04).

 Os municípios goianos que destacaram-se na pauta de exportação no período de janeiro a março de 2010 foram: Alto Horizonte US$ 115,207 milhões, Luziânia US$ 54,986 milhões, Palmeiras de Goiás US$ 48,128 milhões, Itumbiara US$ 38,851 milhões, Mozarlândia US$ 30,675 milhões, Ouvidor US$ 27,564 milhões, Goiânia US$ 26,896 milhões, Rio Verde US$ 24,160 milhões, Minaçu US$ 18,421 milhões, São Simão US$ 13,926 milhões, Anápolis US$ 13,662 milhões e Santa Fé de Goiás US$ 11,843 milhões.

Com referência às importações, em março de 2010 atingiram o montante de US$ 339,408 milhões, com expansão de 39,31%, em comparação com o mês anterior e 25,10% em relação ao mesmo mês do ano anterior. As importações continuam crescendo, porque, além do dólar baixo, os empresários também estão investindo mais em matérias-primas e insumos para incrementar a produção que voltou a crescer.

Os principais produtos importados por Goiás em março de 2010 foram: veículos automóveis, tratores, etc. suas partes/acessórios US$ 153,027 milhões (45,09%), produtos farmacêuticos US$ 79,492 milhões (23,42%), reatores nucleares, caldeiras, máquinas, etc., mecânicos US$ 33,009 milhões (9,73%), produtos químicos orgânicos US$ 14,302 milhões (4,21%), adubos ou fertilizantes US$ 12,659 milhões (3,73%), máquinas, aparelhos/material elétricos, suas partes, etc. US$ 8,074 milhões (2,38%), preparações de produtos hortícolas, de frutas, etc. US$ 6,340 milhões (1,87%), instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia, etc. US$ 6,325 milhões (1,86%) e plásticos e suas obras US$ 4,146 milhões (1,22%).

Goiás importou principalmente da Coréia do Sul US$ 106,736 milhões (31,45%), Japão US$ 57,127 milhões (16,83%), Estados Unidos US$ 42,501 milhões (12,52%), Suíça US$ 38,464 milhões (11,33%), Tailândia US$ 18,856 milhões (5,56%), França US$ 6,166 milhões (4,76%), China US$ 12,629 milhões (3,72%), Alemanha US$ 5,786 milhões (1,70%), Índia US$ 5,574 milhões (1,64%), Argentina US$ 5,574 milhões (1,64%), Itália US$ 3,923 milhões (1,16%) e Belarus US$ 3,460  milhões (1,02%).

As principais empresas importadoras no período de janeiro a março de 2010 foram: Caoa Montadora de Veículos S.A. US$ 372,865 milhões (39,61%), Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. US$ 173,139 milhões (18,39%), MMC Automotores do Brasil S.A. US$ 164,952 milhões (17,52%), John Deere Brasil Ltda. US$ 24,024 milhões (2,55%), Intersmart Comércio Importação, Exportação. US$ 21,376 milhões (2,27%), Weldmatic Automotive Ltda US$ 10,319 milhões (1,10%). Fertilizantes Heringer S.A. US$ 9,165 milhões (0,97%), e Unilever Brasil Alimentos Ltda. US$ 8,696 milhões (0,92%),

Os municípios goianos que mais importaram, segundo o MDIC foram: Anápolis US$ 586,828 milhões, Catalão US$ 229,032 milhões, Goiânia US$ 56,875 milhões, Rio Verde US$ 22,379 milhões, Aparecida de Goiânia US$ 10,186 milhões, Nerópolis US$ 7,625 milhões, Itumbiara  US$ 7,044 milhões, Barro Alto US$ 4,825 milhões, Luziânia US$ 3,373 milhões, Alto Horizonte US$ 2,486 milhões e Jataí US$ 2,019 milhões.