Quatro setores concentram 64,05% da transformação industrial goiana
A partir do ano de referência 2008, apresentando resultados retroativos a 2007, o IBGE passa a divulgar uma nova série de dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA-Empresa), utilizando a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE 2.0. A implementação da CNAE 2.0 significa uma nova forma de apresentação da estrutura empresarial brasileira, que difere da apresentada na CNAE 1.0.
Os resultados da Pesquisa Industrial Anual – Empresa mostraram que em termos regionais, em 2008, as empresas localizadas principalmente nas Regiões Sudeste (52,6%) e Sul (27,4%) concentraram as maiores participações no total do pessoal ocupado, 54,0% e 25,0%, respectivamente. Estas áreas juntas registraram, respectivamente, 62,2% e 18,3% do valor da transformação industrial. Estes resultados podem ser explicados pela maior densidade e diversificação da estrutura industrial destas regiões. As Regiões Nordeste e Centro-Oeste mostram maior importância relativa no total do pessoal ocupado e no número de unidades locais do que nas demais variáveis (receita líquida de vendas, valor da transformação industrial e gastos com pessoal), refletindo a maior presença de empresas tradicionais e mais intensivas em mão de obra. Assim, o Nordeste concentra 11,2% do número de plantas industriais, 12,6% do pessoal ocupado e 9,7% do valor da transformação industrial, enquanto o Centro-Oeste possui 5,7% na primeira variável, 4,8% na segunda e 3,7% na última. Já na Região Norte, há maior participação no valor da transformação industrial (6,2%), do que no número de unidades locais (3,0%) e no pessoal ocupado (3,6%), refletindo, sobretudo a característica de sua estrutura industrial, marcada pela presença de empresas com grande escala de produção e/ou intensivas em tecnologia.
O perfil de uma estrutura produtiva industrial depende de diferentes fatores, tais como: dotação de recursos naturais, cultura e tradição, proximidade dos clientes e dos consumidores, disponibilidade de pessoal qualificado, estrutura de custos, acesso à infraestrutura, ou impedimentos legislativos.
Ao analisar os dados da pesquisa em 2008 em relação a 2007, verifica-se que os estados com maior concentração industrial voltaram a ganhar peso em relação à variável pessoal ocupado, já com relação ao número de unidades locais perderam participação. Com referência ao valor da transformação industrial – VTI, diferença entre valor bruto da produção industrial e o custo das operações industriais, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os Estados que mais ganharam participação.
São Paulo, é o estado que tem maior peso em relação a variável pessoal ocupado no país, em 2007 detinha 35,97% de pessoas ocupadas na atividade industrial, passando para 36,25% em 2008, com um ganho de 0,28 ponto percentual (tabelas 1, 2 e 3). Em termos de unidades locais, em 2007 participava com 32,94% e em 2008 foi de 32,64%, com perda de 0,30 ponto percentual. No VTI a indústria paulista também perdeu peso, em 2007 representava 39,20%, passando para 37,43% em 2008, redução de 1,77 pontos percentuais.
O Estado de Goiás obteve ganho de participação em pessoal ocupado, em 2007 tinha 165.766 pessoas ocupadas na atividade industrial, passando para 182.129 em 2008, representando 2,49% da indústria brasileira neste ano. Com referência a unidades locais, em 2007 participava com 3,01% e em 2008 com 2,97%, com perda de 0,04 ponto percentual. O valor do VTI também perdeu participação, em 2007 representava 1,92%, passando para 1,89% em 2008, com perda de 0,03 ponto percentual.
Tabela 1
Pessoal ocupado e participação no total da indústria geral, com indicação do Índice de Mudança Estrutural, segundo Unidades da Federação –2007/2008
Brasil e Unidade da Federação |
Pessoal ocupado |
Estrutura (%) |
Diferença (em pontos percentuais) |
||
2007 |
2008 |
2007 |
2008 |
2007/2008 |
|
Brasil |
6.981.827 |
7.325.019 |
100,00 |
100,00 |
0,00 |
Acre |
4.351 |
4.589 |
0,06 |
0,06 |
0,00 |
Alagoas |
100.541 |
102.740 |
1,44 |
1,40 |
-0,04 |
Amapá |
3.280 |
3.937 |
0,05 |
0,05 |
0,01 |
Amazonas |
107.984 |
110.987 |
1,55 |
1,52 |
-0,03 |
Bahia |
187.512 |
200.111 |
2,69 |
2,73 |
0,05 |
Ceará |
197.246 |
198.320 |
2,83 |
2,71 |
-0,12 |
Distrito Federal |
22.615 |
26.036 |
0,32 |
0,36 |
0,03 |
Espírito Santo |
114.410 |
121.316 |
1,64 |
1,66 |
0,02 |
Goiás |
165.766 |
182.129 |
2,37 |
2,49 |
0,11 |
Maranhão |
32.346 |
32.841 |
0,46 |
0,45 |
-0,01 |
Mato Grosso |
82.584 |
85.235 |
1,18 |
1,16 |
-0,02 |
Mato Grosso do Sul |
59.972 |
61.367 |
0,86 |
0,84 |
-0,02 |
Minas Gerais |
738.500 |
770.798 |
10,58 |
10,52 |
-0,05 |
Pará |
96.386 |
103.332 |
1,38 |
1,41 |
0,03 |
Paraíba |
62.099 |
64.615 |
0,89 |
0,88 |
-0,01 |
Paraná |
558.205 |
575.930 |
8,00 |
7,86 |
-0,13 |
Pernambuco |
179.831 |
190.446 |
2,58 |
2,60 |
0,02 |
Piauí |
22.098 |
22.813 |
0,32 |
0,31 |
-0,01 |
Rio de Janeiro |
382.365 |
404.833 |
5,48 |
5,53 |
0,05 |
Rio Grande do Norte |
69.207 |
75.830 |
0,99 |
1,04 |
0,04 |
Rio Grande do Sul |
643.538 |
652.372 |
9,22 |
8,91 |
-0,31 |
Rondônia |
26.938 |
29.458 |
0,39 |
0,40 |
0,02 |
Roraima |
1247 |
1.603 |
0,02 |
0,02 |
0,00 |
Santa Catarina |
565.467 |
600.712 |
8,10 |
8,20 |
0,10 |
São Paulo |
2.511.652 |
2.655.542 |
35,97 |
36,25 |
0,28 |
Sergipe |
35.221 |
36.460 |
0,50 |
0,50 |
-0,01 |
Tocantins |
10.467 |
10.667 |
0,15 |
0,15 |
0,00 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Industrial Anual |
|
|
|
Tabela 2
Unidades locais e participação no total da indústria geral, com indicação do Índice de Mudança Estrutural, segundo Unidades da Federação –2007/2008
Brasil e Unidade da Federação
|
Unidades Locais |
Estrutura (%) |
Diferença (em pontos percentuais) |
||
2007 |
2008 |
2007 |
2008 |
2007/2008 |
|
Brasil |
172.691 |
182.395 |
100,00 |
100,00 |
0,00 |
Acre |
190 |
213 |
0,11 |
0,12 |
0,01 |
Alagoas |
617 |
726 |
0,36 |
0,40 |
0,04 |
Amapá |
122 |
136 |
0,07 |
0,07 |
0,00 |
Amazonas |
1.017 |
1.081 |
0,59 |
0,59 |
0,00 |
Bahia |
4.598 |
5.102 |
2,66 |
2,80 |
0,13 |
Ceará |
4.222 |
4.339 |
2,44 |
2,38 |
-0,07 |
Distrito Federal |
955 |
1.114 |
0,55 |
0,61 |
0,06 |
Espírito Santo |
3.741 |
4.031 |
2,17 |
2,21 |
0,04 |
Goiás |
5.200 |
5.411 |
3,01 |
2,97 |
-0,04 |
Maranhão |
743 |
829 |
0,43 |
0,45 |
0,02 |
Mato Grosso |
2.404 |
2.559 |
1,39 |
1,40 |
0,01 |
Mato Grosso do Sul |
1.360 |
1.362 |
0,79 |
0,75 |
-0,04 |
Minas Gerais |
21.598 |
22.484 |
12,51 |
12,33 |
-0,18 |
Pará |
2.176 |
2.378 |
1,26 |
1,30 |
0,04 |
Paraíba |
1.195 |
1.447 |
0,69 |
0,79 |
0,10 |
Paraná |
15.164 |
15.408 |
8,78 |
8,45 |
-0,33 |
Pernambuco |
4.150 |
4.556 |
2,40 |
2,50 |
0,09 |
Piauí |
836 |
1.003 |
0,48 |
0,55 |
0,07 |
Rio de Janeiro |
9.388 |
9.822 |
5,44 |
5,39 |
-0,05 |
Rio Grande do Norte |
1.494 |
1.636 |
0,87 |
0,90 |
0,03 |
Rio Grande do Sul |
17.082 |
18.133 |
9,89 |
9,94 |
0,05 |
Rondônia |
1.125 |
1.165 |
0,65 |
0,64 |
-0,01 |
Roraima |
88 |
97 |
0,05 |
0,05 |
0,00 |
Santa Catarina |
15.159 |
16.483 |
8,78 |
9,04 |
0,26 |
São Paulo |
56.880 |
59.525 |
32,94 |
32,64 |
-0,30 |
Sergipe |
771 |
861 |
0,45 |
0,47 |
0,03 |
Tocantins |
416 |
494 |
0,24 |
0,27 |
0,03 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Industrial Anual
Tabela 3
Valor da transformação Industrial e participação no total da indústria geral, com indicação do Índice de Mudança Estrutural, segundo Unidades da Federação –2007/2008
Brasil e Unidade da Federação
|
Valor da Transformação Industrial (Mil Reais) |
Estrutura (%) |
Diferença (em pontos percentuais) |
||
2007 |
2008 |
2007 |
2008 |
2007/2008 |
|
Brasil |
594.390.574 |
714.978.661 |
100,00 |
100,00 |
0,00 |
Acre |
177862 |
147.880 |
0,03 |
0,02 |
-0,01 |
Alagoas |
2.121.225 |
2.375.702 |
0,36 |
0,33 |
-0,02 |
Amapá |
239.894 |
197.202 |
0,04 |