Operações de crédito se estabilizam no primeiro trimestre de 2017
O saldo total das operações de crédito de Goiás no primeiro trimestre de 2017 sugerem que a dinâmica de forte queda que ocorre desde de 2016 foi estabilizada (Gráfico 1). O saldo total das operações de crédito atingiu R$ 109,7 bilhões em março de 2017. No entanto, essa estabilização ocorre em um saldo inferior de crédito, 3,8% abaixo do saldo total para o mesmo período de 2016 (valores atualizados pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA/IBGE).
A estabilização dos saldos de crédito no primeiro trimestre de 2017 é resultado de comportamentos distintos dos saldos de operações de pessoas físicas e jurídicas. Enquanto que as operações de pessoas físicas aumentaram de R$ 70,4 bilhões em dezembro de 2016 para R$ 71,4 bilhões em março de 2017, o saldo das operações de crédito às pessoas jurídicas decresceram de R$ 39,2 bilhões em dezembro de 2016 para R$ 38,2 bilhões em março de 2017.
Pode-se afirmar, portanto, que as operações às pessoas físicas são as responsáveis pelo não aprofundamento da queda do saldo total das operações de crédito. Essas operações apresentaram crescimento mais robusto a partir de março, crescimento de 1,2% em relação ao mesmo mês de 2016. Por outro lado, a contínua queda das operações de crédito às pessoas jurídicas sugere pouco ânimo dos agentes para realizar investimentos e inversões financeiras.
Apesar do aumento da inadimplência total de 4,03 % em dezembro de 2016 para 4,61% em março de 2017, as quedas das taxas de inadimplência às pessoas físicas a partir de dezembro de 2016 mostram uma reversão do comportamento dessa categoria. Esses resultados sugerem a redução do endividamento das famílias, principalmente em março com o início dos saques das contas inativas do FGTS. Por outro lado, a inadimplência das pessoas jurídicas ainda permanecem numa dinâmica de aumento sistemático, com taxa de 6,33% em março de 2017, o que representa um aumento de 73,9% em relação a março de 2016.