As operações de crédito de Goiás intensificaram o ritmo de desaceleração no terceiro trimestre de 2016. Desde o início do ano as operações de crédito totais apresentavam crescimento baixo, sendo que as operações destinadas as pessoais jurídicas já apresentavam variações negativas. Porém, em agosto de 2016, pela primeira vez desde 2004 o saldo total das operações de crédito totais apresentou variação negativa em relação ao mesmo período do ano anterior (Gráfico 1). As operações de crédito totais se reduziram de R$108,5 bilhões em setembro de 2015 para R$ 105,0 bilhões em junho de 2016, ou seja, redução de 0,5%.

As operações às pessoas físicas se elevaram 5,1% entre os meses de setembro de 2015 e 2016, saltando de R$ 64,9 bilhões para R$ 68,2 bilhões. Esse valor representa a menor taxa de crescimento dessa modalidade de crédito desde 2004. A situação é ainda pior em relação às operações destinadas as pessoas jurídicas que apresentaram variação negativa de 8,7% no período. Nesse caso, verifica-se um encolhimento do saldo das operações de crédito, que passam de R$ 43,6 bilhões para 39,8 bilhões.

A inadimplência aumentou no terceiro trimestre de 2016, chegando ao valor de 4,16% em setembro de 2016 em relação às operações de crédito totais. O comportamento da inadimplência espelha a redução do nível de emprego, o processo de desalavancagem, menor expansão do consumo, ou seja, o arrefecimento da atividade econômica de forma geral. A inadimplência das operações de crédito as pessoas físicas atingiu 4,05% e as pessoas jurídicas 4,35% em setembro de 2016.

Fonte: Bacen