Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Emprego foram gerados, em Goiás, 21.056 novas colocações com registro em carteira (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo) até o mês de julho de 2015, representando um acréscimo de 1,71% em relação ao estoque de dezembro de 2014, resultado bastante positivo se comparado ao nacional, que teve redução de 1,20% no número de empregos formais. Este resultado fez com que Goiás ocupasse o primeiro lugar em termos relativos e absolutos, na geração de empregos formais no acumulado do ano, dentre as Unidades da Federação, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1. Embora Goiás continue na liderança na geração de empregos no Brasil, os dados apontam que 2015 é o pior ano desde 2000.

Tabela 1 – Ranking dos Estados: Número de empregos formais no acumulado do mês de 2015

Fonte: MTE/Cadastro Geral de Empregados e Desempregados lei 4.923/65.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais.

Julho de 2015

Os dados do CAGED também mostram que Goiás teve saldo negativo no mês de julho, fato inédito nos registros do Caged (Gráfico 3). Apesar de ser o primeiro resultado negativo para o mês de julho, da série histórica (Gráfico 4), Goiás continua com saldo acumulado do ano positivo, e está entre os dez melhores resultados do mês em termos de variação percentual do estoque de empregos formais. No entanto, vale ressaltar que devido à sazonalidade da economia goiana esperam-se saldos menores para os próximos meses, com maior número demissões em dezembro. Desta forma o saldo acumulado tende a deteriorar-se e pode fechar o ano com saldo negativo, como observado na maioria dos Estados.

Apenas dois setores apresentaram saldo positivo no emprego em julho: Agropecuária e Serviço Industrial de Utilidade Pública. O primeiro setor se despontou como o maior gerador de empregos da economia goiana, acumulando 9.395 empregos formais gerados neste ano. Ressalta-se que, se excluído o setor de Serviços Industriais de Utilidade Publica, com saldo inexpressivo de 64 empregos, os demais setores tiveram variação negativa em relação ao estoque do mês anterior. O bom desempenho do setor agropecuário no mês de julho foi registrado principalmente nas atividades de Cultivo de Plantas de Lavoura Temporária não Especificadas Anteriormente (saldo de 775 empregos formais) ao Cultivo de Soja (+377), também vale destacar a criação de bovinos (+295).

O setor de Comércio teve retração de 0,20% em relação ao estoque de junho (- 598 postos), já acumula 1.190.postos fechados no ano de 2015. O Comercio a Varejo e por Atacado de Veículos Automotores teve o pior saldo do setor (-198 postos), seguido pela atividade de Comércio Varejista Especializado de Eletrodomésticos e Equipamentos de Audio e Vídeo (-105 postos).

Quanto ao setor de Serviços, este foi o grande vilão do mercado, com o pior saldo registrado no mês (-1.155). No entanto, no acumulado do ano seu saldo é positivo, perdendo apenas para o setor Agropecuário no número de empregos gerados (+8.471). Observou-se um bom desempenho nas atividades de atendimento hospitalar (saldo de 325 empregos). Por outro lado a atividade de teleatendimento teve o pior saldo (-493 empregos).

A Indústria de Transformação teve o segundo pior saldo do mês de julho, uma retração de -0,40%. Os piores saldos foram registrados nas atividades de Fabricação de Álcool (-208) e Fabricação de Automóveis, Caminhonetas e Utilitários (-157).

Municípios

Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, 15 tiveram saldo de empregos formais positivos em julho de 2015. Em termos absolutos, Cristalina ficou em primeiro lugar, com saldo de 977 postos, Itaberaí em segundo, com 114 postos, e em terceiro São Luis de Montes belos, com 65 postos. O agronegócio foi, em grande parte, responsável pelo bom desempenho destes municípios. Por outro lado, 21 municípios apresentaram saldo negativo, sendo que Goiânia teve a maior perda de empregos, com fechamento de 1.053 postos. No acumulado do ano, Cristalina e Goiainésa possuem os melhores saldos, 2.930 e 2.168 empregos formais, respectivamente.

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