Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Emprego, em Goiás foram fechadas 237 vagas no mercado formal de trabalho no mês de janeiro de 2015, representando um decréscimo de 0,02%, melhor que o nacional que foi de -0,20%. Embora o resultado seja ruim, Goiás foi o Estado que apresentou o melhor resultado entre as 23 Unidades da Federação com resultado negativo. Para se ter uma noção do fraco desempenho do mercado formal brasileiro do mês de janeiro de 2015, apenas quatro Estados apresentaram resultados positivos, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1. Este resultado se deve ao ambiente externo e nacional desafiador, devido ao baixo crescimento do PIB, inflação alta pressionada pelos preços administrados, baixo volume de chuva que afeta a geração de energia e o abastecimento de água para o consumo, principalmente na região Sudeste brasileira.

Em janeiro de 2015 foram admitidos 57.731 e desligados  57.968 de acordo com dados do Caged, sendo o pior saldo mensal registrado desde 1999 (-994), conforme pode ser observado no Gráfico 3. Devido à sazonalidade da economia goiana, nos meses de dezembro e janeiro registram-se baixos saldos de empregos formais com carteira, no entanto neste ano em especial foi agravado pelo pessimismo em que a economia brasileira vem passando. O resultado poderia ter sido pior em Goiás, não fossem os saldos positivos nas atividades da agropecuária, construção civil e serviços, no mês de janeiro.

A agropecuária, melhor saldo do mês, gerou 769 vagas, um aumento de 0,87% no nível de empregos do setor. Foram criadas 380 vagas ligadas ao cultivo de soja e 223 vagas no cultivo de cana-de-açúcar, reforçando a sazonalidade do setor agrícola. No campo negativo, observou-se um saldo negativo de 1167 vagas na atividade de aluguel de máquinas e equipamentos.

Na construção civil foram criadas 714 vagas, com aumento de 0,78% no estoque empregos formais do setor. Aproximadamente 43% dessas vagas foram criadas na atividade de construção de edifícios, e outras 37% na montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas.

No setor de serviços a atividade de armazenamento se destacou com a criação de 393 vagas, seguida pelas atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente (195 vagas criadas). Por outro lado houve demissões nos serviços de teleatendimento (-361 vagas).

No campo negativo, comércio foi o setor que mais fechou vagas de trabalho no mês de janeiro, uma redução de 0,66% no estoque de empregos formais, sendo o subsetor varejista o grande vilão, com o fechamento de 2.126 vagas. O comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios foi o que mais demitiu, 649 empregos. O resultado reflete um ajuste natural ocasionado pelas demissões de empregos temporários no setor e potencializado pela atual conjuntura econômica brasileira.

A indústria de transformação também fechou vagas no mês de janeiro, com destaque para o subsetor de produtos alimentícios e bebidas (-466 vagas fechadas). Por outro lado, a atividade de abate de suínos, aves e outros pequenos animais foi a que mais gerou vagas neste setor (+264 vagas). Em contrapartida, o abate de reses, exceto suínos fechou 732 vagas.

Também tiveram saldos negativos os setores da Administração pública (-2), Extrativa mineral (-162) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-214), conforme mostra o Gráfico 4.

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