Goiás fechou 1.618 vagas de empregos formais no primeiro mês de 2016


 

Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Emprego, em Goiás foram fechadas 1.618 vagas no mercado formal de trabalho no mês de janeiro de 2016, representando um decréscimo de 0,13% em relação ao estoque do mês anterior. Embora o resultado seja ruim, Goiás se encontra em situação melhor que a nacional, no qual teve redução de 0,25% no número de empregos formais durante o mesmo período. Para se ter uma noção do fraco desempenho do mercado formal brasileiro no mês de janeiro de 2016, apenas cinco Estados apresentaram resultados positivos. Na classificação geral, Goiás ocupa o décimo quarto lugar em termos absoluto e o nono em termos relativo, dentre as Unidades da Federação, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1.

 

 

Em janeiro de 2016 foram admitidos 43.512 trabalhadores e desligados 45.130, de acordo com dados do Caged, sendo o pior saldo mensal registrado para o mês desde 1997 (-2.645), conforme Gráfico 3. Devido à sazonalidade da economia goiana, nos meses de dezembro e janeiro, registram-se baixos saldos de empregos formais com carteira, no entanto, neste ano em especial, foi agravado pelo pessimismo em que a economia brasileira vem passando. O resultado poderia ter sido pior em Goiás, não fosse o bom desempenho do setor agropecuário.

 

 

A agropecuária, melhor saldo do mês, gerou 818 vagas, um aumento de 0,89% no nível de empregos do setor. Foram criadas 299 vagas ligadas no cultivo de soja e 146 vagas na criação de bovinos, reforçando a sazonalidade do setor agrícola. No campo negativo, observou-se um fechamento de 200 vagas na atividade de produção de sementes certificadas.

O comércio foi o setor que mais fechou postos de trabalho no mês de janeiro, uma redução de 0,58% no estoque de empregos formais, sendo o subsetor varejista o grande vilão, com o fechamento de 1.521 vagas. O comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, foi o que mais fechou vagas, saldo negativo de 442 empregos. O resultado reflete um ajuste natural ocasionado pelas demissões de empregos temporários no setor e potencializado pela atual conjuntura econômica brasileira.

A indústria de transformação também fechou vagas no mês de janeiro, com destaque, em termos negativos, para o subsetor de têxtil e vestuário (349 vagas fechadas). Por outro lado, o subsetor de produtos químicos, produtos farmacêuticos e veterinários criou 84 vagas. Esse subsetor acumula um saldo negativo de 3.156 empregos formais, nos últimos 12 meses, o que pode indicar um ponto de reversão.

No setor de serviços a atividade de armazenamento se destacou positivamente com a criação de 363 vagas, seguida pelas atividades de contabilidade, consultoria e auditoria contábil e tributária (145 vagas criadas). Por outro lado houve demissões principalmente nas atividades de locação de mão de obra temporária (-353 vagas) e de teleatendimento (-255 vagas).

A construção civil fechou 71 vagas, redução de 0,09% no estoque empregos formais do setor. As vagas criadas nas obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (145) e nas obras de acabamento (101 vagas) compensaram, em parte, as demissões ocorridas na construção de rodovias e ferrovias (-191) e nas obras de terraplanagem (-124).

 

 

 

Municípios

Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, em janeiro de 2016, 21 tiveram saldo de empregos formais positivos. Em termos absolutos, Rio Verde ficou em primeiro lugar com 491 vagas geradas. Em seguida vem Cristalina, com 339 vagas. E em terceiro lugar Aparecida de Goiânia, com 285 vagas abertas. Nos dois primeiros casos, a agricultura, pecuária e serviços relacionados foram as atividades que mais geram empregos nos municípios. Em Aparecida de Goiânia graças às obras de infraestrutura e de construção de edifícios.

Por outro lado, 15 municípios apresentaram saldo negativo, sendo que Goiânia teve a maior perda, com fechamento de 2.463 vagas de emprego (Gráfico 5). Neste caso, os piores saldos foram registrados no comércio varejista e na locação de mão de obra temporária.

 

 

Governo na palma da mão

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