Goiás fecha postos de trabalho em setembro, mas continua em primeiro lugar na geração de empregos no ano de 2016


Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Emprego foram gerados, em Goiás, 14.345 colocações com registro em carteira (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo) de janeiro a setembro de 2016, representando um acréscimo de 1,19% em relação ao estoque de dezembro de 2015. Na comparação entre as demais Unidades da Federação, Goiás teve o melhor resultado em termos absolutos, mais que o dobro do número de empregos gerados pelo segundo colocado, no acumulado do ano. Em termos relativos, está em terceiro lugar, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1.

 

 

 

 

 


 


Setembro de 2016

 

Goiás registrou saldo negativo em setembro desse ano, foram admitidos 41.809 trabalhadores e desligados 46.301, resultando em um saldo liquido de -4.492 postos de trabalhos. Em termos absolutos, esse resultado é o pior já registrado para o mês, na série histórica iniciada em 1996. Em relação ao mês anterior, houve uma redução de 0,37% no estoque de empregos formais com carteira. Ressalta-se que, diante do cenário econômico recessivo, Goiás está operando em um nível bem a abaixo do observado no período de setembro de 2010 a setembro de 2011, melhores anos da serie histórica registrada.

 

 

 

 

Os setores de serviços industriais de utilidade pública e da administração pública tiveram saldos positivos no mês de setembro, variação de 1,09% e de 0,07%, respectivamente. Os demais setores fecharam postos de trabalho, com destaque para a indústria de transformação, com uma variação de -0,91% no estoque, em relação ao mês anterior.

A indústria de transformação teve o pior saldo do mês, registrando o terceiro saldo negativo consecutivo, que somados já totalizaram quase três mil postos de trabalho fechados no ano. Na análise por atividade econômica (CNAE 2.0 – Classe), identificou-se que as atividades de fabricação de álcool (-1.510) e de fabricação de açúcar em bruto (-439) tiveram os piores saldos. Já na análise por ocupação, o maior número de postos fechados foi para os trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar, saldo negativo de 1.142 vínculos empregatícios.

A agropecuária, setor que mais gerou empregos formais no acumulado de 2016 (10.774 vínculos), teve em setembro o segundo saldo negativo no ano, uma variação de 0,92% em relação ao estoque do mês anterior. A análise por ocupação (CBO 2002) mostrou um maior número contratações de trabalhadores da cultura de milho e sorgo, que registrou um saldo de 779 vínculos empregatícios para essa categoria. Por outro lado, fechou-se mais postos de trabalho para trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar (-290 vínculos) e para trabalhador volante da agricultura (-634 vínculos).

O setor de serviços teve um decréscimo de 0,11% no estoque, saldo de -523 postos. A atividade de pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e naturais registrou o melhor saldo (+232). Também merece destaque a atividade de vigilância e segurança privada (+115). Em termos negativos, a atividade de teleatendimento foi a que teve o pior saldo, -401 postos de trabalho.

A construção civil registrou seu primeiro soldo negativo em setembro, depois de cinco meses consecutivos com saldos positivos, com variação de -0,60% no estoque. Apesar disso, o setor é um dos que mais tem gerado empregos nesse ano, acumulando um saldo de 3.310 postos de trabalho até setembro. Para esse mês, merece destaque as atividades de montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (saldo de 236 vínculos) e de construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas (-195 vínculos), melhor e pior saldo, respectivamente.

O setor de comércio também teve redução no estoque de empregos formais com carteira, fechou 381 postos de trabalho. Na análise por classe de atividade econômica observou-se um melhor sado na atividade de comércio atacadista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (+66). Por outro lado, a atividades que mais fechou postos de trabalho foi o comércio a varejo e por atacado de veículos automotores (-91 postos).

 

 

 

 

Municípios

 

Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, em 13 foram observados saldo positivo de empregos formais, em setembro de 2016. Os dois municípios que mais geraram empregos foram Morrinhos e Niquelândia. O primeiro se destacou na produção de sementes certificadas (+358). O segundo colocado destacou-se no setor de construção civil, em especial na atividade de montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (+293). Do lado negativo, destaque para Goiânia, que fechou 1.259 postos de trabalhos, com destaque para o setor de serviços (-659) e a construção civil (-555).

Vale destacar o desempenho dos municípios goianos no cenário nacional. Ao todo 21 municípios estão entre os cem que mais geram empregos no Brasil, no ano de 2016, até o mês de setembro. Com destaque para Cristalina, o terceiro da lista dos maiores saldos acumulados do ano. O município gerou, até setembro, 5.610 empregos formais com carteira, dos quais, cerca de 67% (3.772 vínculos) na agropecuária.

 

 

 

Governo na palma da mão

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