Goiás criou 45.776 empregos formais com carteira até setembro de 2017


 

 

Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Previdência Social foram gerados, em Goiás, 45.776 colocações com registro em carteira de janeiro a setembro de 2017 (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo), representando um acréscimo de 3,85% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Este resultado fez com que Goiás alcançasse o terceiro lugar em termos relativo e absoluto na geração de empregos formais no acumulado do ano, dentre as Unidades da Federação, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1.

 

 

Tabela 1 – Ranking dos Estados: Saldo acumulado de empregos formais até o mês de setembro de 2017

Ranking

Estados

Vagas geradas

São Paulo

111.320

Minas Gerais

56.652

Goiás

45.779

Santa Catarina

37.211

Mato Grosso

30.328

Paraná

28.623

Bahia

13.571

Tocantins

4.193

Piauí

3.436

10º

Mato Grosso do Sul

3.241

Fonte: Caged/MTPS;

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais.

Nota: Ajustado com declarações entregues pelas empresas fora do prazo.


O saldo acumulado do mês de setembro de 2017 (45.779) foi bem melhor que os valores registrados nos dois anos anteriores (2015 e 2016), 153% e 219% a mais, respectivamente, anos que terminaram com saldo acumulado negativo. Apesar de cenários econômicos diferentes, o saldo de setembro desse ano se aproxima mais do de setembro de 2005 (47.550). Importante ressaltar que, historicamente em Goiás, nos anos em que o saldo acumulado do mês de setembro foi superior a 29 mil, encerrou-se o ano com saldo acumulado positivo, ou seja, houve geração de empregos (Gráfico 2).

 

 

Mês de setembro de 2017

Em setembro foram admitidos 42.985 trabalhadores e desligados 46.478 resultando em um saldo líquido de -3.493 empregos formais com carteira, variação de -0,28% em relação ao estoque do mês anterior. Foi o terceiro pior saldo, dentre as unidades da federação, apesar disso, bem maior que o registrado nos dois anos anteriores, -4.408 e -4.494. Há uma tendência de crescimento, ou seja, o mercado de empregos formais com carteira, em Goiás, está operando em um nível mais elevado que em 2015 e 2016. Também se deve frisar que os dados são sem ajuste, não incluem as informações repassadas pelas empresas fora do prazo, ou seja, os valores podem sofrer alterações para mais ou para menos (Gráficos 3, 4 e 5).



 


Quatro setores tiveram saldo positivo no mês de setembro de 2017, destacando-se a Construção Civil e o Comércio. Dentre aqueles que tiveram retração no estoque de empregos formais, destacaram-se a Indústria de Transformação e a Agropecuária, com os menores saldos (Gráfico 6).

A Construção Civil registrou saldo positivo pelo sexto mês consecutivo, e acumula variação de 8,80% em relação a dezembro de 2016, com saldo de 6.091 vínculos. O setor segue tendência de recuperação em relação aos três últimos anos, em que registrou fechamento de postos no acumulado do ano. Os destaques desse mês, para o setor, são as atividades de Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações (+186) e de Montagem de Instalações Industriais e de Estruturas Metálicas (+107). Em termos negativos, a atividade de Construção de Edifícios (-82) foi a que mais fechou postos de trabalho.

O setor de Comércio cresceu 0,05% em relação a agosto de 2017, gerou 139 empregos no mês de setembro. Também mostra uma modesta recuperação em relação a dezembro de 2016, com crescimento 1,07%. O maior saldo registrado em setembro foi na atividade de Comércio Varejista de Outros Produtos Novos não Especificados Anteriormente (+119) e o pior no Comércio Atacadista de Produtos Farmacêuticos para Uso Humano e Veterinário (-245).

O setor de Serviços teve crescimento no estoque, se comparado ao mês anterior, apesar da pequena variação de 0,01%. Contudo, ainda tem o melhor saldo acumulado do ano, dentre os setores da economia goiana, com 13.724 empregos gerados. Na análise por Classe de atividade econômica, identificou-se com o melhor saldo a atividade de Pesquisa e Desenvolvimento Experimental em Ciências Físicas e Naturais (+180). Em termos negativos, destacou-se a atividade de Limpeza em Prédios e em Domicílios, com o fechamento de 245 colocações com registro em carteira.

O saldo acumulado da Indústria de Transformação gerou 12.541 empregos formais até setembro de 2017, é o segundo maior saldo acumulado. Contudo, espera-se redução no estoque de empregos formais do setor para os próximos meses do ano, que historicamente são negativos. No mês de setembro, destacou-se com o maior saldo a atividade de Manutenção e Reparação de Máquinas e Equipamentos da Indústria Mecânica Indústria Química (+66). Em termos negativo, responsáveis pelo desempenho do setor, destacam-se as atividades de Fabricação de Álcool (-1.189) e Fabricação de Açúcar em Bruto (-519).

O setor agropecuário teve o segundo pior saldo de empregos formais do mês de setembro (-1.677), uma variação de -1,57% em relação ao estoque do mês anterior. Esse é o primeiro saldo negativo do setor, que cresceu 10,57% nesse ano, o terceiro maior saldo acumulado de 2017, com 10.100 empregos gerados. Vale ressaltar que, historicamente, esse setor registra saldos negativos em novembro e dezembro. Nesse mês, se destacaram as atividades de Criação de Aves (maior saldo) e de Cultivo de Plantas de Lavoura Temporária não Especificadas Anteriormente (pior saldo), 35 e -392 postos de trabalho, respectivamente.

 

 

Quadro 1: Goiás – Ocupações com maiores e menores saldos no mês de setembro de 2017

Maiores

Saldo

Menores

Saldo

Trabalhador da Cultura de Milho e Sorgo

271

Operador de Máquinas Fixas, em Geral.

-118

Recepcionista, em Geral

189

Assistente Administrativo.

-137

Técnico de Enfermagem

141

Eletricista de Instalações.

-155

Vendedor de Comercio Varejista

133

Faxineiro.

-160

Almoxarife

120

Operador de Telemarketing Ativo.

-162

Atendente de Lojas e Mercados

91

Trabalhador Agropecuário em Geral.

-230

Ajudante de Motorista

81

Tratorista Agrícola.

-267

Servente de Obras

77

Alimentador de Linha de Produção.

-344

Mecânico de Manutenção de Equipamento de Mineração.

75

Trabalhador Volante da Agricultura.

-418

Repositor de Mercadorias

72

Trabalhador da Cultura de Cana-De-Açúcar.

-1.029

Fonte: Caged/MTPS.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais.

Obs: Ajustado com declarações entregues pelas empresas fora do prazo.

 

 

Tabela 2 – Estado de Goiás: Saldo – admitidos/desligados por setor de atividades econômicas – 2017

Setores

set/17

No ano

Em 12 meses

Adm

Desl

Saldo

Var. Estoq

(%)

Adm

Desl

Saldo

Var. Estoq (%)

Adm

Desl

Saldo

Var. Estoq (%)

Extrativa mineral

91

278

-187

-2,24

1.563

1.317

246

3,10

1.801

2.018

-217

-2,58

Indústria de transformação

6.884

8.819

-1.935

-0,78

80.205

67.664

12.541

5,33

97.993

96.662

1.331

0,54

Prod. minerais não metálicos

421

370

51

0,41

4.143

3.709

434

3,53

5.009

5.244

-235

-1,81

Metalúrgica

378

434

-56

-0,48

3.766

4.046

-280

-2,37

4.684

5.190

-506

-4,20

Mecânica

338

337

1

0,01

3.616

3.502

114

1,50

4.823

4.544

279

3,74

Material elétrico e comunicação

73

76

-3

-0,12

752

899

-147

-5,72

949

1.401

-452

-15,72

Material de transporte

79

49

30

0,63

571

702

-131

-2,67

709

890

-181

-3,65

Madeira e mobiliário

252

266

-14

-0,16

2.418

2.583

-165

-1,86

3.081

3.451

-370

-4,08

Papel, papelão, editorial e gráfico.

235

279

-44

-0,46

2.683

2.577

106

1,12

3.448

3.455

-7

-0,07

Borracha, Fumo e Couros

206

218

-12

-0,16

2.226

1.958

268

3,77

2.813

2.683

130

1,79

Químico, Prod. Farmacêutico e Veterinário.

1.284

2.361

-1.077

-1,89

18.518

12.588

5.930

11,75

21.356

20.806

550

0,98

Têxtil e vestuário

925

994

-69

-0,24

9.802

8.614

1.188

4,32

11.938

11.537

401

1,42

Calçados

26

33

-7

-0,63

335

297

38

3,53

410

436

-26

-2,28

Prod. Alimentícios e Bebidas.

2.667

3.402

-735

-0,76

31.375

26.189

5.186

5,67

38.773

37.025

1.748

1,84

Serviço industrial de utilidade pública

144

256

-112

-1,00

2.462

2.275

187

1,69

2.830

2.876

-46

-0,41

Construção civil

5.120

4.896

224

0,30

43.873

37.782

6.091

8,80

53.346

55.511

-2.165

-2,79

Comércio

10.764

10.625

139

0,05

102.416

99.402

3.014

1,07

134.492

132.317

2.175

0,77

Com varejista

9.060

8.667

393

0,17

85.892

83.510

2.382

1,02

113.476

111.596

1.880

0,80

Com atacadista

1.704

1.958

-254

-0,51

16.524

15.892

632

1,29

21.016

20.721

295

0,60

Serviços

16.156

16.109

47

0,01

162.901

149.177

Governo na palma da mão

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