Goiás criou 44.967 empregos formais com carteira até outubro de 2017


Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Previdência Social foram gerados, em Goiás, 44.967 colocações com registro em carteira de janeiro a outubro de 2017 (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo), representando um acréscimo de 3,79% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Este resultado fez com que Goiás alcançasse o terceiro lugar em termos relativos e o quarto em termos absolutos na geração de empregos formais no acumulado do ano, dentre as Unidades da Federação, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1.

 

Tabela 1 – Ranking dos Estados: Saldo acumulado de empregos formais até o mês de setembro de 2017

Ranking

Estados

Vagas geradas

São Paulo

124.876

Minas Gerais

62.257

Santa Catarina

46.170

Goiás

44.967

Paraná

34.822

Mato Grosso

31.371

Bahia

14.228

Rio Grande do Sul

7.496

Piauí

5.460

10º

Tocantins

5.162

Fonte: Caged/MTPS;

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais.

Nota: Ajustado com declarações entregues pelas empresas fora do prazo.

O saldo acumulado do mês de outubro de 2017 (44.967) foi bem melhor que os valores registrados nos dois anos anteriores (2015 e 2016), anos que terminaram com saldo acumulado negativo. Em valores absolutos, aproxima-se do saldo registrado em 2005 (46.955), apesar de cenários econômicos diferentes. Importante ressaltar que, historicamente em Goiás, nos anos em que o saldo acumulado do mês de outubro foi superior a 30 mil, encerrou-se o ano com saldo acumulado positivo, ou seja, houve geração de empregos (Gráfico 2).

 

Mês de outubro de 2017

Em outubro foram admitidos 44.484 trabalhadores e desligados 46.155, resultando em um saldo líquido de -1.671 empregos formais com carteira, variação de -0,14% em relação ao estoque do mês anterior. Foi o segundo pior saldo, dentre as unidades da federação, melhor apenas que o estado do Rio de Janeiro, -3.861. Apesar disso, foi o melhor saldo dos últimos cinco anos, para esse mês. Observou-se, nesse ano, uma tendência de crescimento, ou seja, o mercado de empregos formais com carteira, em Goiás, está operando em um nível mais elevado que em 2015 e 2016. Também se deve frisar que os dados são sem ajuste, não incluem as informações repassadas pelas empresas fora do prazo, ou seja, os valores podem sofrer alterações para mais ou para menos (Gráficos 3 e 4).

 

 

 

Dois setores tiveram saldo positivo no mês de outubro de 2017, Comércio e Administração Pública. Dentre aqueles que tiveram retração no estoque de empregos formais, destacaram-se a Indústria de Transformação e a Construção Civil, com os menores saldos (Gráfico 5).

O setor de Comércio cresceu 0,29% em relação a setembro de 2017 e gerou 822 empregos no mês de outubro. Mostra uma modesta recuperação em relação há anos anteriores, 2015 e 2016, com saldo acumulado de 4.212 empregos, crescimento de 1,49% em relação a dezembro de 2016. A atividade que mais gerou empregos nesse mês foi o Comércio Atacadista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios, com saldo de 342 vínculos.

A Indústria de Transformação fechou 1.367 empregos em outubro, pior saldo dentre os setores da economia goiana, uma redução de 0,56% no estoque, em relação ao mês anterior. O setor possui o segundo maior saldo acumulado (11.335 vínculos), contudo, espera-se redução no estoque de empregos formais do setor para os próximos meses do ano, que historicamente são negativos. Nesse mês, destacou-se com o maior saldo a atividade de Fabricação de Cosméticos, Produtos de Perfumaria e de Higiene Pessoal (+192). Em termos negativos, responsáveis pelo desempenho do setor, destacam-se as atividades de Fabricação de Álcool (-1.278) e a Fabricação de Conservas de Frutas (-270).

A Construção Civil registrou saldo negativo de -435 vínculos, após um período de sete meses gerando empregos. O setor seguia tendência de recuperação em relação aos três últimos anos, em que registrou fechamento de postos no acumulado do ano. O destaque desse mês, para o setor, é a atividade de Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações (+483). Em termos negativos, a atividade de Construção de Rodovias e Ferrovias (-362) foi a que mais fechou postos de trabalho.

O setor de Serviços teve redução no estoque, se comparado ao mês anterior, apesar da pequena variação de -0,06%. Contudo, ainda tem o melhor saldo acumulado do ano, dentre os setores da economia goiana, com 13.931 empregos gerados. O subsetor de Alojamento e alimentação teve o melhor saldo (+435) do mês de outubro, alem disso, gerou o maior número de empregos no ano, com saldo acumulado de 6.174 empregos. Em termos negativos, destacou-se o subsetor de Transporte e Comunicação, com o fechamento de 264 colocações com registro em carteira.

A agropecuária teve o segundo saldo negativo nesse ano (-43), uma variação de -0,04% em relação ao estoque do mês anterior. O setor, que cresceu 10,19% nesse ano, o terceiro maior saldo acumulado de 2017, com 9.729 empregos gerados. Vale ressaltar que, historicamente, esse setor registra saldos negativos em novembro e dezembro. Nesse mês, se destacaram as atividades de Cultivo de Cereais (maior saldo) e de Cultivo de Plantas de Lavoura Temporária não Especificadas Anteriormente (pior saldo), 717 e -867 postos de trabalho, respectivamente.

 

Quadro 1: Goiás – Ocupações com maiores e menores saldos no mês de outubro de 2017

Maiores

Saldo

Menores

Saldo

Trabalhador da Cultura de Milho e Sorgo

971

Supervisor Administrativo

-103

Técnico de Enfermagem

306

Trabalhador Agropecuário em Geral

-111

Instalador de Linhas Elétricas de Alta e Baixa – Tensão (Rede Aérea e Subterrânea)

299

Mecânico de Manutenção de Equipamento de Mineração

-159

Repositor de Mercadorias

252

Pedreiro

-167

Operador de Caixa

203

Trabalhador na Operação de Sistemas de Irrigação por Superfície e Drenagem

-184

Vendedor de Comercio Varejista

137

Servente de Obras

-223

Trabalhador Volante da Agricultura

125

Carregador (Armazém)

-242

Atendente de Lanchonete

124

Operador de Telemarketing Ativo e Receptivo

-459

Armazenista

121

Motorista de Caminhão (Rotas Regionais e Internacionais)

-493

Faxineiro

97

Trabalhador da Cultura de Cana-de-Açúcar

-880

Fonte: Caged/MTPS.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais.

Obs: Ajustado com declarações entregues pelas empresas fora do prazo.

 

Tabela 2 – Estado de Goiás: Saldo – admitidos/desligados por setor de atividades econômicas – 2017

Setores

outubro/17

No ano

Em 12 meses

Adm

Desl

Saldo

Var. Estoq

(%)

Adm

Desl

Saldo

Var. Estoq (%)

Adm

Desl

Saldo

Var. Estoq (%)

Extrativa mineral

70

180

-110

-1,35

1.634

1.498

136

1,71

1.778

1.991

-213

-2,57

Indústria de transformação

7.322

8.689

-1.367

-0,56

88.001

76.666

11.335

4,82

99.027

95.150

3.877

1,60

Prod. minerais não metálicos

405

450

-45

-0,36

4.681

4.191

490

3,99

5.156

5.289

-133

-1,03

Metalúrgica

381

336

45

0,39

4.203

4.412

-209

-1,77

4.832

5.133

-301

-2,53

Mecânica

239

316

-77

-1,01

3.885

3.837

48

0,63

4.772

4.556

216

2,90

Material elétrico e comunicação

48

67

-19

-0,78

804

967

-163

-6,34

929

1.262

-333

-12,15

Material de transporte

40

51

-11

-0,23

624

755

-131

-2,67

707

890

-183

-3,69

Madeira e mobiliário

265

203

62

0,71

2.692

2.789

-97

-1,10

3.094

3.347

-253

-2,81

Papel, papelão, editorial e gráfico.

353

211

142

1,49

3.063

2.801

262

2,78

3.543

3.352

191

2,01

Borracha, Fumo e Couros

211

225

-14

-0,19

2.460

2.201

259

3,64

2.841

2.690

151

2,09

Químico, Prod. Farmacêutico e Veterinário.

1.561

2.510

-949

-1,70

20.096

15.197

4.899

9,70

21.885

20.679

1.206

2,23

Têxtil e vestuário

806

907

-101

-0,36

10.681

9.563

1.118

4,07

11.906

11.627

279

0,99

Calçados

43

38

5

0,45

383

336

47

4,37

421

448

-27

-2,35

Prod. Alimentícios e Bebidas.

2.970

3.375

-405

-0,42

34.429

29.617

4.812

5,26

38.941

35.877

3.064

3,29

Serviço industrial de utilidade pública

117

384

-267

-2,40

2.613

2.694

-81

-0,73

2.837

3.084

-247

-2,20

Construção civil

4.374

4.809

-435

-0,59

48.669

42.843

5.826

8,42

54.357

54.885

-528

-0,70

Comércio

10.946

10.124

822

0,29

114.392

110.180

4.212

1,49

136.058

132.359

3.699

1,31

Com varejista

8.959

8.656

303

0,13

95.765

92.779

2.986

1,28

114.538

111.704

2.834

1,21

Governo na palma da mão

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