Goiás continua líder na geração de empregos formais no acumulado de 2015


 

Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Emprego foram gerados, em Goiás, 9.032 novas colocações com registro em carteira (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo) de janeiro a outubro de 2015, representando um acréscimo de 0,73% em relação ao estoque de dezembro de 2014, resultado positivo se comparado ao nacional, que teve redução de 1,39% no número de empregos formais durante o mesmo período. Goiás ocupou o primeiro lugar em termos absolutos e o segundo em termos relativos, na geração de empregos formais no acumulado do ano, dentre as Unidades da Federação, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1. Embora Goiás continue na liderança na geração de empregos no Brasil, os dados apontam que 2015 é o pior ano desde 1999.

 

 

 

 

 

 

 

Outubro de 2015

 

Outubro tradicionalmente é um mês fraco na geração de empregos em Goiás, o número de admitidos tende a ser menor que o de desligados resultando em saldo negativo, contudo neste ano registrou-se o pior saldo da série, iniciada em 1996. Houve uma redução de cerca de 50% no acumulado do ano com as demissões ocorridas no mês, foram 42.714 admitidos contra 52.580 desligados (conforme observado no Gráfico 04). O saldo do mês de outubro, histórico nos registros do Caged, mostra a gravidade da situação atual do Mercado de Trabalho, que até o momento não apresenta nenhum sinal de recuperação. O resultado é muito inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando foram fechadas 3.680 vagas. É importante ressaltar que os dados são sem ajuste, ou seja, não incluem as informações repassadas pelas empresas fora do prazo de declaração ao MTE.

Apesar de Goiás continuar com saldo acumulado positivo, no ano de 2015, e ter uma das melhores taxas de crescimento do estoque de empregos formais, vale ressaltar que devido à sazonalidade da economia goiana esperam-se saldos menores para os próximos meses, com maior número de demissões em dezembro, caso tenha a mesma tendência do ano anterior (Gráfico 03). Desta forma o saldo acumulado tende a deteriorar-se e pode fechar o ano com valor negativo, como já observado na maioria dos Estados (Gráfico 1).

 

 

 

A análise setorial dos dados do Caged mostra que apenas um setor econômico elevou o nível de emprego: administração pública. Foram criadas 45 postos de trabalho neste setor. Pelo lado negativo, os destaques foram para a indústria de transformação e construção civil, que fecharam em conjunto 6.198 vagas em outubro.

Na indústria de transformação houve redução de 1,74% no estoque de empregos formais. Todos os subsetores fecharam postos de trabalho em outubro, sendo que o subsetor químico, produtos farmacêuticos e veterinários foi responsável pelo fechamento do maior número de postos neste setor (-2.442). Ao realizar análise por classe econômica (CNAE 2.0 – Classe) identificou-se que a atividade de fabricação de álcool, dentro deste subsetor, foi a principal responsável, fechou 2.322 postos de trabalho no mês de outubro.

O setor de construção civil teve o segundo pior saldo do mês, fechou 1.750 posto de emprego formal. Este setor já acumula saldo negativo de 5.079 postos no ano de 2015, redução de 5,53% em relação ao estoque do ano anterior. A atividade de construção de edifícios fechou o maior número de postos de trabalho neste mês (-888 postos).

 

O setor agropecuário fechou 1.515 postos e reduziu seu estoque de empregos formais em 0,15%. As demissões foram registradas principalmente nas atividades de cultivo de plantas de lavoura temporária não especificadas (-1.129 postos). Apesar disso o setor continua líder na geração de empregos no acumulado do ano.

A maior perda de postos de trabalho identificada no comércio foi na atividade de comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (-178 postos). O subsetor varejista já acumula o segundo pior saldo acumulado da economia, fechou até o momento 3.073 postos de empregos formais.

O setor de serviços tem o segundo melhor saldo acumulado do ano (8.019 postos, crescimento de 1,77% do estoque). No entanto teve saldo negativo de 839 postos no mês de outubro. Em termos negativos destacou-se a atividade de restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas que fechou 217 postos. Por outro lado duas atividades se destacaram por gerar empregos em outubro, a atividades de teleatendimento e a atividade de pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e naturais, geraram 188 e 173 postos respectivamente.

Por fim, a análise por ocupação (CBO – família) mostra que em outubro gerou-se maior número de empregos para operadores de telemarketing (+ 228 postos) e para instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados (183 postos) e, fechou-se maior número de postos para trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas (-1.973 postos) e para vendedores e demonstradores em lojas ou mercados (-606 postos).

 

 

Municípios

 

Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, em dez foram observados saldo positivo de empregos formais em outubro de 2015. Em termos absolutos, Formosa ficou em primeiro lugar, com saldo de 311 postos, Rio Verde em segundo, com 125 postos, e em terceiro Santa Helena de Goiás, com 78 postos. O agronegócio foi, em grande parte, responsável pelo bom desempenho destes municípios. Por outro lado, Goiânia, Cristalina e Aparecida de Goiânia tiveram o pior saldo do mês.

 

 

 

 

 

 

 

Governo na palma da mão

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