Goiás continua líder na geração de empregos formais em 2016


Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Emprego foram gerados, em Goiás, 12.522 colocações com registro em carteira (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo) de janeiro a maio de 2016, representando um acréscimo de 1,04% em relação ao estoque de dezembro de 2015. Na classificação geral, Goiás teve o melhor resultado tanto em termos relativos quanto absoluto, na geração de empregos formais no acumulado do ano, dentre as Unidades da Federação, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1.

 

 

 

 

Maio de 2016

 

 

Em maio foram admitidos 44.360 trabalhadores e desligados 44.207 resultando em um saldo liquido de 153 postos de trabalhos. Em termos absolutos, esse foi o pior resultado na geração de empregos formais registrados em Goiás para o mês de maio, menos que a metade do registrado em maio de 2015 (333 empregos formais), conforme observado no gráfico 3. Vale ressaltar que, diante desse cenário econômico recessivo, apenas cinco estados tiveram saldo positivo no emprego, no mês de maio deste ano.

 

 

A agropecuária teve o maior saldo de empregos formais do mês de maio, uma variação de 1,07% em relação ao estoque do mês anterior. As atividades de cultivo de cana de açúcar e de produção de sementes certificada foram as que mais geraram postos de trabalho nesse mês, 351 postos e 266 postos, respectivamente. Vale destacar que a agropecuária foi a atividade produtiva que gerou mais empregos no ano (+8.639 postos), uma variação 9,43% em relação ao estoque do ano anterior.

O bom desempenho da indústria de transformação se deve principalmente ao agronegócio. O estoque de empregos formais desse setor cresceu 0,37% em relação ao mês anterior, com um saldo de 912 empregos. Houve geração de empregos principalmente na indústria de produtos alimentícios e bebidas (+843 postos) e na indústria de produtos químicos, produtos farmacêuticos e veterinários (+632 postos). Ao realizar análise por classe econômica (CNAE 2.0 – Classe) identificou-se que as atividades de fabricação de álcool (+663 postos) e de fabricação de açúcar em bruto (+574 postos), tiveram os maiores saldos do setor. Por outro lado, as atividades de fabricação de óleos vegetais, exceto óleo de milho (-129 postos) e de confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas (-97 postos) fecharam postos de trabalhos.

A construção civil, em maio, apresentou uma variação de 0,11% no estoque, sendo o segundo mês positivo. Houve geração de empregos nas atividades de construção de rodovias e ferrovias (+386 postos) e nas obras para a geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (+271 postos). Em termos negativos, merece destaque as atividades de construção de edifícios, com fechamento de 410 postos.

O pior resultado do mês de maio foi registrado no setor de comércio (-1.077 postos), redução de 0,37% no estoque do mês anterior. Na análise por classe de atividade econômica contatou-se que os maiores saldos foram nas atividades de comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – hipermercados e supermercados (112 postos) e os menores saldos foram em comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (-166 postos). Ressalta-se que o comercio é o setor que mais fechou postos no ano de 2016, com saldo acumulado de – 5.640 postos.

No setor de serviços vale destacar, no mês de maio, a atividade de locação de mão-de-obra temporária (+378 postos), maior saldo, e a atividade de incorporação de empreendimentos imobiliários (-305 postos), menor saldo do setor. Apesar de apresentar saldo negativo nesse mês, o setor é um dos que mais geraram empregos nesse ano de 2016.

 

 

 

 

 

Municípios

 

Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, em 19 foram observados saldo positivo de empregos formais, em maio de 2016. Os dois municípios que mais geraram emprego, Santa Helena e Morrinhos, se destacaram na agricultura, especialmente na produção de sementes certificadas. O terceiro colocado, Cristalina, destacou-se o setor da construção civil. . Ressalta-se que ao incluir os municípios com menos de 30 mil habitantes na análise, Vicentinópolis passa a ser o que mais gerou empregos formais no mês de maio, foram 334 postos, graças à indústria de transformação, na atividade de fabricação de açúcar em bruto. Do lado negativo, destaque para Goiânia que fechou 857 postos de trabalhos, influenciado pelo setor de comércio, e Niquelândia (-806 postos), que sofre com o fechamento de uma grande empresa do setor de mineração.

 

 

 

 

 

 

 

 

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