Goiás começa o ano gerando empregos


Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Previdência Social – foram geradas, em Goiás, 4.767 colocações com registro em carteira em janeiro de 2017, representando um acréscimo de 0,40% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Goiás se encontra em situação melhor que a nacional, que teve redução de 0,11% no número de empregos formais no mesmo mês. Na classificação geral, Goiás ocupa o quinto lugar em termos absoluto e o quarto em termos relativo na geração de empregos formais no acumulado do ano, dentre as Unidades da Federação, conforme observado na Tabela 1 e Gráfico 1.

 

Em janeiro de 2017, foram admitidos 49.311 trabalhadores e desligados 44.544, resultando em um saldo líquido de 4.767 postos de trabalhos. Historicamente, no mês de janeiro registra-se saldo positivo, devido à sazonalidade da economia goiana, contudo, nos dois últimos anos (2015 e 2016), os saldos foram negativos. Em termos absolutos, esse resultado pode representar uma melhora no cenário econômico goiano, com a recuperação dos postos de empregos formais com carteira fechados nos anos anteriores (Gráficos 2 e 3).

 

 

Quatro setores da economia goiana tiveram saldo de empregos formais positivo no mês de janeiro de 2017. Merece destaque o setor de serviços (melhor saldo) que, após quatro meses com saldo negativo, registrou o seu melhor resultado desde fevereiro de 2015, quando gerou 3.031 empregos. Por outro lado, a administração pública, o comércio e o setor extrativo mineral tiveram saldos de empregos formais negativos.

O setor de serviços teve um acréscimo de 0,60% no estoque, em relação ao mês anterior. Destaque para o subsetor de comércio e administração de imóveis que registrou 2.124 novas colocações com carteira. As atividades que mais geraram empregos foram as de armazenamento (+659) e teleatendimento (+405). Em contrapartida, as atividades de locação de mão de obra temporária (-251) e de transporte rodoviário de carga (-128) fecharam o maior número de postos de trabalho no mês.

A Indústria de Transformação fechou janeiro com resultado positivo de 1.378 vagas. O desempenho foi 0,59% maior do que em dezembro de 2016 e reverteu a tendência de queda que ocorreu em janeiro do ano passado, quando foram fechados 366 postos. Os subsetores que fizeram com que os números na indústria ficassem positivos foram, principalmente, o de alimentos e bebidas (+612 postos) e o químico, produtos farmacêutico e veterinário (+533). Na análise por classe de atividade econômica (CNAE 2.0), os melhores saldos observados foram nas atividades de fabricação de álcool e na fabricação de açúcar em bruto, saldo de 539 e de 335, respectivamente.

A agropecuária gerou 3.265 postos de trabalho nesse mês, um acréscimo de 1,42% no estoque. O cultivo de cana-de-açúcar (+693) e o de soja (+602) foram as atividades que mais geraram empregos em janeiro. Por outro lado, a produção de sementes certificadas foi a que mais fechou (-771).

A construção civil registrou saldo positivo, que apesar de pequeno (+64) pode indicar uma melhora do setor, que fechou mais 8 mil empregos nos últimos quatro meses. O melhor saldo foi na atividade de construção de edifícios (+266) e o pior nas obras de terraplanagem (-93).

O setor de comércio teve um decréscimo de 0,33% no estoque de empregos formais em relação ao mês anterior, foram fechados 921 postos de trabalho. O setor fechou em 2015 cerca de oito mil postos de trabalho e teve saldo positivo apenas no mês de novembro. Para esse mês, merece destaque a atividade de comércio de peças e acessórios para veículos automotores (+183 empregos), melhor saldo. Por outro lado, o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (-478) teve o pior resultado.

 

 

Na análise por ocupação (CBO 2002), em todos os setores da economia goiana, o maior número de empregos gerados e fechados, em janeiro, foi para trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar e para os trabalhadores da cultura de milho e sorgo, respectivamente (Quadro 1).

 

 

Municípios

Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, vinte tiveram saldo positivo de empregos formais em janeiro de 2017. Em Rio Verde e Goianésia, primeiro e terceiro colocado, merece destaque a indústria de transformação, em especial, os subsetores de produtos alimentícios e de produtos químicos, respectivamente. Goiânia destacou-se devido ao setor de serviços. Do lado negativo, Formosa teve o pior saldo, com o pior saldo no setor agropecuário, especialmente na atividade de produção de sementes certificadas.

 

 

Responsável Técnico:

João Quirino Rodrigues Junior

Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais

Governo na palma da mão

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