Geração de empregos formais desacelera em julho, mas 2007 ainda é o melhor ano da série histórica para Goiás.


Segundo
dados do Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do
Trabalho e Emprego, em julho de 2007 foram criados em Goiás 2.788 empregos com
carteira assinada (35.912 admitidos e 33.124 desligados), o que significou elevação
de 0,36% em relação ao mês anterior. A agropecuária, comércio e construção
civil foram as atividades econômicas que mais contribuíram para o desempenho
positivo do mercado formal de trabalho no mês em questão, já a queda do
emprego na indústria de transformação contribuiu para a redução no ritmo da
expansão do emprego no ano de 2007. Embora o saldo do emprego do mês de julho
tenha apresentado expansão inferior ao mês de junho, os dados dos primeiros
sete meses do ano 2007 apontam para o melhor desempenho para o período, desde o
início da série, com geração de 51.374 postos de trabalho, superior em
17,00% ao segundo melhor período da série, registrado nos primeiros sete meses
de 2004. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada foi de 5,42%, decorrente
da geração de 39.470 empregos, o que manteve Goiás com o melhor resultado, em
termos absolutos, da região Centro-Oeste.

 
Gráfico
1
Estado
de Goiás: Saldo – Admitidos/Desligados – 2006/07

Fonte: MTE/Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados lei 4.923/65

 

Gráfico
2
Estado
de Goiás: Saldo – Admitidos/Desligados – Primeiros sete meses do ano
2000/07

Fonte: MTE/Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados lei 4.923/65

 

 

Setores de atividades

 

Com
exceção da indústria de transformação, que teve saldo negativo de 165
postos de trabalho, influenciado pelo início das demissões registradas nas
atividades de álcool e açúcar, todos os demais grandes setores de atividade
econômica apresentaram expansão do emprego formal no mês em análise. Os principais dinamizadores do emprego com carteira em julho de 2007 foram:
agropecuária, com o acréscimo de 1.059 postos; comércio, com 827
oportunidades de trabalho; e, construção civil, com 697 vagas (tabela 1).

As
principais subatividades da agropecuária que contribuíram para o bom
desempenho, em julho, foram cultivo de outros produtos de lavoura temporária,
com 567 novas ocupações, a agropecuária, produção mista:  lavoura e pecuária,
com 390 postos e criação de bovinos, com 280 empregos novos. Na atividade de
comércio, os principais resultados foram constatados em comércio varejista de
outros produtos, com 278 novos empregos, comércio a varejo de combustíveis,
com 123 postos, e comércio varejista de tecidos, artigos de armarinho, vestuário
e calçados, com 108 novos empregos formais. Por fim, na construção civil, os
melhores desempenhos foram verificados em edificações residenciais,
 industriais e comerciais, com 447 novos postos, obras de arte especiais,
com 220, e obras de outros tipos, com geração de 110 empregos
formais.

Ao
analisar o resultado acumulado de 2007, nota-se que o setor da
indústria de transformação liderou a geração de empregos. Entre janeiro e
julho deste ano, foram computados 23.738 postos a mais no estoque de emprego do setor. Dentre os subsetores da indústria de transformação os melhores
resultados foram computados em produção de álcool (9.925 postos), fabricação
e refino de açúcar (6.355 postos) e abate e preparação de produtos de carne e de pescado
(2.474 postos).

Vale
ressaltar a importância do setor sucroalcooleiro na geração de novos postos
de trabalho em Goiás, nos primeiros sete meses deste ano. As atividades de
produção de álcool (9.925 postos), cultivo de cana de açúcar
(6.482 postos) e fabricação e refino de açúcar (6.355 postos),
corresponderam a 44,31% da soma de todos empregos gerados no acumulado do ano,
que foi de 51.374 novos empregos formais.

Tabela
1

Estado
de Goiás: Saldo – Admitidos/Desligados por setor de atividade econômica –
2006/07

Fonte:
MTE/Cadastro Geral de Empregados e Desempregados lei 4.923/65

Municípios

Dos
municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, os melhores desempenhos, em
termos absolutos, no mês de julho de 2007, foram constatados em Cristalina, com
513 novas vagas, Aparecida de Goiânia, com 504, Goiânia, com 367, e Catalão,
com 253 novos postos de trabalho.  Já
no acumulado do ano, os municípios que mais destacaram foram Goiânia, com
6.930 novos postos, Goianésia, com 3.127, Rio Verde, com 2.536, e Itumbiara com
2.213 novas oportunidades de trabalho. Dentre os municípios de menor população,
o destaque coube a Maurilândia, com 2.338 novos empregos, Itapaci, com 2.064,
Turvelândia, com 1.837, e Rubiataba, com 1.386 novos empregos formais. É usual
que na primeira parte do ano os municípios não metropolitanos terem seus
desempenhos associados às atividades agroindustriais, mais especificamente no
caso de Goiás, à cadeia sucroalcooleira, que neste ano em particular tem
apresentado dinamismo superior aos outros.

Tabela
2

Estado
de Goiás: comportamento do mercado formal de trabalho, por municípios com mais
de 30 mil habitantes – 2006/07

Fonte:
MTE/Cadastro Geral de Empregados e Desempregados lei 4.923/65

 

Equipe
de Conjuntura da Seplan:

Dinamar
Ferreira Marques

Eduiges
Romanatto

Marcos
Fernando Arriel

Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

Governo na palma da mão

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