A balança comercial de Goiás, que contabiliza as transações com mercadorias entre Goiás e o exterior, registrou resultado positivo, US$ 101,613 milhões em agosto deste ano. Este saldo corresponde à diferença entre as exportações (US$ 602,563 milhões) e as importações (US$ 500, 950 milhões). A corrente de comércio, somatório das exportações e importações, atingiu US$ 1, 104 bilhão.

Conforme estatísticas apuradas pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em agosto de 2011, as exportações expandiram-se 67% sobre o mesmo mês apurado no ano de 2010, quando registrou valor de US$ 360,816 milhões. Este resultado em termos de valor foi o melhor desde o início do ano. Esse crescimento nas exportações foi influenciado pelo maior volume e valor das commodities agrícolas e minerais, produtos de maior representatividade na pauta de exportação de Goiás.

   
As exportações de janeiro a agosto de 2011 somaram US$ 3,872 bilhões, 40,4% maior que a do mesmo período de 2010. O setor continua crescendo acima da média brasileira, de 32,2%. As importações no acumulado do ano somaram US$ 3,508 bilhões, crescimento de 33,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Confirmando que a desvalorização do dólar continua aquecendo as comprar externas. O saldo apurado no período foi de US$ 364,119 milhões, superior em 178,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A corrente de comércio, soma das exportações e importações, atingiu o montante de US$ 7,380 bilhões, 37% maior que no ano passado.

O principal item na pauta goiana de exportação foi o complexo soja, com 26,4% (US$ 159,237 milhões) das vendas. Em segunda posição configurou complexo de minérios, que representou 21,4% (US$ 129,256 milhões), com destaque para: Sulfeto de minério de cobre, com 12,2% (US$ 73,399 milhões) de participação; ferroligas 4,2% (US$ 25,325 milhões), ouro 3,5% (US$ 21,275 milhões) e amianto 1,3% (US$ 7,542 milhões). Complexo carne ficou em terceira posição, com 20,6% (US$ 123,983 milhões) do total exportado, destacando-se carne bovina 10,6% (US$ 63,918 milhões), carne de aves 7,7% (US$ 46,338 milhões), suínos 1,8% (US$ 10,842 milhões) e outras carnes 0,5% (US$ 2,884 milhões).  Os demais produtos da pauta foram: Milho e derivados, com 15,8% (US$ 94,881 milhões), açúcares com 7,6% (US$ 45,862 milhões) e couros 3,8% (US$ 23,076 milhões) do total exportado.

A pauta de exportação goiana ainda é bastante concentrada em produtos básicos que representaram de janeiro a agosto 77% do total exportado sendo que produtos industrializados contribuíram com 23%. Na comparação com o mesmo período de 2010, observa-se que houve crescimento em produtos manufaturados, passando de 5,2% para 9,6%, fato bastante positivo, sinalizando para uma maior agregação de valor aos produtos goiano.

No mês de agosto, os três grandes conjuntos de produtos registraram crescimento nas exportações, quando comparados ao mesmo período de 2010:

·        Produtos básicos: + 62,5%

·        Produtos manufaturados: +79,5%

·        Produtos semimanufaturados: + 86,3%.

As localidades de escoamento dos produtos goianos estão em outras unidades da federação, dada a sua localização geográfica. Conforme dados do MDIC/SECEX, os montantes exportados por Goiás no mês de agosto pelos principais pontos de escoamento foram: Porto de Santos US$ 275,353 (45,7%), Vitória US$ 172,241  (28,6%), Paranaguá US$ 78,566 (13,0%) e Itajaí US$ 27,703 (4,6%).  Pelos portos de Santos e Vitória saem 84,3% das vendas goiana para o exterior.

O principal destino das exportações goianas em agosto foi, pelo sexto mês consecutivo, a China, com valor de US$ 96,238 milhões (16,0%) do total exportado. 

Em seguida vieram: Países Baixos (Holanda) US$ 49,540 milhões (8,2%), Índia US$ 46,742 milhões (7,8%), Espanha US$ 32,041 milhões (5,3%), Irã US$ 29,641 milhões (4,9%),  Tailândia US$ 28,508 milhões (4,7%), Reino Unido US$ 21,643 milhões (3,6%), Hong Kong US$ 21,322 milhões (3,5%), Arábia Saudita US$ 19,638 milhões (3,3%), Japão US$ 17,759 milhões (3,0%) e  Egito US$ 17,283 milhões (2,9%).  Em agosto de 2011, Goiás exportou para 110 países, ante 102 no mês passado.

No período de janeiro a agosto de 2011, as principais empresas exportadoras foram: Mineração Maracá Indústria e Comércio S.A US$ 482,040 milhões (12,5%), BRF-Brasil Foods S.A US$ 376,571 milhões (9,7%), Bunge Alimentos S.A US$ 351,200 milhões (9,1%), JBS S.A US$ 292,900 milhões (7,6%), Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A US$ 289,316 milhões (7,5%), ADM do Brasil Ltda. US$ 226,038 milhões (5,8%), Cargill Agrícola S.A US$ 219,832 milhões (5,7%), Caramuru Alimentos S.A. US$ 203,053 milhões (5,2%), CIEN Companhia de Interconexão Energética US$ 163,041 milhões (4,2%), Minerva S.A US$ 130,861 milhões (3,4%) e Mineração Serra Grande S.A US$ 127,161 milhões (3,3%).

Os municípios líderes em exportação de janeiro a agosto de 2011 foram: Alto Horizonte, com vendas de sulfetos de minério de cobre, valor de US$ 482,040 milhões, representando (12,5%),  Índia, Espanha e Alemanha foram os principais parceiros comerciais.  O município de Luziânia vem em segundo lugar, com US$ 349,671 milhões (9%) com destaque para soja e milho, comercializou principalmente com China e Espanha.  Rio Verde ficou em terceiro lugar com US$ 253,780 milhões (6,6%) e o município de Itumbiara em quarta posição, com US$ 210,063 milhões representando 5,4% com vendas basicamente de produtos agrícolas principalmente para China e Holanda. Em quinto lugar, Anápolis, com US$ 171,418 milhões (4,4%), também exportou produtos agrícolas, principalmente soja e vendeu para Holanda, China e Alemanha.

As importações em agosto de 2011 aumentaram 44,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os principais produtos importados foram: veículos automóveis, tratores, etc. suas partes/acessórios US$ 188,702 milhões (37,7%), adubos ou fertilizantes US$ 74,000 milhões (14,8%), reatores nucleares, caldeiras, máquinas, etc., mecânicos US$ 73,182 milhões (14,6%), produtos farmacêuticos US$ 66,912 milhões (13,4%), produtos químicos orgânicos US$ 28,833 milhões (5,8%), máquinas, aparelhos e material elétricos, suas partes, etc. US$ 12,637 milhões (2,5%), instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia, etc. US$ 9,788 milhões (2,0%), borracha e suas obras US$ 7,170 milhões (1,4%), obras de ferro fundido, ferro e aço US$ 6,588 milhões (1,3%) e plásticos e suas obras US$ 6,585 milhões (1,3%).

Goiás importou em agosto de 2011 da Coréia do Sul US$ 108,278 milhões (21,6%), Japão US$ 82,413 milhões (16,4%), Estados Unidos US$ 64,555 milhões (12,9%), Alemanha US$ 48,538 milhões (9,7%), Rússia US$ 36,612 milhões (7,3%), Tailândia US$ 33,571 milhões (6,7%), China US$ 28,524 milhões (5,7%), Suíça US$ 17,871 milhões (3,6%), Belarus US$ 14,035 milhões (2,8%), Canadá US$ 11,173 milhões (2,2%)  e Argentina US$ 9,031 milhões (1,8%).

As principais empresas importadoras no acumulado do ano foram: Caoa Montadora de Veículos S.A US$ 1,244 bilhão (35,5%), MMC Automotores do Brasil S.A US$ 628,879 milhões (17,9%), Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A US$ 390,697 milhões (11,1%), John Deere Brasil Ltda. US$ 194,652 milhões (5,6%), ADM do Brasil Ltda. US$ 65,175 milhões (1,9%), SVB Automotores do Brasil S.A US$ 63,100 milhões (1,8%), Mosaic Fertilizantes do Brasil S.A US$ 55,143 milhões (1,6%), Fertilizantes Heringer S.A US$ 52,877 milhões (1,5%) e Adubos Sudoeste Ltda. US$ 40,797 milhões (1,2%).

Segundo o MDIC, os principais municípios goianos importadores, no período de janeiro a agosto de 2011 foram: Anápolis, Catalão, Goiânia, Rio Verde e Aparecida de Goiânia. O município de Anápolis registrou compras do exterior no valor de US$ 1,896 bilhão (54,5%). Foram adquiridos principalmente automóveis, suas partes e insumos farmacêuticos, dos países Coréia do Sul, Estados Unidos e Alemanha. O município de Catalão é o segundo colocado do Estado, com US$ 1,055 bilhão em importações (30,1%), basicamente automóveis e insumo para fertilizantes oriundos do Japão, Tailândia e Estados Unidos. O município de Goiânia importou US$ 148,163 milhões (4,2%), os produtos vieram, principalmente dos Estados Unidos, China, Argentina  e  Alemanha, as compras foram referente a máquinas, equipamentos, medicamentos e equipamentos de informática. Rio Verde e Aparecida de Goiânia também se destacaram nas importações com valores de US$ 117,016 milhões e US$ 69,326 milhões respectivamente, adquirindo principalmente defensivos, insumos agrícolas e farmacêuticos.