Emprego formal registra o melhor saldo para o primeiro semestre de todos os anos da série histórica em Goiás


Os
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram que no mês
de junho de 2008 houve crescimento de 1,45% no número de empregados com
carteira assinada, o que correspondeu à geração de 11.879 novas vagas, o
melhor resultado da série histórica, em termos absolutos e relativos,
comportamento inédito do emprego formal para o mês em Goiás. O bom desempenho do emprego formal em junho deste ano deveu-se principalmente às
atividades de serviços, construção civil e agropecuária. Os dados revelam
ainda que o número de vagas criadas no primeiro semestre deste ano foram também
o maior da história do Caged, com um aumento de 64.870 postos, número 33,51%
superior ao saldo verificado no mesmo período do ano passado e que representa
expansão de 8,56% no estoque de empregos formais observado desde o início do
ano. O crescimento expressivo do mercado formal de trabalho neste semestre está
associado à expansão da produção na indústria de alimentos e bebidas,
especialmente a produção de derivados da cana-de-açúcar, ao ambiente favorável
para construção civil, propiciados pelo acesso ao crédito e pela construção
da ferrovia Norte-Sul. Cabe ainda ressaltar que o Estado de Goiás teve o melhor
resultado, em termos absolutos, da região Centro-Oeste no semestre.

Setores de atividades

O
excelente desempenho do emprego em junho de 2008 decorreu da elevação quase
generalizada de todos os subsetores de atividade econômica. Em termos
absolutos, os setores que mais contribuíram para o resultado verificado foram:
serviços (3.253 vagas), influenciado por comércio e administração de imóveis;
construção civil (2.742 vagas), impulsionado por construção de edifícios e
construção de rodovias e ferrovias; e agropecuária (2.425 vagas),
influenciado por produção de lavouras temporárias, como cereais e soja.

Comportamento
semelhante foi verificado no primeiro semestre de 2008, quando todas as
atividades econômicas apresentaram elevação com destaque para a indústria de
transformação, que foi responsável por 34,68% da abertura de novas vagas no
mercado formal de trabalho. Em seguida veio a agropecuária, com 19,30%, serviços,
com 18,85% e construção civil, com 16,25% do total de empregos gerados nos
primeiros seis meses em Goiás.

Em
primeiro lugar na geração de empregos no semestre, em termos absolutos, a indústria
de transformação foi influenciada em grande medida pelas atividades ligadas a
alimentos e bebidas (17.709 vagas), em especial os ramos de produção de álcool
e açúcar. Com relativa importância foram registradas elevações nos
segmentos de fabricação de produtos químicos e farmacêuticos (843 vagas) e
metalurgia (696 vagas).

Outras
informações importantes observadas nos dados do balanço do primeiro semestre,
divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, referem-se ao grau de instrução
e remuneração do emprego formal, por atividade econômica no estado (tabelas 2
e 3). No tocante ao grau de instrução, constatou-se que houve ganho de postos
de trabalhos em todos os níveis (tabela 2), mas o maior número de vagas foi
apurado entre os que possuíam ensino fundamental incompleto (10.814 vagas) e
ensino fundamental completo (19.566 vagas). Já nas faixas de rendimentos, em
salários mínimos (tabela 3), observou-se que o maior volume saldo positivo (admitidos-desligados)
ficou situado nas três primeiras faixas, que vão até dois salários mínimos,
fato explicado pela crescente geração de empregos nas atividades ligadas aos
setores sucroalcooleiro e construção civil, que tradicionalmente empregam
trabalhadores com remuneração mais baixa.

Municípios

Dos
municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, os melhores desempenhos, em
termos absolutos, no primeiro semestre de 2008, foram constatados em Goiânia,
com 14.234 novas vagas, Aparecida de Goiânia, com 4.763, Goianésia, com 3.454
e Anápolis, com 2.447 novos postos de trabalho.
Dentre os municípios de menor população, os destaques no primeiro
semestre ficaram por conta de Itapaci, com 2.778 novas ocupações, Turvelândia,
com 2.628, Anicuns, com 2.572, e Maurilândia, com 2.296 novos postos de
trabalho.

O
bom desempenho do emprego em municípios goianos não metropolitanos deve-se às
atividades agroindustriais, mais especificamente, à cadeia sucroalcooleira, que
nos dois últimos anos em particular apresentou dinamismo superior aos outros.
Nesse sentido, o interior do estado tem sido bastante beneficiado pela
sazonalidade positiva desta atividade.

Equipe
de Conjuntura da Seplan:

Dinamar
Ferreira Marques

Marcos
Fernando Arriel

Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

Governo na palma da mão

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