Em novembro, o setor de serviços goiano cresceu 10,3%


Segundo informou o IBGE, em sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), no Brasil, a receita bruta do setor de serviços cresceu 8,6% no mês de novembro comparado com novembro de 2012. A receita bruta do setor acumulou altas de 8,5% no ano e de 8,5% em 12 meses.

Para Goiás a pesquisa apontou crescimento nominal em novembro de 2013 de 10,3%, na comparação com igual mês do ano anterior, variação inferior à taxa observada em outubro (11,0%), porém superior aos resultados para o Brasil. O indicador acumulado nos últimos onze meses com igual valor do mês anterior, 10,2%, e também superou média do país, que fechou em 8,5% (Tabela 1).

 

Tabela 1 – Estado de Goiás: Receita nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado no ano

Variação Mensal

Acumulado no ano

set/13

out/13

nov/13

set/13

out/13

nov/13

Total

9.7

8.8

8.6

8.5

11.9

11.0

10.3

10.2

Serviços prestados às famílias

9.5

12.6

10.5

10.3

10.2

17.6

12.5

15.4

Serviços de informação e comunicação

8.0

7.9

7.0

6.9

16.7

12.0

8.6

9.1

Serviços profissionais, administrativos e complementares

9.6

7.3

7.8

8.1

-5.4

0.1

8.4

6.8

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

12.2

9.9

10.2

10.7

12.5

7.7

10.4

9.5

Outros serviços

7.2

9.7

9.9

5.9

36.4

54.8

28.5

24.8

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviços.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2014

 

Desde o mês de junho, Goiás vem apresentando taxas crescentes no setor de serviços. Para o Brasil as maiores variações ocorreram nos meses de janeiro, abril e julho, conforme Gráfico 1.

 

Resultados Regionais

No recorte regional no mês de novembro a maioria das Unidades da Federação apresentaram variação nominal positiva em relação ao mesmo período de 2012, exceto Tocantins que teve variação negativa (-1,7%), com destaque para o Distrito Federal (19,7%), Santa Catarina (14,5%) e Paraíba (13,9%). Por outro lado, os estados de Sergipe (1,1%), Acre (1,4%) e Amapá (1,4%) registraram as menores variações positivas para o indicador da atividade de serviços. (Gráfico 2).

 

 

Com relação ao ranking das Unidades de Federação, o estado de Goiás caiu uma posição, passando de 6º colocado para 7º colocado na passagem de outubro para novembro. O que se observa em Goiás é a ocorrência de quedas nos índices de variação nos segmentos de serviços prestados às famílias e no de serviços de informação e comunicação, em relação à variação do mês anterior. Por outro lado, apresentou consideráveis altas nos índices de variação para os serviços profissionais, administrativos e complementares e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio.

Para o segmento de Serviços prestados às famílias¹, entre as Unidades da Federação selecionadas, Goiás teve a quarta maior taxa de crescimento, com 12,5%, superior à média brasileira, que foi de 10,5%.  O estado do Espírito Santo liderou nesse segmento (17,0%), também apresentaram taxas elevadas, São Paulo (15,1%) e Ceará (13,7%). Porém, as menores taxas foram registradas na Bahia (0,0%), Distrito Federal (0,2%) e Santa Catarina (4,1%). Nesse segmento, a média para o conjunto do país foi de 10,5%, Gráfico 3.

 

 

 

 

No segmento de Serviços de Informação e Comunicação, Goiás obteve variação positiva, acima da média nacional (8,6%). Os maiores destaques ficaram para os estados do Distrito Federal (17,7%), Santa Catarina (15,5%) e Rio de Janeiro (10,0%). As menores taxas foram observadas nos estados da Bahia (-4,2%), Minas Gerais (-0,7) e Espírito Santo (0,3%), Gráfico 4. 

 

Com referência ao segmento de Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares, os destaques ficaram para os estados do Distrito Federal (23,3%), Ceará (19,6%) e Bahia (14,8%). Somente os estados do Rio Grande do Sul (-5,7%) e Pernambuco (-2,0%) apresentaram variações negativas (Gráfico 5). As menores variações positivas foram observadas nos estados de Minas Gerais (1,8%) e Espírito Santo (2,7%), Gráfico 5.

 

 

No segmento de Transportes, Serviços Auxiliares dos Transportes, todas as Unidades da Federação tiveram variações positivas. Os Estados que mais se destacaram foram: Santa Catarina (17,9%), Minas Gerais (12,5%) e Pernambuco (12,5%) na comparação com o mesmo mês do ano anterior. As menores variações foram registradas no Paraná (4,6%), Espírito Santo (6,9%) e Bahia (8,0%), Gráfico 6. 



 

No segmento Outros Serviços², os estados com os maiores crescimentos foram observados em Distrito Federal (60,8%), Bahia (42,6%) e Goiás (28,5%). As menores taxas foram registradas nos estados do Rio de Janeiro (-5,2%), Paraná (6,4%) e Espírito Santo (7,0%), (Gráfico 7).

A pesquisa mensal de serviços em novembro mostrou que Goiás cresceu 10,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, taxa superou à média nacional (8,6%). No acumulado de janeiro a novembro de 2013, o indicador foi favorável ao estado de Goiás, com taxas positiva em todos os meses do ano, e superior aos resultados nacionais. Goiás tem grande destaque no segmento de Outros Serviços. O segmento, que abrange serviços de atividades imobiliárias, intermediação, gestão e administração de imóveis, serviços auxiliares financeiros, dentre outros, sofreu influência do crédito imobiliário que vem apresentando constantes elevações no volume de financiamento, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Vale ressaltar que em todos os outros segmentos Goiás tem variações positivas e acima da média nacional.

 
 

 

O setor de serviços tem sido favorecido pela conjuntura econômica goiana, devido ao crescimento da indústria; aumento das vendas do comércio varejista; superávit na balança comercial e expansão do mercado de trabalho.

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Luciano Ferreira da Silva

Luiz Batista Alves

Millades de Carvalho Castro



1 –  Inclui os seguintes serviços: atividades artísticas, criativas e de espetáculos; atividades esportivas, de recreação e lazer, exceto clubes, lavanderias, tinturarias e toalheiros; cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza; atividades funerárias e serviços relacionados, outros serviços pessoais como clínicas de estética, serviços de alojamento, higiene e adestramento de animais domésticos, serviços de engraxates e carregadores de malas, etc. e, atividades de apoio à educação e serviços de educação continuada, como cursos de idiomas, de ensino de esportes, arte e cultura, cursos preparatórios para concursos, etc.

2 – Inclui os seguintes serviços: atividades imobiliárias, intermediação, gestão e administração de imóveis próprios e de terceiros; serviços de manutenção e reparação, serviços auxiliares financeiros, serviços auxiliares da agricultura, serviços de esgoto e serviços de coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais.

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