Comércio varejista goiano recua em fevereiro, 2,5%


 

Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, na comparação com ajuste sazonal, fevereiro15/janeiro15, o comércio varejista nacional apresentou queda no volume de vendas (-0,1%) e alta na receita nominal (0,7%). Para o Estado de Goiás, o resultado do mês de fevereiro/15 apresentou variação de -2,5% no volume e de -1,4% na receita de vendas.

Em âmbito regional, na série com ajuste sazonal, apenas oito Estados tiveram taxas positivas, com destaque para o Sergipe (3,3%), Tocantins (2,5%) e Pará e Rio de Janeiro (1,4%). As principais variações negativas ocorreram nos Estados de Roraima (8,0%), Amapá (6,7%), Goiás (2,5%) e Ceará (2,4%).

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o varejo brasileiro, em fevereiro de 2015, apresentou queda de 3,1% no volume e alta de 3,6% na receita nominal. Na mesma comparação, o comércio varejista goiano, teve queda no volume de vendas e na receita nominal com -10,6% e -4,1%, respectivamente.

Na análise do comércio sem ajuste sazonal vinte unidades da Federação apresentaram variações negativas no volume de vendas, sendo a maior queda ocorrida em Goiás (-10,6%). Os Estados da região Norte lideram as taxas de crescimentos, destaque para Roraima (11,9%), Acre (5,1%), Rondônia (4,6%) e Amapá (1,2%), vide Gráfico 1.

 

 

 

 

O varejo ampliado brasileiro, que contempla além do varejo o segmento de atacado na construção civil e de veículos, motocicletas, partes e peças apresentou queda em fevereiro no volume de vendas (-10,3%), decorrente principalmente dos setores de veículos, motos, partes e peças, que apresentou queda de 23,7%. A redução das vendas no segmento foi decorrente, entre outros fatores, da gradual retirada dos incentivos via redução do IPI; do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias, diante da desaceleração do crescimento real da massa de salários. Vale destacar ainda que, neste ano, o carnaval foi em fevereiro, fazendo com que houvesse menos dias úteis em relação ao ano passado.

 

Varejo Goiano

O comércio varejista goiano em fevereiro de 2015 apresentou queda de 10,6%, em relação ao mesmo mês do ano anterior (série sem ajuste). Dentre as oito atividades do varejo, duas registraram taxas positivas, em relação ao mês anterior. Em sentido contrário seis apresentaram resultados negativos, cujos comportamentos serão descritos a seguir. O comércio varejista ampliado teve recuo de 12,7% em volume e recuo de 6,5% na receita nominal (Tabelas 1 e 2).

 

Tabela 1 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2015                                           (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Dez/14

Jan/15

Fev/15

No Ano

12 Meses

Dez/14

Jan/15

Fev/15

No Ano

12 Meses

Comércio Varejista Geral

0,3

0,5

-3,1

-1,2

0,9

-5,4

-5,2

-10,6

-7,8

-1,2

Combustíveis e lubrificantes

2,0

-0,2

-10,4

-5,2

0,2

2,1

5,5

-1,1

2,2

0,5

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

-0,9

0,2

-1,8

-0,8

0,3

-11,2

-13,7

-15,7

-14,7

-6,4

Hipermercados e supermercados

-0,8

0,3

-1,4

-0,6

0,3

-11,5

-14,0

-16,2

-15,0

-6,7

Tecidos, vestuário e calçados

-3,4

-0,7

-7,3

-3,8

-2,2

-4,7

-2,0

-13,2

-7,3

0,1

Móveis e eletrodomésticos

-3,4

-3,4

-10,4

-6,5

-1,6

-4,3

-2,0

-13,3

-7,0

-0,9

Móveis

-4,9

-11,5

-11,0

-11,2

-2,7

-13,6

-6,5

-17,5

-11,4

-3,5

Eletrodomésticos

-2,8

0,3

-10,1

-4,3

-1,0

-1,1

-0,6

-11,8

-5,6

-0,3

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

8,0

5,0

3,2

4,1

7,5

-4,5

1,6

-1,1

0,3

13,3

Livros, jornais, revistas e papelaria

-9,3

-9,9

-5,3

-7,9

-9,1

-16,0

-13,4

-29,3

-19,7

-8,3

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

7,2

21,0

8,4

14,5

0,3

54,3

30,8

33,5

32,1

10,0

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

7,2

4,5

3,0

3,8

6,5

4,7

6,8

4,3

5,6

16,0

Comércio varejista ampliado geral

-2,2

-4,9

-10,3

-7,5

-3,8

-6,1

-8,8

-12,7

-10,6

-4,4

Veículos, motocicletas, partes e peças

-8,6

-16,3

-23,7

-19,8

-12,8

-7,6

-15,6

-17,7

-16,5

-8,8

Material de construção

1,0

-2,8

-13,0

-7,8

-2,8

-4,7

2,7

-4,6

-0,9

-1,9

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio 

 

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015

 

                       

 

O resultado negativo do varejo goiano em fevereiro/2015 foi puxado pela queda nas vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria que apresentou queda de 29,3%, influenciado também pela alta nos preços. Outro fator que contribuiu para a trajetória declinante desta atividade, no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.

Seguindo o comportamento de contração, o segmento de Hipermercados e Supermercados (-15,7%), que segue em queda por oito meses consecutivos e nos últimos doze meses atingiu 8,3% de queda. Nesse setor a alta de preços, segundo o IPCA Goiânia alcançou 8,95% nos últimos doze meses, enquanto o índice geral atingiu 7,7% e isso explica a queda tão acentuada.

Em sentido contrário, o segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação liderou as vendas, com expansão 33,5% em fevereiro, sobre igual mês do ano passado. Essa alta pode ser explicada pelo comportamento dos preços do principal produto que compõe a atividade. O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou a segunda maior taxa (4,3%).

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2015 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Atividades

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

dez/14

Jan/15

Fev/15

No Ano

12 Meses

dez/14

Jan/15

Fev/15

No Ano

12 Meses

Comércio Varejista Geral

6,0

6,3

3,6

5,0

7,2

0,1

0,8

-4,1

-1,5

4,2

Combustíveis e lubrificantes

5,5

2,5

-0,7

0,9

5,5

7,9

8,9

9,0

8,9

8,3

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

6,7

8,5

6,7

7,6

7,8

-2,0

-3,9

-5,4

-4,6

-0,1

Hipermercados e supermercados

6,6

8,5

7,0

7,7

7,7

-2,5

-4,4

-6,1

-5,2

-0,4

Tecidos, vestuário e calçados

0,0

2,5

-5,0

-1,0

1,9

-1,8

2,0

-9,9

-3,5

4,5

Móveis e eletrodomésticos

0,4

-1,2

-8,1

-4,3

4,1

-3,1

-0,2

-13,6

-6,2

2,5

Móveis

0,2

-6,3

-6,4

-6,4

4,0

-10,8

-3,1

-15,1

-8,6

0,9

Eletrodomésticos

Governo na palma da mão

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