Comércio varejista goiano recua 5,7% em dezembro
Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), o volume e a receita de vendas do comércio goiano restrito (que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção) apresentaram recuo de -5,7% e -4,7%, respectivamente, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais (Tabela 1). Os indicadores, para o Brasil, também se apresentaram negativos, com taxas de -2,0% e -2,1% para volume e receita de vendas, respectivamente.
Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2016 (Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%) |
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Variações Mensais (%) |
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Brasil |
Goiás |
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Out/16 |
Nov/16 |
Dez/16 |
Out/16 |
Nov/16 |
Dez/16 |
|
Volume de Vendas |
-0,4 |
1,0 |
-2,0 |
-0,4 |
4,8 |
-5,7 |
Receita de Vendas |
-0,7 |
0,6 |
-2,1 |
-0,8 |
3,1 |
-4,7 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. |
Em dezembro/2016, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do comércio goiano restrito, descontada a inflação, apresentou queda de 6,5%, sendo mais acentuada do que a registrada em novembro. Com desempenho abaixo do apurado para o varejo brasileiro (-4,9%) (Gráfico 1), o varejo goiano ocupa a 17ª colocação, entre as 27 unidades da Federação.
Varejo Goiano Restrito
Na série sem ajuste dez16/dez15, apenas a atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou resultado positivo de 0,5% no volume de vendas sobre dezembro de 2015. Contudo, a taxa acumulada no ano ficou em -9,3%. A trajetória declinante dessa atividade vem sendo influenciada, em especial no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.
As demais atividades monitoradas pela pesquisa apresentaram recuos e o maior deles ocorreu na venda de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com decréscimo real de 35,4%. Os resultados negativos das vendas no varejo de modo geral refletem a redução da renda real, da taxa de juros ainda muito elevada e o desemprego crescente.
Com a segunda maior contribuição negativa no resultado total do varejo restrito, a atividade de Móveis e eletrodomésticos registrou queda de 13,4%, em relação a dezembro de 2015. O resultado acumulado da atividade, para o ano, foi de -16,4%. Com uma dinâmica de vendas associada à disponibilidade de crédito, os resultados da atividade são influenciados, principalmente, pelo custo da tomada de crédito. Assim, apesar da queda no custo médio da tomada de crédito por pessoas físicas (1,2 p.p.) no mês, o acumulado no ano aumentou 3,6 p.p. de acordo com o Banco Central.
O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, com recuo de 8,3% no volume de vendas sobre dezembro de 2015, foi responsável pela terceira contribuição negativa à taxa global. Em termos de desempenho acumulado, os resultados foram de -9,7% no período janeiro-dezembro de 2016.
O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com queda de 7,9% no volume de vendas em relação a novembro de 2015, representou a quarta maior contribuição negativa no resultado total do varejo restrito. No acumulado anual, a taxa do segmento recuou 8,7%.
O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com -4,5% de variação no volume de vendas na relação dezembro 2016/dezembro 2015. No indicador acumulado no ano, a variação foi de -4,3%. A atividade continua se destacando em termos de desempenho acumulado em relação à média geral, o que deve ser atribuído, especialmente, ao caráter de uso essencial de seus produtos.
Tabela 2 – Brasil e estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2016 (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
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Segmentos |
Variação (%) |
|||||||||
Brasil |
Goiás |
|||||||||
Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
|||||||
Out/16 |
Nov/16 |
Dez/16 |
No Ano |
12 Meses |
Out/16 |
Nov/16 |
Dez/16 |
No Ano |
12 Meses |
|
Comércio Varejista Geral |
-8,1 |
-3,8 |
-4,9 |
-6,2 |
-6,2 |
-10,5 |
-5,4 |
-6,5 |
-9,3 |
-9,3 |
Combustíveis e lubrificantes |
-10,0 |
-7,9 |
-5,5 |
-9,2 |
-9,2 |
-11,8 |
-10,5 |
-7,9 |
-8,7 |
-8,7 |
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
-6,4 |
-1,6 |
-2,9 |
-3,1 |
-3,1 |
-7,5 |
-0,9 |
-2,1 |
-6,1 |
-6,1 |
Hipermercados e supermercados |
-6,4 |
-1,7 |
-3,2 |
-3,1 |
-3,1 |
-8,0 |
-1,6 |
-2,6 |
-6,6 |
-6,6 |
Tecidos, vestuário e calçados |
-12,2 |
-9,8 |
-8,8 |
-10,9 |
-10,9 |
-4,9 |
-6,9 |
-8,3 |
-9,7 |
-9,7 |
Móveis e eletrodomésticos |
-13,5 |
-7,9 |
-8,9 |
-12,6 |
-12,6 |
-20,0 |
-8,8 |
-13,4 |
-16,4 |
-16,4 |
Móveis |
-15,3 |
-8,1 |
-8,0 |
-12,1 |
-12,1 |
-16,2 |
-4,6 |
-16,4 |
-9,9 |
-9,9 |
Eletrodomésticos |
-12,8 |
-7,7 |
-9,2 |
-12,8 |
-12,8 |
-21,1 |
-10,0 |
-12,4 |
-18,5 |
-18,5 |
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos |
-6,1 |
-3,6 |
-5,6 |
-2,1 |
-2,1 |
-8,2 |
-4,7 |
-4,5 |
-4,3 |
-4,3 |
Livros, jornais, revistas e papelaria |
-17,3 |
-11,4 |
-12,5 |
-16,1 |
-16,1 |
-14,6 |
-7,3 |
0,5 |
-9,3 |
-9,3 |
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
-6,6 |
-9,0 |
-1,2 |
-12,3 |
-12,3 |
-45,8 |
-46,3 |
-35,4 |
-40,5 |
-40,5 |
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
-7,6 |
-0,4 |
-4,8 |
-9,5 |
-9,5 |
2,7 |
2,5 |
-4,6 |
-4,6 |
-4,6 |
Comércio varejista ampliado geral |
-10,0 |
-5,3 |
-6,7 |
-8,7 |
-8,7 |
-12,7 |
-3,1 |
-2,6 |
-11,8 |
-11,8 |
Veículos, motocicletas, partes e peças |
-13,7 |
-9,3 |
-13,5 |
-14,0 |
-14,0 |
-16,8 |
0,3 |
3,1 |
-14,4 |
-14,4 |
Material de construção |
-13,5 |
-4,3 |
-1,6 |
-10,7 |
-10,7 |
-11,7 |
-2,0 |
5,1 |
-15,4 |
-15,4 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. |
Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou alta de 0,2% em dezembro/16, ante 2,8% registrada em novembro de 2016. Verifica-se, porém, que o valor da receita real (descontado a inflação) ainda não se recuperou. A inflação IPCA Goiânia, nos últimos 12 meses, até novembro, acumulou alta de 5,25%.
Tabela 3 – Brasil e estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2016 (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
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Segmentos |
Variação (%) |
|||||||||
Brasil |
Goiás |
|||||||||
Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
|||||||
Out/16 |
Nov/16 |
Dez/16 |
No Ano |
12 Meses |
Out/16 |
Nov/16 |
Dez/16 |
No Ano |
12 Meses |
|
Comércio Varejista Geral |
1,9 |
4,6 |
2,0 |
4,5 |
4,5 |
0,2 |
2,8 |
0,2 |
0,9 |
0,9 |
Combustíveis e lubrificantes |
-4,0 |
-5,1 |
-2,9 |
1,2 |
1,2 |
-2,0 |
-3,4 |
-1,3 |
4,0 |
4,0 |
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
5,9 |
8,7 |
5,6 |
9,6 |
9,6 |
5,5 |
8,9 |
5,3 |
5,9 |
5,9 |
Hipermercados e supermercados |
5,8 |
8,8 |
5,4 |
9,6 |
9,6 |