Comércio varejista goiano recua 4,2% em fevereiro
Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), o volume e a receita de vendas do comércio goiano restrito (que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção) apresentaram recuo de -4,2% e -6,3%, respectivamente, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais (Tabela 1). Os indicadores, para o Brasil se apresentou negativo para o volume, -0,2% e positivo para receita de vendas, 0,1%.
Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2017 |
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Variação Mensal (%) |
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Brasil |
Goiás |
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dez/16 |
jan/17 |
fev/17 |
dez/16 |
jan/17 |
fev/17 |
|
Volume de Vendas |
-2,0 |
5,5 |
-0,2 |
-4,4 |
-0,1 |
-4,2 |
|
Receita de Vendas |
-2,2 |
3,6 |
0,1 |
-4,9 |
-0,2 |
-6,3 |
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Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. |
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Em fevereiro/2017, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do comércio goiano restrito, descontada a inflação, apresentou queda de 14,9% entre as unidades da Federação, nessa comparação, o desempenho do apurado para o varejo brasileiro também foi de recuo, -3,2%, ficando acima da média 13 unidades da Federação, sendo seis com taxas positivas e 14 apresentaram desempenho abaixo da média do país, conforme descrito no Gráfico 1.
Varejo Goiano Restrito
A variação no volume de vendas, na comparação fev17/fev16, foi positiva, somente na atividade de Tecidos, vestuário e calçados, com uma taxa de 1,2%, observa-se que houve recuperação nesse segmento, ao registrar recuo por 26 meses consecutivos. Com uma dinâmica de vendas associada ao nível de preços e renda da população, os resultados da atividade são influenciados, principalmente pelo poder de compra do consumidor.
A maior queda foi registrada pelo segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação com uma taxa de -46,8%, acumulando nos últimos doze meses -42,7%. Outro segmento com uma queda acentuada foi Móveis e eletrodomésticos, que apresenta recuo desde dezembro de 2014, afetando com mais intensidade o subsegmento de vendas de móveis. O nível de demanda desses dois segmentos é sensível à variação de preços, nível de renda, taxa de juros e condições e prazos dos financiamentos.
O de Combustíveis e lubrificantes recuou no volume de vendas 21,6% sobre fevereiro de 2016 e tem uma taxa acumulada de -11,7% nos últimos 12 meses. Além da influência da renda, a demanda dessa atividade é influenciada pelo emprego e nível de preços da economia.
Livros, jornais, revistas e papelaria houve um recuo de 17,3% no volume de vendas sobre fevereiro de 2016, e em termos de desempenho acumulado, os resultados foram de -13,1% no período dos últimos doze meses.
O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com a demanda sensível ao nível de preços, de renda e emprego recuou 15,8% em fevereiro, comparado ao mesmo mês do ano passado. No acumulado dos últimos dozes meses atingiu 5,9%, bem abaixo da média do varejo total (9,4%).
O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com -10,0% de variação no volume de vendas na relação fevereiro 2017/fevereiro 2016 apresenta uma das menores taxas no acumulado dos últimos doze meses (-5,5%), abaixo da média (-9,4%), embora seja sensível à renda e emprego e nível de preços, a essencialidade dos produtos explica o comportamento do segmento.
Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
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Segmentos |
Variação (%) |
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Brasil |
Goiás |
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Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
||||||||
No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
||||||||
dez/16 |
jan/17 |
fev/17 |
dez/16 |
jan/17 |
fev/17 |
||||||
Comércio Varejista Geral |
-4,9 |
-1,2 |
-3,2 |
-2,2 |
-5,4 |
-6,5 |
-7,9 |
-14,9 |
-11,3 |
-9,4 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
-5,4 |
-5,9 |
-8,6 |
-7,2 |
-8,9 |
-8,0 |
-26,7 |
-21,6 |
-24,2 |
-11,7 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
-2,9 |
0,3 |
-0,2 |
0,1 |
-2,5 |
-2,1 |
0,2 |
-15,8 |
-7,5 |
-5,9 |
|
Hipermercados e supermercados |
-3,1 |
0,8 |
-0,7 |
0,1 |
-2,5 |
-2,7 |
1,5 |
-16,2 |
-7,0 |
-6,3 |
|
Tecidos, vestuário e calçados |
-8,8 |
-0,8 |
3,6 |
1,2 |
-9,2 |
-8,3 |
-7,6 |
1,2 |
-3,8 |
-8,9 |
|
Móveis e eletrodomésticos |
-8,8 |
3,9 |
-3,4 |
0,5 |
-9,5 |
-13,3 |
-11,6 |
-20,9 |
-16,0 |
-15,5 |
|
Móveis |
-8,1 |
-30,1 |
-21,8 |
-26,5 |
-14,8 |
-16,4 |
-54,1 |
-39,9 |
-49,1 |
-21,9 |
|
Eletrodomésticos |
-9,2 |
1,4 |
-6,2 |
-2,4 |
-9,5 |
-12,4 |
7,7 |
-21,8 |
-8,2 |
-14,6 |
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos |
-5,6 |
-2,1 |
-5,0 |
-3,5 |
-3,0 |
-4,5 |
-4,0 |
-10,0 |
-7,0 |
-5,5 |
|
Livros, jornais, revistas e papelaria |
-12,5 |
-9,6 |
-7,0 |
-8,5 |
-14,8 |
0,4 |
-20,2 |
-17,3 |
-19,2 |
-13,1 |
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
-1,2 |
-6,7 |
-11,9 |
-9,4 |
-10,3 |
-35,5 |
-46,5 |
-46,8 |
-46,7 |
-42,7 |
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
-4,8 |
-3,1 |
-7,7 |
-5,3 |
-8,3 |
-4,6 |
-13,9 |
-7,9 |
-11,3 |
-5,3 |
|
Comércio varejista ampliado geral |
-6,8 |
0,0 |
-4,2 |
-2,0 |
-7,4 |
-2,6 |
-11,1 |
-9,1 |
-10,1 |
-10,7 |
|
Veículos, motocicletas, partes e peças |
-13,4 |
-3,6 |
-13,6 |
-8,5 |
-13,1 |
3,0 |
-29,1 |
-0,3 |
-14,8 |
-12,8 |
|
Material de construção |
-1,7 |
4,7 |
-1,9 |
1,4 |
-8,2 |
5,0 |
1,5 |
-7,2 |
-2,7 |
-12,1 |
|
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017 |
Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou queda de 11,7% em fevereiro de 2017, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado dos últimos doze meses a taxa do estado ficou estável. Para o Brasil, a comparação fev17/ fev16 foi positiva em 0,4% e em doze meses 4,2%, conforme Tabela 3.
Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
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Segmentos |
Variação (%) |
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Brasil |
Goiás |
||||||||||
Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
||||||||
No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
||||||||
dez/16 |
jan/17 |
fev/17 |
dez/16 |
jan/17 |
fev/17 |
||||||
Comércio Varejista Geral |
2,0 |
3,8 |
0,4 |
2,1 |
4,2 |
0,2 |
-1,9 |
-11,7 |
-6,6 |
0,0 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
-2,9 |
-3,8 |
-8,1 |
-5,9 |
-1,0 |
-1,2 |
-21,3 |
-23,5 |
-22,4 |
-1,3 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
5,6 |
6,5 |
4,2 |
5,4 |
8,9 |
5,3 |
5,1 |
-13,1 |
-3,7 |
4,7 |
|
Hipermercados e supermercados |
5,5 |
7,6 |
4,3 |
6,0 |
9,1 |
5,0 |
6,9 |
-13,1 |
-2,7 |
4,4 |
|
Tecidos, vestuário e calçados |
-5,7 |
2,6 |
6,7 |
4,5 |
-4,7 |
-3,2 |
-3,1 |
6,6 |
1,1 |
-3,7 |
|
Móveis e eletrodomésticos |
-5,8 |
5,7 |
-1,8 |
2,1 |