Comércio varejista goiano recua 1,5% em agosto


 

Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), o volume de vendas do comércio goiano restrito (que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção) apresentou recuo de 1,5% (descontada a inflação), na comparação com mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. O resultado goiano interrompeu dois meses de vendas positivas, conforme descrito na Tabela 1. A receita nominal também recuou 0,3%, enquanto que o mesmo indicador para o Brasil apresentou taxa positiva, 0,5%.

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2016 (Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%)

 

Variações Mensais (%)

Brasil

Goiás

 

Jun/16

Jul/16

Ago/16

Jun/16

Jul/16

Ago/16

Volume de Vendas

0,2

-0,6

-0,6

0,3

0,1

-1,5

Receita de Vendas

1,2

0,5

0,5

1,7

0,7

-0,3

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

 

Em agosto/2016, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do comércio goiano restrito, apresentou recuo de 10,3% (descontada a inflação). Diante deste resultado, o varejo goiano atinge a 8ª pior taxa entre as 27 unidades da Federação, desempenho abaixo do apurado para o varejo brasileiro, -5,5%. Esse resultado reflete a continuidade da deterioração dos principais indicadores econômicos, (Gráfico 1).

 

Gráfico 1 – Variação no volume de vendas do comércio varejista por UF (agosto 2016/ agosto 2015) (%)

Varejo Goiano Restrito

 

Na série sem ajuste sazonal, todas as atividades do varejo restrito goiano, monitoradas pela pesquisa, tiveram resultados negativos em volume em agosto/16. Os maiores recuos ocorreram nas vendas de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com decréscimo real de 43,8%, devido à formação de grandes estoques, pois entre março e julho/2016 houve crescimento na produção desses produtos, além da valorização do dólar frente ao real e redução no volume de crédito contribuíram para a queda nas vendas do segmento.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos registrou queda de 13,6%, impulsionado, em boa parte, pelo comportamento negativo decorrente de fatores como: restrições à crédito, principalmente em função da manutenção da taxa de juros de crédito direcionado às pessoas físicas, em patamar elevado, além do encolhimento da renda das famílias.

Com menor impacto, Outros artigos de uso pessoal e domésticos apresentou queda de 6,2%. Esse segmento contempla um mix diversificado de produtos, muito deles são de reposição doméstica, consumo que permite ser postergado.

E impactado pela redução do poder de compra das famílias e pela baixa confiança dos consumidores, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo acentuou o recuo, com -8,0% de queda.

 

Tabela 2 – Brasil e estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2016 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Jun/16

Jul/16

Ago/16

No

Ano

12

Meses

Jun/16

Jul/16

Ago/16

No

Ano

12

Meses

Comércio Varejista Geral

-4,8

-5,6

-5,5

-6,6

-6,7

-10,3

-9,8

-10,3

-10,3

-10,9

Combustíveis e lubrificantes

-9,0

-10,0

-10,0

-9,9

-10,1

-9,9

-8,0

-13,7

-8,1

-7,9

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

-1,7

-1,0

-2,2

-3,0

-3,0

-5,8

-7,0

-8,0

-7,5

-8,3

Hipermercados e supermercados

-2,6

-0,7

-1,7

-2,9

-3,0

-6,2

-7,6

-9,0

-7,8

-8,6

Tecidos, vestuário e calçados

-3,9

-14,1

-10,4

-11,4

-11,5

-12,7

-6,9

-7,1

-11,9

-10,9

Móveis e eletrodomésticos

-10,7

-10,7

-9,3

-13,6

-15,0

-17,5

-17,8

-13,6

-17,4

-20,0

Móveis

-12,4

-12,8

-14,6

-12,8

-16,2

-19,4

-24,5

-14,2

-7,9

-14,6

Eletrodomésticos

-9,9

-9,8

-6,9

-14,0

-14,4

-17,1

-15,3

-13,4

-20,5

-21,8

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

-2,1

-3,3

-3,8

-0,7

-0,2

-5,4

-7,4

-6,7

-3,5

-2,8

Livros, jornais, revistas e papelaria

-18,3

-17,0

-15,1

-16,8

-16,0

-13,8

-13,5

-16,1

-10,7

-10,8

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-18,3

-13,5

-9,0

-15,1

-14,8

-46,4

-43,5

-43,8

-38,8

-30,4

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

-8,4

-11,5

-10,8

-12,0

-10,2

-7,8

-3,8

-6,2

-7,0

-4,4

Comércio varejista ampliado geral

-8,1

-10,7

-7,7

-9,3

-10,2

-11,1

-15,1

-12,3

-14,2

-16,5

Veículos, motocicletas, partes e peças

-15,2

-21,3

-13,1

-14,7

-17,7

-10,8

-22,7

-14,7

-17,7

-23,7

Material de construção

-9,6

-12,6

-7,0

-12,2

-12,7

-15,6

-15,1

-13,5

-19,4

-18,0

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

 

                       

 

Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou alta, 1,5% em agosto/16, dando sinal de recuperação, sequencia de três taxas positivas. Mesmo dando sinal de recuperação, o cenário ainda é preocupante, pois o valor da receita real ainda não coseguiu recompor as perdas da inflação, em agosto, o IPCA Goiânia em 12 meses atingiu 9,3%.

 

Tabela 3 – Brasil e estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2016 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Jun/16

Jul/16

Ago/16

No

Ano

12

Meses

Jun/16

Jul/16

Ago/16

No

Ano

12

Meses

Comércio Varejista Geral

6,7

6,3

6,6

5,1

4,1

1,3

2,1

1,5

0,5

-0,9

Combustíveis e lubrificantes

2,1

0,9

-0,4

3,2

4,0

7,6

6,5

-3,3

6,6

6,7

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

11,6

13,1

12,7

10,6

9,6

6,9

7,4

6,6

5,0

3,6

Hipermercados e supermercados

10,5

13,7

13,3

10,6

9,5

6,5

6,7

5,4

4,4

3,1

Tecidos, vestuário e calçados

1,8

-9,0

-5,4

-6,1

-6,8

-7,8

Governo na palma da mão

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