Comércio varejista goiano recua 13,4% em maio


 

O comércio varejista restrito goiano (que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção) apresentou nova queda no seu volume de vendas em maio deste ano, sendo a maior desde outubro de 2015, já computa 18 meses consecutivos de queda. Os dados são da pesquisa mensal do comércio (PMC/IBGE) analisados pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos socioeconômicos (IMB).

Segundo a Pesquisa, o mês de maio apontou queda de 13,4% em comparação às vendas do comércio varejista de maio do ano passado, com esse resultado, observa-se piora no indicador. Goiás apresentou a 11ª pior taxa entre as 27 unidades da Federação, sua queda foi superior à apurada nacionalmente, -9,0% (Gráfico 1).

 

 

Em volume, na comparação com ajuste sazonal, ou seja, na passagem de abril/2016 para maio/2016, o resultado para as vendas do comércio goiano (-2,8%,) ficou abaixo da média do nacional, retrocedendo em relação ao registrado no mês anterior, que apresentou alta de 0,1%. Em termos de receita nominal, tanto Goiás como o Brasil apresentou recuo, -0,1% e -1,9%, respectivamente (Tabela 1).

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2016
(Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%)

 

Maio/2016

Brasil

Goiás

Volume de Vendas

-1,0

-2,8

Receita dze Vendas

-0,1

-1,9

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

 

Varejo Goiano Restrito

 

O resultado negativo do varejo restrito goiano em volume em maio/16 refletiu recuos em todos os segmentos, sendo as maiores quedas nas vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria, com recuo de 35,0% e Tecidos, vestuários e calçados, com queda de 23,3%. Outras contribuições negativas com menor impacto aconteceram nos segmentos de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-6,8%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-7,6%), refletindo a queda no poder de compra da população, devido à redução da renda real pressionada pela inflação no grupo da alimentação e de medicamentos, pelo recente reajuste dos preços de medicamentos, medidos pelo IPCA (Tabela 2).

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2016 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Mar/16

Abr/16

Maio/16

No

Ano

12

Meses

Mar/16

Abr/16

Maio/16

No

Ano

12

Meses

Comércio Varejista Geral

-5,7

-6,9

-9,0

-7,3

-6,5

-8,5

-8,7

-13,4

-10,4

-10,6

Combustíveis e lubrificantes

-10,1

-10,6

-10,9

-10,0

-8,7

-8,7

-4,6

-9,2

-6,5

-5,3

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

-1,2

-4,6

-5,6

-3,7

-3,4

-4,6

-9,7

-7,6

-7,7

-9,1

Hipermercados e supermercados

-1,0

-4,4

-5,3

-3,6

-3,4

-4,7

-9,5

-8,4

-7,9

-9,2

Tecidos, vestuário e calçados

-15,3

-9,9

-13,5

-12,7

-11,4

-16,6

-3,7

-23,3

-13,7

-11,1

Móveis e eletrodomésticos

-13,8

-10,1

-14,6

-15,3

-15,9

-14,5

-10,9

-21,7

-18,0

-20,4

Móveis

-16,7

-14,1

-12,6

-12,6

-16,4

-12,4

-6,4

-17,8

-1,4

-14,8

Eletrodomésticos

-12,6

-8,2

-15,6

-16,5

-15,7

-15,2

-12,4

-22,9

-23,1

-22,1

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

2,1

-1,3

-2,6

0,7

1,3

0,9

-3,2

-6,8

-1,6

-1,0

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-16,2

-18,7

-24,2

-16,8

-14,7

-11,5

-19,0

-17,4

-8,7

-9,7

Livros, jornais, revistas e papelaria

-8,6

-14,4

-14,4

-15,8

-12,1

-46,0

-29,0

-35,0

-35,9

-21,2

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

-11,9

-11,1

-15,5

-13,1

-8,0

-0,9

-10,0

-14,7

-7,8

-2,8

Comércio varejista ampliado geral

-7,9

-9,2

-10,2

-9,5

-9,7

-13,6

-12,1

-15,4

-15,0

-16,3

Veículos, motocicletas, partes e peças

-11,1

-13,7

-13,3

-13,5

-16,5

-17,9

-14,5

-16,1

-18,9

-24,2

Material de construção

-14,7

-13,0

-10,6

-13,6

-11,6

-20,6

-19,0

-22,4

-22,2

-15,0

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

 

                       

 

A Tabela 3 mostra que em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano vem apresentando queda, -3,3% em maio/16, acumulando queda de 1,9% em doze meses. Ressalta-se que esse resultado se torna preocupante, pois em um ambiente econômico com inflação alta, esse resultado negativo contribui mais ainda para a queda no valor da receita real.

                                                                        

Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2016 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Mar/16

Abr/16

Maio/16

No

Ano

12

Meses

Mar/16

Abr/16

Maio/16

No

Ano

12

Meses

Comércio Varejista Geral

6,1

4,9

2,2

4,2

3,2

2,4

2,0

-3,3

-0,1

-1,9

Combustíveis e lubrificantes

3,4

3,3

0,8

4,6

5,4

6,1

12,3

6,6

8,5

7,6

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

12,7

8,9

7,1

9,5

8,0

7,8

1,7

3,1

3,9

2,1

Hipermercados e supermercados

12,8

9,0

7,4

9,5

7,8

7,5

1,6

2,0

3,4

1,7

Tecidos, vestuário e calçados

-9,8

-4,6

-8,0

-7,3

-7,0

-12,2

2,4

-18,8

-9,3

-7,5

Móveis e eletrodomésticos

-8,4

-4,8

-8,7

-10,0

-12,5

-8,0

-3,6

-16,1

-12,0

-16,8

Móveis

-13,2

-11,2

-10,2

-8,9

Governo na palma da mão

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