Comércio varejista goiano recua 11,6% em janeiro
Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), o volume e a receita de vendas do comércio goiano restrito (que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção) apresentaram recuo de -11,6% e -11,7%, respectivamente, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais (Tabela 1). Os indicadores, para o Brasil, também se apresentaram negativos, com taxas de -0,7% e -0,8% para volume e receita de vendas, respectivamente.
Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2017 (Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%) |
||||||
|
Variações Mensais (%) |
|||||
Brasil |
Goiás |
|||||
Nov/16 |
Dez/16 |
Jan/17 |
Nov/16 |
Dez/16 |
Jan/17 |
|
Volume de Vendas |
0,9 |
-1,9 |
-0,7 |
4,8 |
-5,9 |
-11,6 |
Receita de Vendas |
0,7 |
-2,0 |
-0,8 |
3,0 |
-4,6 |
-11,7 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. |
Em janeiro/2017, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do comércio goiano restrito, descontada a inflação, apresentou queda de 18,8%, sendo a maior queda registrada pela série e com desempenho abaixo do apurado para o varejo brasileiro (-7,1%) (Gráfico 1), ficando a frente, somente, do Distrito Federal (-21,0%).
Varejo Goiano Restrito
A variação no volume de vendas, na comparação jan17/jan16, foi positiva somente na atividade eletrodomésticos com uma taxa de 7,0%, contudo, quando se analisa o segmento de Móveis e Eletrodomésticos há um recuo de 12,8% no período em análise, puxado pelo subsegmento de móveis (-55,5%). Com uma dinâmica de vendas associada à disponibilidade de crédito, os resultados da atividade são influenciados, principalmente, pelo custo do crédito.
A maior queda foi registrada pelo segmento de Combustíveis e lubrificantes com uma taxa de -51,3%, acumulando nos últimos doze meses -12,2%. Outro segmento com uma queda acentuada e contínua é o de venda de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação com uma taxa de 48,0%, influenciada pela retirada de subsídios para computadores e o aumento do dólar, gerando aumento de preços e diminuição nas vendas.
O segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria recuou no volume de vendas 22,1% sobre janeiro de 2016 e tem uma taxa acumulada de -11,9% nos últimos 12 meses. Além da influência da renda, esta atividade é influenciada pela substituição de produtos impressos, jornais e revistas, pelos de meio eletrônico.
O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com -20,0% de variação no volume de vendas na relação janeiro 2017/janeiro 2016. Apesar de ter apresentado uma das maiores taxas negativas no período em análise, no acumulado dos últimos doze meses a atividade continua se destacando em termos de desempenho acumulado em relação à média geral, o que deve ser atribuído, especialmente, ao caráter de uso essencial de seus produtos.
No segmento de Tecidos, vestuário e calçados, houve um recuo de 9,2% no volume de vendas sobre janeiro de 2016, e em termos de desempenho acumulado, os resultados foram de -9,7% no período dos últimos doze meses.
Em termos de desempenho o comércio tem sentido os efeitos, de modo geral, da redução da renda real, da taxa de juros ainda muito elevada e o desemprego crescente.
Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
|||||||||||
Segmentos |
Variação (%) |
||||||||||
Brasil |
Goiás |
||||||||||
Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
||||||||
No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
||||||||
nov/16 |
dez/16 |
jan/17 |
nov/16 |
dez/16 |
jan/17 |
||||||
Comércio Varejista Geral |
-3,8 |
-4,9 |
-7,1 |
-7,1 |
-5,9 |
-5,3 |
-6,5 |
-18,8 |
-18,8 |
-9,7 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
-7,8 |
-5,4 |
-9,0 |
-9,0 |
-8,8 |
-10,5 |
-8,0 |
-51,3 |
-51,3 |
-12,2 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
-1,7 |
-2,9 |
-7,0 |
-7,0 |
-3,2 |
-0,8 |
-2,1 |
-6,3 |
-6,3 |
-5,8 |
|
Hipermercados e supermercados |
-1,7 |
-3,1 |
-5,7 |
-5,7 |
-3,1 |
-1,7 |
-2,7 |
-5,5 |
-5,5 |
-6,2 |
|
Tecidos, vestuário e calçados |
-9,8 |
-8,8 |
-6,3 |
-6,3 |
-10,4 |
-6,9 |
-8,3 |
-9,2 |
-9,2 |
-9,7 |
|
Móveis e eletrodomésticos |
-7,9 |
-8,8 |
-3,6 |
-3,6 |
-10,6 |
-8,7 |
-13,3 |
-12,8 |
-12,8 |
-14,7 |
|
Móveis |
-8,2 |
-8,1 |
-41,3 |
-41,3 |
-15,4 |
-4,5 |
-16,4 |
-55,5 |
-55,5 |
-19,6 |
|
Eletrodomésticos |
-7,8 |
-9,2 |
5,6 |
5,6 |
-9,3 |
-10,0 |
-12,4 |
7,0 |
7,0 |
-13,8 |
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos |
-3,6 |
-5,6 |
-6,0 |
-6,0 |
-2,5 |
-4,7 |
-4,5 |
-20,0 |
-20,0 |
-5,5 |
|
Livros, jornais, revistas e papelaria |
-11,5 |
-12,5 |
-17,0 |
-17,0 |
-16,7 |
-7,3 |
0,4 |
-22,1 |
-22,1 |
-11,9 |
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
-8,9 |
-1,2 |
-5,9 |
-5,9 |
-10,7 |
-46,3 |
-35,5 |
-48,0 |
-48,0 |
-41,8 |
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
-0,4 |
-4,8 |
-5,8 |
-5,8 |
-8,8 |
2,5 |
-4,6 |
-15,2 |
-15,2 |
-5,4 |
|
Comércio varejista ampliado geral |
-5,2 |
-6,8 |
-4,8 |
-4,8 |
-7,9 |
-3,1 |
-2,6 |
-20,4 |
-20,4 |
-11,5 |
|
Veículos, motocicletas, partes e peças |
-9,3 |
-13,4 |
-4,6 |
-4,6 |
-12,7 |
0,3 |
3,0 |
-30,6 |
-30,6 |
-13,8 |
|
Material de construção |
-4,2 |
-1,7 |
-0,2 |
-0,2 |
-9,2 |
-2,0 |
5,0 |
-26,3 |
-26,3 |
-15,2 |
|
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio |
|||||||||||
Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017 |
Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou queda de 13,5% em janeiro de 2017, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado dos últimos doze meses a taxa do estado é de 0,2%. Para o Brasil, a comparação jan17/ jan16 foi negativa em 2,2%, conforme Tabela 3.
Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
|||||||||||
Segmentos |
Variação (%) |
||||||||||
Brasil |
Goiás |
||||||||||
Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
||||||||
No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
||||||||
nov/16 |
dez/16 |
jan/17 |
nov/16 |
dez/16 |
jan/17 |
||||||
Comércio Varejista Geral |
4,6 |
2,0 |
-2,2 |
-2,2 |
4,2 |
2,8 |
0,2 |
-13,5 |
-13,5 |
0,2 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
-5,1 |
-2,9 |
-6,9 |
-6,9 |
0,1 |
-3,5 |
-1,2 |
-47,8 |
-47,8 |
-0,7 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
8,7 |
5,6 |
-1,2 |
-1,2 |
8,9 |
8,9 |
5,3 |
-1,7 |
-1,7 |
5,5 |
|
Hipermercados e supermercados |
8,8 |
5,5 |
0,5 |
0,5 |
9,1 |
8,2 |
5,0 |
-0,4 |
-0,4 |
5,1 |
|
Tecidos, vestuário e calçados |
-6,2 |
-5,7 |
-3,1 |
-3,1 |
-5,8 |
-1,7 |
-3,2 |
-4,7 |
-4,7 |
-4,6 |
|
Móveis e eletrodomésticos |
-3,3 |