Comércio varejista goiano cresce acima da média nacional em 2011



Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio goiano obteve crescimento de 6,4% no volume de vendas em dezembro de 2011, fechando o ano com acumulado de 7,4%, superior a média nacional que foi de 6,7%. Em receita de vendas o comércio obteve ganho de 8,5%, em relação a dezembro de 2010, com crescimento acumulado no ano de 11,5%.
 

Tabela 1 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2011
(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No Ano

No Ano

 

out/11

nov/11

dez/11

out/11

nov/11

dez/11

 

Comércio Varejista Geral

4,2

6,7

6,7

6,7

3,8

5,4

6,4

7,4

 

Combustíveis e lubrificantes

-0,6

1,2

0,4

1,6

-10,1

-7,9

-10,7

-4,2

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

2,3

6,2

4,6

4,0

9,0

9,7

4,5

7,8

 

Hipermercados e supermercados

2,3

6,3

4,6

4,0

9,0

9,7

4,3

8,0

 

Tecidos, vestuário e calçados

-2,2

0,4

0,8

3,6

-3,2

1,3

1,0

7,2

 

Móveis e eletrodomésticos

13,1

12,3

15,3

16,6

3,3

3,9

13,4

8,4

 

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

7,5

8,4

7,0

9,7

5,8

10,4

8,1

15,7

 

Livros, jornais, revistas e papelaria

4,4

5,5

-2,3

5,9

8,6

28,5

-1,2

14,1

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

28,8

24,7

34,8

19,6

1,8

-6,1

14,6

4,3

 

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

0,5

2,6

3,4

4,0

3,3

6,7

5,4

7,2

 

Comércio varejista ampliado geral

1,6

3,2

4,3

6,6

-1,9

1,2

0,5

7,4

 

Veículos, motocicletas, partes e peças

-3,8

-2,7

-0,7

6,1

-8,3

-3,4

-7,0

7,2

 

Material de construção

6,8

5,8

5,1

9,1

4,9

7,6

5,9

8,7

 

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio
Elaboração: Segplan-GO/Sepin/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2012

 

 

Com relação ao comércio varejista ampliado, composto pelos segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças e materiais para construção, houve um aumento de 0,5% no volume de vendas em dezembro, fechando o ano com um ganho de 7,4%, tendo como base o mesmo mês do ano anterior. A receita nominal de vendas o comércio varejista ampliado apresentou um ganho de 2,2% em dezembro, e no ano de 9,4%.
 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2011
(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Atividades

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No Ano

No Ano

 

out/11

nov/11

dez/11

out/11

nov/11

dez/11

 

Comércio Varejista Geral

8,8

10,8

10,1

11,5

6,4

8,2

8,5

11,5

 

Combustíveis e lubrificantes

7,5

7,9

7,2

9,4

-1,9

-0,6

-3,6

10,0

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

9,4

12,5

10,8

11,5

14,2

14,6

10,3

15,0

 

Hipermercados e supermercados

9,4

12,7

10,8

11,4

14,2

14,6

10,1

15,1

 

Tecidos, vestuário e calçados

6,9

8,8

9,0

11,8

4,5

10,4

8,3

14,2

 

Móveis e eletrodomésticos

8,6

9,1

10,9

13,1

-3,0

-1,6

8,5

2,6

 

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

12,4

13,3

11,9

14,1

8,2

12,8

11,4

18,1

 

Livros, jornais, revistas e papelaria

10,4

11,2

3,0

10,7

12,5

32,3

1,7

16,9

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

10,1

7,8

20,0

3,4

-3,6

-13,0

3,7

-4,2

 

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

6,7

8,4

8,5

10,1

9,5

12,9

11,4

14,2

 

Comércio varejista ampliado geral

4,6

5,7

6,4

9,4

0,1

3,3

2,2

9,4

 

Veículos, motocicletas, partes e peças

-5,0

-4,3

-2,6

4,6

-8,7

-3,4

-7,5

6,2

 

Material de construção

9,9

8,4

7,5

12,9

10,1

12,7

11,1

14,9

 

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio
Elaboração: Segplan-GO/Sepin/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2012

 

 

As vendas no comércio varejista do Estado de Goiás em 2011 foram superiores aos resultados de 2010, sendo considerado um ótimo desempenho tendo em vista o ambiente de incertezas causado pelo cenário de crise internacional. Os dados comprovam que as ações tomadas pelo Banco Central do Brasil, além de neutralizar os grandes efeitos da crise, ainda reforçaram a confiança do consumidor na economia.
 
 
O gráfico 1 mostra a variação mensal do volume de vendas e da receita de vendas, do comércio varejista goiano. Verifica-se um maior acúmulo de receita frente ao volume de vendas mês a mês, sendo que em abril houve maior ganho (15,40%) na receita sobre o mesmo mês do ano anterior. A linha de tendência de média móvel para dois períodos revela uma suavização do comportamento das vendas no comercio. No início do ano as taxas de crescimento foram maiores, após o mês de agosto houve queda seguida de recuperação em novembro e dezembro, justificado pela maior sazonalidade do final do ano.
 
  

O gráfico 2 detalha o comportamento das vendas no comércio varejista ampliado para volume e receita de vendas nos 12 meses de 2011, desse modo verifica-se ganhos robustos no início do ano, chegando a atingir o pico de 20,73% de receita em fevereiro, para em seguida, no mês de março, obter apenas 1,26% sobre março de 2010, recuperando o ritmo no mês seguinte, quando voltou a apresentar ótimo desempenho, e fechando o ano com pequeno rendimento sobre o mesmo período do ano anterior. Em termos de volume de vendas chegou apresentar variação negativa em outubro. A linha de tendência de média móvel demonstra um comportamento decrescente no acréscimo de vendas do comercio varejista ampliado.

Resultados por segmento do comércio varejista
No ano, entre as dez atividades, apenas Combustíveis e lubrificantes obteve variação negativa (-4,2%). Os destaques ficaram por conta de Artigos farmacêuticos médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 15,7% e Livros, jornais, revistas e papelaria, 14,1%. Os resultados dos demais segmentos foram: Material de construção, 8,7%; Móveis e eletrodomésticos, 8,4%; Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 7,8%%; Tecidos, vestuário e calçados, 7,2%; Veículos, motocicletas, partes e peças, 7,2%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico, 7,2%; e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, 4,3%.

O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos apresentou um acréscimo em volume de 15,7%, superior ao observado no ano de 2010. O incremento na receita foi de18,1%. O bom desempenho deste segmento segue o comportamento da indústria química e farmacêutica goiana, que apresentou o melhor desempenho entre os ramos industriais em 2011. O aumento da oferta de medicamentos genéricos, com um preço mais acessível, conjugado com a expansão do poder de compra do consumidor, além da essencialidade do produto, explica o bom desempenho.

O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria apresentou o segundo melhor resultado anual entre as demais atividades, com 14,1% em volume e 16,9% em receita nominal. Esse resultado decorre da diversificação da linha de produtos ofertados, com destaque para a participação crescente das vendas referente a suprimentos de informática.

A atividade de material para construção que compõe o comércio varejista ampliado apresentou acréscimo de 8,7%, em termos de volume e 14,9% em receita nominal. Ao longo do ano o setor recebeu forte apoio do Governo Federal por meio dos programas de moradia e oferta de crédito destinado ao financiamento para obtenção da casa própria.

Em relação à atividade de Móveis e eletrodomésticos registrou variação de 8,4% no volume de vendas, e de 2,6% para receita. A manutenção do crescimento do emprego e nível de renda e a contínua redução dos preços dos produtos, que compõem esse segmento, têm ocasionado expansão da demanda.
Ao longo do ano o comércio varejista em Goiás apresentou resultado bastante satisfatório, encerrou o ano com acréscimo de 7,4% em volume e 11,5% em receita. O aumento da renda real do trabalhador foi fator primordial para a manutenção do fluxo de vendas. Alguns setores apresentaram ganho acima da média, merecendo destaque a atividade de artigos farmacêuticos médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e livros, jornais, revistas e papelaria, resultado do dinamismo da indústria goiana.
 
 
Equipe de Conjuntura da Segplan:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Fernanda Cristina Gomide Pereira
Juliana Dias Lopes
Luciano Ferreira da Silva
Marcos Fernando Arriel
Millades Carvalho de Castro

Sueide Rodrigues S. Peixoto

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo