Comércio varejista goiano cai 2,0 % em Outubro


Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) de outubro, analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), as vendas do comércio varejista goiano, comparadas com o mês imediatamente anterior, tiveram um recuo no volume e na receita do comércio restrito, que exclui os segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças e material de construção, com taxas de -2,0% e -1,0%, respectivamente (Tabela 1). Na mesma métrica, o indicador para o varejo nacional apresentou -0,9% no volume de vendas e 1,3% na receita nominal.

Em outubro/2017, comparado a outubro/2016, o volume de vendas do comércio goiano restrito, descontada a inflação, apresentou queda de 10,5%. Nessa mesma comparação, o desempenho do apurado para o varejo brasileiro foi de 2,5%. Em outubro, 19 unidades da Federação apresentaram taxas positivas no volume de vendas do comércio, conforme descrito no Gráfico 1.

O comércio varejista ampliado goiano, que inclui o varejo restrito bem como as atividades de veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou em outubro/17 decréscimo nas vendas de 4,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nos últimos 12 meses, a retração no volume de negócios em Goiás foi de 7,8%. Na mesma comparação, o varejo brasileiro avançou 7,5% em outubro, entretanto nos últimos 12 meses a taxa é negativa em 1,4%.

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2017

(Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100 – (%)

 

Variação Mensal (%)

 

Brasil

Goiás

 

ago/17

set/17

Out/17

ago/17

set/17

Out/17

Volume de Vendas

-0,5

0,3

-0,9

-0,8

0,7

-2,0

Receita de Vendas

4,8

-0,9

1,3

-0,6

-0,1

-1,0

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

 

 

 

Varejo Goiano Restrito

Em termos de segmentos, a variação no volume de vendas na comparação out17/out16 foi negativa para a maior parte do comércio goiano. A economia não apresenta sinais de recuperação consistentes, sendo novembro de 2014 a última taxa positiva registrada para Goiás.

A maior queda foi registrada pelo segmento de combustíveis e lubrificantes que, com uma taxa em outubro de -27,0%, acumulou nos últimos doze meses -20,5%. Outro segmento com queda acentuada foi livros, jornais, revistas e papelaria, com taxa de -24,3% e acumulado de -12,9% nos últimos dozes meses.

Por outro lado, o segmento de eletrodomésticos destacou-se com resultado positivo de 21,0% em outubro e 3,3% no acumulado de 12 meses. A Tabela 2 permite observar as taxas de variação do volume de vendas para o Brasil e para Goiás durante os meses de agosto, setembro e outubro, assim como o acumulado no ano e nos últimos doze meses.

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista

 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12       Meses

No    Ano

12       Meses

 

ago/17

set/17

out/17

ago/17

set/17

out/17

 

Comércio Varejista Geral

3,6

6,2

2,5

1,4

0,3

-8,3

-7,1

-10,5

-9,1

-8,5

 

Combustíveis e lubrificantes

-2,9

-4,1

-0,9

-3,0

-3,6

-25,6

-24,1

-27,0

-22,9

-20,5

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

1,7

5,7

1,5

0,5

0,0

-14,0

-12,3

-16,3

-12,1

-10,1

 

Hipermercados e supermercados

1,4

6,0

2,2

0,8

0,1

-14,2

-12,5

-16,2

-12,1

-10,2

 

Tecidos, vestuário e calçados

9,3

12,5

4,7

7,5

3,3

-6,3

-5,5

-11,9

-1,6

-3,1

 

Móveis e eletrodomésticos

16,6

16,6

10,0

8,9

5,2

17,0

10,4

17,4

3,3

0,3

 

Móveis

11,4

10,6

8,3

-4,6

-5,3

7,5

3,1

8,3

-14,5

-13,8

 

Eletrodomésticos

18,0

18,4

10,1

9,6

5,6

21,2

13,6

21,0

7,4

3,3

 

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

4,3

7,0

6,3

1,4

0,3

9,0

11,9

6,1

0,8

-0,2

 

Livros, jornais, revistas e papelaria

-4,3

-6,5

-2,6

-3,6

-5,3

-20,1

-27,1

-24,3

-15,7

-12,9

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-2,7

-3,0

5,2

-0,6

-1,4

-2,0

-2,4

-8,0

-24,5

-28,4

 

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

6,3

10,7

2,8

1,9

0,7

-11,3

-6,3

-17,2

-11,5

-9,2

 

Comércio varejista ampliado geral

7,7

9,1

7,5

3,2

1,4

-7,1

-8,4

-4,5

-8,9

-7,8

 

Veículos, motocicletas, partes e peças

14,1

10,7

13,5

1,7

-0,8

-6,5

-15,1

1,6

-13,6

-11,0

 

Material de construção

13,0

15,5

18,5

8,6

6,6

-11,1

-10,2

-4,1

-6,6

-5,3

 

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio                                                                  

 

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017

 

 

 

Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou queda de 11,6% em outubro de 2017. No mesmo período a taxa foi positiva para o Brasil (1,0%). No acumulado dos últimos doze meses a taxa foi de -6,5% para Goiás e 2,1% para o Brasil, conforme aponta a Tabela 3.

 

 

Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista

(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12    Meses

No    Ano

12       Meses

 

ago/17

set/17

Out/17

ago/17

set/17

Out/17

 

Comércio Varejista Geral

1,3

4,4

1,0

1,9

2,1

-10,2

-8,9

-11,6

-8,4

-6,5

 

Combustíveis e lubrificantes

1,7

2,0

4,3

-2,6

-2,9

-22,8

-23,4

-22,3

-23,0

-19,5

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

-2,5

1,7

-2,0

1,0

2,1

-19,1

-16,8

-20,9

-12,9

-9,4

 

Hipermercados e supermercados

-2,6

2,0

-1,2

1,5

2,4

-19,0

-17,0

-20,5

-12,6

-9,2

 

Governo na palma da mão

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