Comércio varejista goiano acumula crescimento de 7,5% de janeiro a novembro de 2011


 
De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o mês de novembro de 2011, o Estado de Goiás obteve um acréscimo de 5,4% em volume de vendas em relação a novembro de 2010; no ano houve um ganho de 7,5%; e no acumulado de 12 meses, 8,0%. Embora o resultado do Brasil em novembro (6,8%) tenha sido superior ao estadual, o acumulado no ano (6,7%) e nos 12 meses (7,0%) permite a comprovação de que Goiás ao longo do ano obteve resultados superiores. Em Goiás, o comércio varejista ampliado composto pelos segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças acrescentou apenas 0,9% em volume de vendas em relação a novembro de 2010.
 

Tabela 1 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2011 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)
Segmentos
Variação (%)
Brasil
Goiás
Variação Mensal
Acumulado
Variação Mensal
Acumulado
No    Ano
12       Meses
No    Ano
12       Meses
set/11
out/11
nov/11
set/11
out/11
nov/11
Comércio Varejista Geral
5,2
4,2
6,8
6,7
7,0
6,3
3,8
5,4
7,5
8,0
Combustíveis e lubrificantes
-1,2
-0,6
1,4
1,7
2,1
-8,5
-10,1
-8,0
-3,6
-2,6
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
3,5
2,3
6,3
4,0
4,2
9,1
9,0
9,8
8,2
7,8
Hipermercados e supermercados
3,6
2,3
6,3
4,0
4,2
9,4
9,0
9,7
8,4
8,0
Tecidos, vestuário e calçados
0,7
-2,2
0,4
4,1
5,0
5,3
-3,2
1,5
8,4
8,5
Móveis e eletrodomésticos
16,0
13,1
12,3
16,8
16,9
7,2
3,3
3,9
7,7
8,8
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
10,9
7,5
8,6
10,0
10,4
13,0
5,8
10,6
16,6
17,7
Livros, jornais, revistas e papelaria
2,7
4,4
5,5
7,0
9,0
16,4
8,6
26,3
16,3
14,5
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
7,6
28,8
28,8
17,6
18,6
-34,4
1,8
-6,4
2,1
4,6
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
-0,1
0,5
2,5
4,1
4,8
0,2
3,3
6,3
7,5
8,2
Comércio varejista ampliado geral
4,7
1,6
3,2
6,9
7,7
6,1
-1,9
0,9
8,2
9,3
Veículos, motocicletas, partes e peças
3,6
-3,8
-2,9
6,9
8,4
5,4
-8,3
-4,1
8,7
10,7
Material de construção
6,5
6,8
6,0
9,5
10,0
9,7
4,9
7,6
8,9
9,4
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio / Elaboração: Segplan – GO / Sepin / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2012
A receita nominal de vendas no comércio varejista do Estado de Goiás em novembro de 2011 superou o desempenho de 2010 em 8,2%; no ano já acumula 11,8% de ganho; e em 12 meses, 12,2%. No Brasil o acréscimo foi de 10,9% em receita de vendas, acumulando no ano 11,7%; e em 12 meses, 12,1%. Em Goiás o comércio varejista ampliado obteve ganho de 3,0% em receita no mês de novembro; e já acumula no ano 10,3%; e em 12 meses, 11,4%.

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2011 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)
Atividades
Variação (%)
Brasil
Goiás
Variação Mensal
Acumulado
Variação Mensal
Acumulado
No    Ano
12    Meses
No    Ano
12    Meses
set/11
out/11
nov/11
set/11
out/11
nov/11
Comércio Varejista Geral
11,0
8,8
10,9
11,7
12,1
11,0
6,4
8,2
11,8
12,2
Combustíveis e lubrificantes
8,5
7,5
8,2
9,6
9,5
6,4
-1,9
-0,6
11,4
11,3
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
12,2
9,4
12,6
11,6
12,0
17,2
14,2
14,6
15,6
15,4
Hipermercados e supermercados
12,2
9,4
12,7
11,5
11,8
17,5
14,2
14,6
15,8
15,6
Tecidos, vestuário e calçados
10,4
6,9
8,7
12,4
13,1
14,5
4,5
10,7
15,4
14,8
Móveis e eletrodomésticos
11,8
8,6
9,1
13,4
13,9
1,0
-3,0
-1,6
1,8
3,3
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
15,2
12,4
13,6
14,4
14,7
15,0
8,2
13,0
18,9
20,0
Livros, jornais, revistas e papelaria
8,2
10,4
11,3
11,8
13,6
20,3
12,5
30,1
19,0
17,2
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
-8,4
10,1
11,3
1,4
2,5
-39,6
-3,6
-13,2
-5,7
-4,3
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
6,6
6,7
8,3
10,4
11,2
8,8
9,5
12,4
14,6
15,4
Comércio varejista ampliado geral
8,0
4,6
5,8
9,8
10,6
8,6
0,1
3,0
10,3
11,4
Veículos, motocicletas, partes e peças
2,1
-5,0
-4,3
5,3
6,9
4,8
-8,7
-4,1
7,7
9,8
Material de construção
9,8
9,9
8,6
13,5
14,1
15,0
10,1
12,7
15,2
15,8
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio / Elaboração: Segplan – GO / Sepin / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2012

 
Resultados Setoriais do Comércio Varejista Goiano
Na análise do índice do volume de vendas em comparação com o mesmo período do ano anterior, oito das dez atividades obtiveram variações positivas, merecendo destaque a atividade de livros, jornais, revistas e papelaria, com ganho de 26,3%; e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, 10,8%. Ocorreram variações negativas em combustíveis e lubrificantes (-8,0%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,4%); e veículos e motos, partes e peças (-4,1%).
Em relação a novembro de 2010, a atividade de móveis e eletrodomésticos registrou variação de 3,9% no volume de vendas, acumulando no ano 7,7%. O segmento apresentou para a receita nominal, variação negativa de -1,6% em relação a novembro do ano anterior. Observa-se uma queda nos preços dos eletrodomésticos evidenciada pela variação negativa da receita frente ao ganho de volume, acompanhada pelo contínuo incremento do rendimento médio real.
O segmento de materiais de construção, que também compõe o comércio varejista ampliado, apresentou na relação entre novembro de 2011 e novembro de 2010 taxa de 7,6%. Para a receita houve acréscimo de 12,7% em novembro. O setor tem sido beneficiado pelo crescimento do emprego e do rendimento, bem como da maior oferta de crédito, segundo o relatório de inflação do Banco Central do Brasil, o saldo da oferta de crédito até novembro cresceu 46,2%.
A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., alcançou variação de 6,3% no volume de vendas em relação a novembro de 2010. Em termos de receita de vendas, a taxa para novembro foi de 12,4%. O desempenho desse segmento se mostra pouco sensível a melhoria da massa de salários registrada em Goiás, devido à essencialidade dos bens, que tornam a sua demanda mais inelástica as variações na renda.
O segmento de combustíveis e lubrificantes comercializou em volume -8,6% comparativamente a novembro de 2010; no acumulado do ano apresenta taxa de -3,6%; e nos últimos 12 meses, -2,6%. Por outro lado, a receita nominal de vendas, apresentou o segundo mês de queda -0,6%, porém no ano até novembro a taxa acumulada era de 11,4% de ganho. Essa segunda queda sucessiva em volume de vendas é conseqüência do período de entressafras do etanol, que torna o produto escasso sobrecarregando o preço.
O aumento real dos rendimentos influencia diretamente nos padrões de consumo, setores do comércio varejista como de livros, jornais, revistas e papelaria vêm apresentando excelentes resultados provenientes dessa melhoria. Outros setores como hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo já apresentaram melhor desempenho devido à maior sazonalidade decorrente da chegada do final de ano.
 
Equipe de Conjuntura da Segplan:
Dinamar Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Fernanda Cristina Gomide Pereira
Juliana Dias Lopes
Luciano Ferreira da Silva
Marcos Fernando Arriel
Millades Carvalho de Castro
 
 
 
 
 
 

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo