Comércio goiano cresce 2,6% em janeiro, mas indica esfriamento


 

 As vendas do comércio varejista goiano expandiram-se 2,6% em janeiro de 2009 em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirmando a tendência do segundo semestre de 2008.
Em janeiro as atividades que contribuíram para o baixo desempenho foram “móveis e eletrodomésticos” (-1,4%) e “equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação” (-33,1%). As demais atividades apresentaram crescimento, mas com um ritmo menor.
Atentando-se para a média móvel de 03 meses das vendas, percebe-se que o crescimento desacelerou a partir do segundo semestre de 2008. Essa variável indica, entre outras influências, a da confiança do consumidor na demanda do comércio depois da anunciada crise mundial. Na média de 12 (doze) meses as vendas também apontam para um esfriamento, embora, ainda, seja significativo o seu desempenho mesmo que influenciado pelo passado de boom nas vendas. No acumulado em doze meses ela também acompanha a tendência de queda puxada pela situação conjuntural.
Com relação à receita nominal de vendas, houve crescimento de 8,3% em janeiro de 2009, sendo que todas as atividades apresentaram crescimento exceto “equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação” (-34,5%). O destaque ficou por conta de artigos de uso pessoal e doméstico (39%) e consumo de combustíveis e lubrificantes (12,9%). Na média móvel de 3 meses a receita de vendas também apresenta decréscimo na série, ou seja, a indicação dos meses passados em que as vendas vinham caindo mas com a receita não caindo na mesma proporção começa a se reverter. Também, mesmo que suave, a tendência de queda aparece na média de doze meses bem como no acumulado em doze meses.
O comércio varejista ampliado, que inclui os segmentos de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, apresentou crescimento de 3,6% para o volume de vendas, bem abaixo da média do ano de 2008. O crescimento para veículos, motocicletas, partes e peças foi de 6,8% recuperando-se dos dois meses anteriores em que o percentual foi negativo – efeito da política de regulação via IPI. Já o setor de materiais de construção apresentou queda de 12,4%. A receita nominal do comércio ampliado cresceu 21%.
 

 

Estado de Goiás e Brasil: Variação do Volume de Vendas no comércio varejista – janeiro de 2009

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

jan*

No ano

jan*

No ano

Comércio varejista geral

6

6

2,6

2,6

Combustíveis e Lubrificantes

3,8

3,8

11,6

11,6

Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo

7

7

2

2

Hipermercados e Supermercados

6,7

6,7

1,9

1,9

Tecidos, vestuários e calçados

-4,7

-4,7

3,8

3,8

Móveis e eletrodomésticos

6,3

6,3

-4,1

-4,1

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

8,9

8,9

7,9

2

Livros, jornais, revistas e papelaria

23,9

23,9

6,5

6,5

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

15,4

15,4

-33,1

-33,1

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

5

5

32,7

32,7

Comércio varejista ampliado geral

2,8

2,8

3,6

3,6

Veículos, motores, partes e peças

-0,3

-0,3

6,8

6,8

Material de construção

-12,5

-12,5

-12,4

-12,4

* Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior

 

 

 

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

 

 

Estado de Goiás e Brasil: Variação da Receita Nominal no comércio varejista – janeiro de 2009

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

jan*

No ano

jan*

No ano

Comércio varejista geral

11,9

11,9

8,3

8,3

Combustíveis e Lubrificantes

4,9

4,9

12,9

12,9

Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo

16,5

16,5

11,7

11,7

Hipermercados e Supermercados

16,1

16,1

11,5

11,5

Tecidos, vestuários e calçados

2,1

2,1

12,3

12,3

Móveis e eletrodomésticos

5,4

5,4

-3,4

-3,4

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

13,8

13,8

11,4

11,4

Livros, jornais, revistas e papelaria

27,1

27,1

10,8

10,8

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

4,9

4,9

-34,5

-34,5

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

13,2

13,2

39,1

39,1

Comércio varejista ampliado geral

6

6

5,3

5,3

Veículos, motores, partes e peças

-3,7

-3,7

3

3

Material de construção

-0,1

-0,1

-0,6

-0,6

* Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

 

 

 

 

 
 
 
 
 
 
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