Nos
primeiros quatro meses do ano o comércio varejista goiano cresceu 10,5% em
comparação com igual período do ano anterior, segundo a Pesquisa Mensal do
Comércio (PMC) do IBGE. No mês de abril o crescimento foi de 14%, também em
relação ao mesmo período do ano anterior. Os destaques do mês foram o setor
“móveis e eletrodomésticos†que cresceu 42%, seguido por “equipamentos e
materiais para escritório, informática e comunicação†(32,5%) e “combustíveis
e lubrificantes†(28%). Considerando informações do comércio ampliado tanto
veículos, motores, partes e peças (40%) quanto material de construção (15%)
apresentam crescimento expressivo. O comércio varejista registrou, além dos
14% nas vendas, crescimento de 16,8% na receita nominal.

Cabe
observação, ainda, quanto ao desempenho negativo no setor “hipermercados
supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo†com decréscimo de 4% em
abril o que influenciou num acumulado também negativo de 1,5%. Mesma situação
quando se considera somente “hipermercados e supermercados†com queda de
1,4%. Essa situação conjuntural reflete o efeito dos preços na hora de ir às
compras.

Atentando-se
para a média móvel de 03 meses, percebe-se um salto conjuntural no crescimento
(gráficos abaixo). Também, na média de 12 (doze) meses e para o acumulado em
doze meses, a variável volume de vendas e receita de vendas apresenta retomada
de crescimento ainda apresenta tendência de crescimento a partir do início do
ano de 2008. Percebe-se, também, que o crescimento conjuntural (móvel de 3
meses) menor do mês de janeiro, recupera-se nos meses seguintes, retomando a média
do segundo semestre de 2007. Esse crescimento nas vendas juntamente com a
receita do comércio confirma a pressão sobre os preços divulgados pelos índices
de inflação.

Para
o comércio varejista ampliado, que considera a venda de veículos, motos,
partes e peças, o crescimento no volume de vendas foi de 25% e na receita
nominal, 28,3%. O desempenho positivo do comércio ampliado continua refletindo
o alongamento dos prazos com prestações mais acessíveis, facilitando o
endividamento, principalmente para o setor veículos, motos, partes e peças e móveis
e eletrodomésticos, destaques quase que contínuos. O crescimento da economia
está fortemente ligado a oferta de crédito que se situa ao redor de 35% do PIB
e com previsão de alguns analistas de chegar a 40% no fim do ano.