Em 2008, Goiás possui 89,76% da população na zona urbana


Segundo
os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) em 2008, o Estado
de Goiás tinha o 12º maior contingente demográfico do país, com uma população
residente de 5,870 milhões de pessoas.

O
processo de urbanização do Estado vem se intensificando com o aumento de
percentual de pessoas com domicílio em zona urbana e diminuição do percentual
da população rural. Em 2007 a
taxa de urbanização de Goiás era de 89,52% e, em 2008, este percentual cresceu
para 89,76%, representando um aumento de 0,24 pontos percentuais.

Um dos motivos do aumento da urbanização
se deve em grande parte ao processo de modernização da agricultura, com a
utilização de máquinas e equipamentos em substituição ao capital humano, que se
deslocou para áreas urbanas em busca de trabalho e estudo.

O percentual de população feminina também
apresentou crescimento. Em 2007 eram
2,911 milhões de mulheres, 50,32% da população, e em 2008, esse percentual
aumentou para 50,54%. Na zona urbana residem 49,18% de homens e 50,82% de
mulheres. Dentre a população rural esta situação se inverte, com 51,94% de
homens e 48,06% de mulheres.

Em 2008,
a população residente de 0 a 19 anos representava 34,04% da população, de 20 a 39 anos são 33,48%, de 40 a 59 anos, 22,51% e a
população acima de 60 anos era de 9,97%. A tendência de envelhecimento da
população pode ser observada com crescimento ao longo dos anos deste percentual
de população acima de 60 anos. Dentre a população feminina este percentual é
ainda maior. São 10,66% de mulheres acima de 60 anos, contra 9,25% de homens.

Segundo a cor ou raça, Goiás possui
maioria de pardos, 52,41%, sendo 3,076 milhões, 41,45% de brancos, 2,433
milhões, 5,60% de pretos, 328,7 mil, e 0,54% de amarelos, índios ou sem
declaração de cor ou raça, 31,8 mil.

Migração

53,30% da população goiana não é natural do
município em que reside

Goiás, assim como os outros Estados do
Centro-Oeste, está entre os principais pólos migratórios do País, segundo a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Em 2008, 28,56% da
população residente não é natural do Estado. Dos residentes não naturais do
Estado, 22,02% vieram de Minas Gerais, 13,62% da Bahia, 10,27% do Distrito
Federal, 9,79% do Maranhão, 6,73% do Tocantins, 6,45% de São Paulo, 30,62% dos
demais Estados da Federação e 0,50% de outros países.

Mais da metade da população goiana,
53,30%, não é natural do município em que vive e este percentual é maior entre
as mulheres, sendo que 54,69% delas não residem no município em que nasceram,
enquanto os homens não naturais do município representam 51,88%. Dos não
naturais do município, 17,38% têm de 0 a 19 anos, 36,62% têm de 20 a 39 anos, 30,15% têm de 40 a 59 anos e 15,85% têm mais
de 60 anos.

Com relação a
  população economicamente ativa, 61,53% não
são naturais do município em que residem, 33,20% não são naturais do Estado,
56,75% das pessoas não – economicamente ativas não são naturais do município em
que residem e 31,20% não são naturais de Goiás.

Instrução
A
taxa de analfabetismo em Goiás é de 10,77%

No Estado de Goiás, em 2008, as pessoas com 5 anos ou
mais alfabetizadas representavam 89,23% da população residente contra um total
de 10,77% de não-alfabetizadas. Na PNAD, um indivíduo é considerado
alfabetizado quando ele é capaz de ler e escrever pelo menos um bilhete simples
no idioma que conhece. A taxa de analfabetismo das pessoas maiores de 5 anos de
idade é maior entre as mulheres. O percentual de analfabetismo dos homens é de
10,76%, ou seja, 289,2 mil pessoas, enquanto as mulheres correspondem 10,79%,
296,9 mil pessoas.

Na população rural, o percentual de pessoas
não-alfabetizadas é maior. Na zona rural, 16,98% das pessoas de 5 anos ou mais
são analfabetas e 83,02% são alfabetizadas. As mulheres possuem uma menor taxa
de analfabetismo no campo, sendo 14,81% delas não-alfabetizadas e 19,00% dos
homens não-alfabetizados.

De acordo com os anos de instrução das pessoas de 10
anos ou mais, Goiás possui 9,86% sem instrução ou com menos de 1 ano, 31,46% da
população com 1 a
5 anos de estudo, 28,47% com 6 a
10 anos de estudo, 23,89% com 11
a 14 anos de estudo e 6,17% com mais de 15 anos de
estudo. As mulheres são maioria nos níveis mais altos de instrução, sendo
26,33% das mulheres com mais de 11 anos de estudo, enquanto que os homens são
21,38% nessa faixa de anos de estudo.

Na população rural, a maior parte das pessoas possui
um menor número de anos de ensino, sendo 16,65% sem instrução ou com menos de 1
ano de estudo, 47,31% de 1 a
5 anos de estudo e 23,93% de 6 a
10 anos de instrução.

Em 2008, havia no Estado 1,672 milhão de estudantes
com 4 anos ou mais de idade, sendo que 1,269 milhão freqüentavam a escola
pública, o que corresponde a 75,90% do total de estudantes, e 402,8 mil
freqüentavam a rede privada de ensino, 24,10%.

Trabalho
Goiás
possui 2,982 milhões de pessoas com 10 anos ou mais, ocupadas na semana de
referência da pesquisa

Em Goiás, a População em Idade Ativa (PIA), ou seja,
a população com 10 anos ou mais, era de 4,929 milhões de pessoas em 2008. Deste
total, 2,426 milhões são homens e 2,502 milhões são mulheres. Na zona urbana
residem 4,424 milhões pessoas e na zona rural residem 504.514
  milhões de pessoas.

A População Economicamente Ativa (PEA), formada pelas
pessoas ocupadas e desocupadas, em 2008 era composta por 3,199 milhões de
pessoas, sendo 1,798 milhão de homens e 1,401 milhão de mulheres. Na zona
urbana são 2,830 milhões de participantes da PEA e 505,5
  mil   na
zona rural.

Com relação ao nível de instrução, 15,74% do total da
PEA possuíam menos de 4 anos de instrução, 26,96% possuíam 4 a 7 anos, 18,72% de 8 a 10 anos, 30,15% de 11 a 14 anos e 8,36%
apresentavam mais de 15 anos de instrução.

As mulheres economicamente ativas possuem um nível de
instrução maior que os homens. Enquanto 64,42% delas possuem mais de 8 anos de
instrução, 51,63% da população economicamente ativa masculina possuem essa
faixa de anos de instrução.

Goiás possuía 2,982 milhões de pessoas com 10 anos ou
mais, ocupadas na semana de referência da pesquisa em 2008, sendo 1,709 milhão
de homens e 1,272 milhão de mulheres, representando 57,32% e 42,68% do total,
respectivamente. Os brancos são 41,14% deste total de pessoas ocupadas, os
pardos são 51,91%, os de cor preta são 6,34% e amarelos e indígenas somam 0,62%
de pessoas ocupadas.

A maior parte das pessoas em idade ativa ocupadas são
não-naturais do município que trabalham. Os naturais são 1,132 milhão de
pessoas, 37,96% do total, e os não-naturais são 1,850 milhão de pessoas,
62,04%.

Em Goiás, os grupamentos de atividade em que há mais
pessoas ocupadas são as atividades de comércio e reparação, com 571,6 mil
pessoas ocupadas, a atividade agrícola, com 438,1 mil pessoas e a indústria com
406,4 mil pessoas.

As pessoas em idade ativa ocupadas são em sua maioria
empregados (58,67%), sendo a maior parte destes com carteira assinada (32%). Os
trabalhadores domésticos representam 8,55% da PIA ocupada, os trabalhadores por
conta própria são 19,94%, os empregadores são 5,75%, os trabalhadores na
produção para o próprio consumo são 3,98% e trabalhadores na construção para o
próprio uso são 0,11%.

Com relação à contribuição para previdência, a maior
parte (50,81%) das pessoas com mais de 10 anos ocupadas não contribuem para o
instituto previd̻ncia (instituto de previd̻ncia federal РINSS ou Plano de
Seguridade Social da União -, estadual ou municipal). Os homens contribuem mais
que as mulheres, sendo que 51,79% deles são contribuintes e apenas 45,70% delas
contribuem para a previdência.

A maior parte das pessoas de 10 anos ou mais de
idade, ocupadas na semana de referência recebem até 2 salários mínimos
(63,71%). As mulheres continuam ganhando menos que os homens com 68,56% delas
ganhando até 2 salários mínimos sendo que, entre os homens, este percentual é
de 60,09%.

Família
As famílias
residentes em domicílios particulares têm rendimento médio de R$ 1.781,00.

Em 2008, havia em Goiás 1,946 milhão de famílias,
sendo 1,736 milhão na zona urbana (89,19%) e 210,4 mil na zona rural (10,81%).
O valor do rendimento médio mensal das famílias residentes em domicílios
particulares é de R$ 1.781,00, na zona urbana é de R$ 1.849,00 e na zona rural
de R$ 1.212,00.

Segundo as classes de rendimento, 12,01% das famílias
recebem até 1 salário mínimo, 23,47% tem um rendimento de 1 a 2 salários mínimos, 18,66%
de 2 a 3 salários mínimos, 20,46% de 3 a 5 salários mínimos, 13,64% de 5 a 10 salários mínimos e 7,89% recebem mais de 10
salários mínimos.

Há 1,946 milhão de famílias residentes em domicílios
particulares, totalizando 5,849 milhões de pessoas residentes, sendo 4,004
milhões de homens e 1,845 milhão de mulheres. As famílias em Goiás têm uma
média de 3,01 pessoas residentes nos domicílios.

As famílias têm em sua maioria homens como pessoa de
referência, ou seja, pessoa responsável pela unidade domiciliar, ou que foi
assim considerada pelos demais membros. São 1,277 milhão de homens
responsáveis, 65,63%, e 669,0 mil mulheres responsáveis, 34,37%.

Com relação aos anos de instrução da pessoa de
referência das famílias, 13,89% delas não tinham ou tinham menos de 1 ano de
instrução, 12,75% tinham de 1 a
3 anos de instrução, 27,90% tinham de 4 a 7 anos de instrução, 14,64 % tinham de 8 a 10 anos de instrução,
23,80% tinham de 11 a
15 anos de instrução e 6,93% tinham mais de 15 anos de instrução.

Segundo a condição de atividade, 1,524 milhão de
pessoas de referência eram economicamente ativas, ou seja, 78,29%, sendo 1,460
milḥo na condi̤̣o de ocupadas e 422,6 mil ṇo Рeconomicamente ativas, 21,71%.

A maior parte das famílias residentes em domicílio
particulares, 69,76%, recebe até 3 salários mínimos, 21,46% tem rendimento
superior a 3 salários mínimos e 7,60% disseram não ter rendimentos.

Domicílio
25,10% dos
domicílios possuem computadores e 69,32% destes acessam a internet

Em Goiás, havia em 2008, 1,859 milhão de domicílios
particulares permanentes, sendo a maioria deles próprios (66,21%), além de
397,9 mil alugados (21,43%), 215,4 mil cedidos (11,60), e 14,1 mil sob outras
condições de ocupação (0,76%). A maior parte desses domicílios está na zona
urbana, 1.651 milhão, enquanto na zona rural existem 208,3 mil domicílios.
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Com relação ao número de moradores em domicílios
particulares permanentes, em 2008 havia 5,840 milhões de pessoas, sendo que
3,886 milhões moravam em domicílios próprios, 1,228 milhão em domicílios
alugados, 678,6 mil em domicílios cedidos e 47,7 mil em outras condições de
ocupação.

A tabela 1 mostra que, em 2008, a maioria dos
domicílios tinha acesso a alguns bens duráveis como: fogão, filtro de água,
rádio, televisão, geladeira, freezer e máquina de lavar roupa.


Tabela 1 – Domicílios particulares permanentes por
alguns bens duráveis existentes no município em Goiás – 2008 (em mil).


Bens

 Tinham

Não tinham


Domicílios


%


Domicílios


%

   Fogão

1 841

99,16

16

0,84

   Filtro de água

1 261

67,92

596

32,08

   Rádio

1 615

86,97

242

13,03

   Televisão

1 774

95,57

82

4,43

  Em cores

1 763

94,94

12

0,63

   Geladeira

1 760

94,81

96

5,19


   Freezer

267

14,39

1 589

85,61

   Máquina de lavar roupa

508

27,34

1 349

72,66

Fonte: IBGE,PNAD.

Os dados do PNAD de 2008 mostram que, 98,29% dos
domicílios (1,825 milhão), possuíam abastecimento de água em sua residência,
sendo a maior parte dos domicílios, 1,488 milhão, com acesso a rede geral
(proveniente de uma rede geral de distribuição) e 336,5 mil domicílios com
abastecimento por meio de poço ou nascente, reservatório abastecido por
carro-pipa, coleta de chuva ou de outra procedência.

Grande parte dos domicílios, 99,03%, tinha acesso a
esgotamento sanitário, mas apenas 35,79% destes possuíam rede coletora
(canalização das águas servidas e dos dejetos que estivesse ligada a um sistema
de coleta que os conduzisse para um desaguadouro geral). A maior parte da
coleta de esgoto ainda é feita por fossa séptica, fossa rudimentar ou outros
tipos de esgotamento.

Em 2008 em Goiás, o lixo proveniente dos domicílios
particulares permanentes era, em sua maioria, coletado diretamente. No Estado,
83,36% dos domicílios tinham coleta direta, feita por serviço ou empresa de
limpeza, pública ou privada, que atendia ao logradouro em que se situava o
domicílio, 6,85% tinham coleta indireta, realizada com o lixo depositado em
caçamba, tanque ou depósito de serviço ou empresa de limpeza, pública ou
privada, que posteriormente o recolhia e 9,79% tinha outro tipo de destinação
para o lixo como queimar ou enterrar na propriedade, jogar em terreno baldio,
logradouro, rio, lago ou mar ou outra forma de destino.

A iluminação elétrica era disponibilizada para 99,58%
da população goiana em 2008.
A iluminação elétrica pesquisada pelo PNAD é proveniente
de uma rede geral ou obtida de outras formas como gerador, conversor de energia
solar, entre outros.

A existência de microcomputador nos domicílios
permanentes também apresentou crescimento de 2005 a 2008. Em 2005, 11,99%
dos domicílios possuíam microcomputador, sendo 64,22% dos microcomputadores com
acesso à internet. Em 2008, o percentual de domicílios com existência de
microcomputadores cresceu para 25,10%, sendo que 69,32% destes possuíam acesso
à internet.

Governo na palma da mão

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