De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMS-IBGE), em março de 2018, o volume do setor de serviços em Goiás obteve o terceiro maior crescimento do país e avançou 2,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Roraima (10,6%) e Amazonas (2,7%) obtiveram os maiores crescimentos na comparação. Em contrapartida, Tocantins (-10,7%) e Pará (-9,8%) apresentaram os maiores recuos. Na análise, apenas cinco estados registraram taxas positivas. O Brasil apresentou um ligeiro recuo, de 0,8%, como é apresentado no Gráfico 1. Desta forma, Goiás acumulou uma taxa de 0,3% de janeiro a março de 2018 e apresentou variação negativa de 1,7% nos últimos 12 meses. O país apresentou taxas de -1,5% e -2,0% respectivamente, como são apresentados os dados na Tabela 1, Gráficos 3 e 4.

Por outro lado, na série com ajuste sazonal, isto é, comparado ao mês imediatamente anterior, o estado goiano apresentou um pequeno recuo de 0,7% no volume de Serviços. Nesta comparação, oito das 27 Unidades da Federação analisadas apresentaram variações negativas, sendo que as piores foram: Sergipe (-3,2%) e Rio Grande do Sul (-2,9%). Na outra ponta, Tocantins (29,9%) e Distrito Federal (4,1%) apresentaram as maiores taxas. Os dados estão apresentados no Gráfico 2.

Em Goiás, apenas dois dos seis segmentos do setor de serviços apresentaram recuos. Foram eles: serviços de informação e comunicação (-4,4%) e outros serviços (-4,2%). O primeiro, pode ser explicado pela queda nas receitas de telecomunicações. Já o segundo foi impulsionado, sobretudo pela crise no setor imobiliário, que afeta a compra, vendas e alugueis de móveis próprios e intermediação destes serviços para terceiros.

Por outro lado, serviços profissionais, administrativos e complementares (9,1%), serviços prestados às famílias (7,8%), atividades turísticas (4,4%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,5%) registraram variações positivas. Os serviços prestados às famílias obtiveram resultado positivo devido ao aumento de serviços em restaurantes. O aumento do comércio virtual impulsionou de forma significativa o crescimento dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, uma vez que nesse segmento são contabilizados as atividades de malote e de entregas.

Atividades Turísticas

A atividade turística em Goiás teve crescimento de 4,4% na comparação com março de 2018 e apresentou a quarta melhor taxa entre os estados analisados. Essa atividade tem apresentado bons resultados em volume em Goiás, uma vez que com exceção do mês de fevereiro, a atividade turística teve alta consecutiva desde dezembro de 2016. Esse crescimento ocorre principalmente pelo forte turismo de negócios em Goiás. Com o crescimento de março, o segmento acumula taxa de 2,8% no ano e 8,5% nos últimos 12 meses. O país apresentou taxa de -0,9% na comparação interanual e acumula -1,9% e -5,2% no ano e nos últimos 12 meses respectivamente, conforme os dados apresentados na Tabela 1.

Em contrapartida, houve queda de 0,6% na série ajustada sazonalmente em Goiás. Nessa comparação, São Paulo (7,2%) e Ceará (5,4%) apresentaram as maiores taxas, enquanto Bahia (-1,5%) e Distrito Federal (-1,1%) registram os maiores recuos. O Brasil apresentou crescimento de 2,0% no período. Os dados são apresentados no Gráfico 5.

Em síntese, percebe-se que gradualmente o setor de Serviço goiano tem melhorado nos últimos meses. Apesar da queda no mês de fevereiro, o setor apresenta taxa positiva no acumulado do ano, o que mostra que 2018 tende apresentar uma recuperação no setor, que chegou a registrar 34 taxas negativas consecutivas (de janeiro de 2015 a outubro de 2017). A criação de 5.312 vagas de empregos formais em Goiás no mês de março faz com que as expectativas de crescimento do setor aumente para os próximos meses.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviços

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2018.

* Base: igual período do ano anterior

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviços

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2018.

* Base: igual período do ano anterior

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Jalda Claudino

Welington José de Souza Filho

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