Goiás mantém primeiras posições na geração de empregos formais



Segundo dados do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho, foram gerados em Goiás 39.139 empregos com carteira de trabalho entre os meses de janeiro a novembro de 2017 (ajustado com as declarações entregues fora do prazo), um acréscimo
de 3,31% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Com esse resultado, Goiás permanece no terceiro lugar em termos relativos e no quarto em termos absolutos na geração de empregos formais no acumulado do ano, conforme pode-se observar no Gráfico 1 e Tabela 1.


 

Tabela 1 – Ranking dos Estados: Saldo acumulado de empregos formais até o mês de novembro de 2017

Ranking

Estados

Vagas geradas

 São Paulo

109.056

 Minas Gerais

61.120

 Santa Catarina

51.550

 Goiás

39.319

 Paraná

36.394

 Mato Grosso

25.645

 Rio Grande do Sul

16.715

 Bahia

12.887

 Tocantins

5.342

10º

 Piauí

5.136

Fonte: Caged/MTb.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais.

Nota: Ajustado com declarações entregues pelas empresas fora do prazo.


O saldo acumulado do mês de novembro de 2017 (39.139) representa um salto em relação aos dois anos anteriores (2015 e 2016), anos em que novembro foi fechado com saldos negativos (-2.569 e -4.449, respectivamente). Há, portanto, um fator que indica uma recuperação econômica.

 

Mês de outubro de 2017

Em novembro foram admitidos 44.401 trabalhadores e desligados 46.564, resultando em um saldo líquido de -6.163 empregos formais com carteira, variação de -0,5% em relação ao estoque do mês anterior (Gráfico 2). Pelo segundo mês seguido obteve-se o segundo pior saldo, dentre as unidades da federação, melhor apenas que o estado de São Paulo, -17.611. Deve-se ressaltar que historicamente o mês sempre apresentou saldos negativos em Goiás, resultado da dinâmica sazonal da economia goiana. Além disso, sublinha-se que esse foi o melhor novembro dos últimos sete anos. Também deve-se frisar que os dados são sem ajuste, não incluem as informações repassadas fora do prazo pelas empresas, ou seja, os valores podem sofrer alterações para mais ou para menos.


 

Setores

Apenas o Comércio apresentou saldo positivo em novembro, com a criação de 1.584 vagas. No outro extremo, a Agropecuária e a Indústria de Transformação foram os setores que mais diminuíram postos de trabalho, -2.765 e -2.725, pela ordem (Gráfico 3).

 

O saldo do Comércio representou acréscimo de 0,56% em relação a outubro/2017, mostrando nítida recuperação em relação aos anos 2015 e 2016, com saldo acumulado de 5.848 empregos e passando para o quarto lugar no saldo do ano (Gráfico 4 e Tabela 2). A atividade que mais gerou empregos nesse mês foi o comércio varejista, com prevalência dos relacionados a hipermercados e supermercados (512) e os de calçados e artigos para viagem (404).

O saldo negativo da Agropecuária em novembro representa uma redução de 2,64% em relação ao mês anterior, maior diminuição relativa entre os setores. Apesar da queda no número de empregos, o setor manteve-se no terceiro lugar no saldo acumulado do ano. Nesse mês, a atividade que mais fechou postos de emprego foi a de Cultivo de Cana-de-Açúcar, com -1.115 vagas.

A Construção Civil registrou saldo negativo de -1.580 vínculos, a terceira maior variação absoluta negativa do mês, que resultou num decréscimo da ordem de 2,14%. Tal resultado fez o setor ser ultrapassado pelo Comércio, e agora ocupa a quinta posição no saldo de emprego do ano. A atividade de Construção de Rodovias e Ferrovias contribuiu para esse saldo negativo com o fechamento de 1.000 postos de trabalho. Mais uma vez a atividade de Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações obteve o maior saldo do setor (231).

O setor de Serviços reduziu o estoque do mês anterior em -382, o que representa -0,08% na variação relativa. Com essa pequena queda o setor continua com o melhor saldo acumulado do ano entre os setores da economia goiana, com 13.931 empregos gerados. O subsetor ligado às Atividades de Associações de Defesa de Direitos Sociais teve o melhor saldo (+255) do mês de novembro. Em termos negativos, destacou-se o subsetor de Transporte Rodoviário de Carga, com o fechamento de 365 colocações com registro em carteira.

A Indústria de Transformação apresenta o segundo maior saldo acumulado do ano, mas em novembro fechou 2.725 vagas, variação de -1,11% em relação a outubro. Contribuíram para esse resultado as reduções nos saldos dos empregos nas atividades de Fabricação de Álcool e de Açucar em Bruto”, -1.787 e -648, respectivamente. Por outro lado, a Fabricação de Malte, Cevejas e Chopes, com a criação de 164 vagas, foi o contraponto da redução nesse setor.

O setor de Extrativa Mineral passou a compor o grupo que apresenta saldo negativo no acumulado do ano, juntamente com o Serviço Industrial de Utilidade Pública e a Administração Pública (SIUP). Os três setores fecharam 295 postos de trabalhos, com destaque para a atividade de Transmissão de Energia Elétrica (do SIUP) que fechou 166 vagas.

 

 

Em relação às ocupações que se destacaram em novembro, os vendedores do comércio varejista e os operadores de caixa foram os que mais obtiveram vagas no mês. Por outro lado, as ocupações de motorista de caminhão e os trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar foram as que apresentaram maiores reduções (Quadro 1). Esta última nitidamente relacionada à diminuição dos empregos na fabricação de álcool e açúcar em bruto.

 

Quadro 1: Goiás – Ocupações com maiores e menores saldos no mês de novembro de 2017

Maiores

Saldo

Menores

Saldo

Vendedor de Comercio Varejista

698

Operador de Telemarketing Ativo e Receptivo

-147

Operador de Caixa

381

Controlador de Entrada e Saída

-165

Instalador de Linhas Elétricas de Alta e Baixa – Tensão (Rede Aérea e Subterrânea)

159

Pedreiro

-249

Promotor de Vendas

137

Operador de Maquinas de Beneficiamento de Produtos Agrícolas

-311

Assistente Administrativo

134

Servente de Obras

-526

Repositor de Mercadorias

130

Tratorista Agrícola

-581

Vigilante

121

Trabalhador Agropecuário em Geral

-769

Atendente de Lojas e Mercados

117

Trabalhador Volante da Agricultura

-787

Agente de Saúde Publica

100

Trabalhador da Cultura de Cana-De-Açúcar

-837

Armazenista

87

Motorista de Caminhão (Rotas Regionais e Internacionais)

-963

Fonte: Caged/MTb.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais.

Obs.: Ajustado com declarações entregues pelas empresas fora do prazo.

 

 

Tabela 2 – Estado de Goiás: Saldo – admitidos/desligados por setor de atividades econômicas – 2017

Setores

novembro/17

No ano

Em 12 meses

Adm

Desl

Saldo

Var. Estoq

(%)

Adm

Desl

Saldo

Var. Estoq (%)

Adm

Desl

Saldo

Var. Estoq (%)

Extrativa mineral

55

236

-181

-2,25

1691

1734

-43

-0,54

1745

1969

-224

-2,76

Indústria de transformação

6203

8928

-2725

-1,11

94415

85778

8637

3,67

99189

93284

5905

2,48

Prod. minerais não metálicos

351

452

-101

-0,80

5061

4660

401

3,26

5244

5126

118

0,94

Metalúrgica

361

384

-23

-0,20

4574

4803

-229

-1,94

4882

5147

-265

-2,24

Mecânica

299

257

42

0,56

4184

4108

76

1,00

4562

4448

114

1,50

Material elétrico e comunicação

79

81

-2

-0,08

885

1069

-184

-7,16

939

1165

-226

-8,65

Material de transporte

66

48

18

0,38

691

803

-112

-2,28

722

879

-157

-3,17

Madeira e mobiliário

291

276

15

0,17

2999

3070

-71

-0,80

3173

3318

-145

-1,62

Papel, papelão, editorial e gráfico.

280

276

4

0,04

3358

3093

265

2,81

3562

3338

224

2,36

Borracha, Fumo e Couros

239

219

20

0,27

2703

2420

283

3,98

2856

2692

164

2,27

Químico, Prod. Farmacêutico e Veterinário.

1105

2802

-1697

-3,09

21215

18004

3211

6,36

21904

19300

2604

5,10

Têxtil e vestuário

562

980

-418

-1,48

11291

10559

732

2,66

11706

11620

86

0,31

Calçados

21

31

-10

-0,90

404

368

36

3,35

427

437

-10

-0,89

Prod. Alimentícios e Bebidas.

2549

3122

-573

-0,60

37050

32821

4229

4,62

39212

35814

3398

3,68

Serviço industrial de utilidade pública

230

326

-96

-0,88

2844

3020

-176

-1,59

2939

3114

-175

-1,58

Construção civil

3361

4941

-1580

-2,14

52368

48023

4345

6,28

54584

54373

211

0,29

Comércio

11592

10008

1584

0,56

126565

120717

5848

2,07

136339

132325

4014

1,41

Com varejista

9920

8302

1618

0,69

106154

101414

4740

2,03

114627

111352

Governo na palma da mão

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