Goiás fecha postos de trabalho em novembro


Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Previdência Social, foram fechados, em Goiás, 4.449 colocações com registro em carteira (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo) de janeiro a novembro de 2016, representando um decréscimo de 0,37% em relação ao estoque de dezembro de 2015. Na comparação entre as demais Unidades da Federação, Goiás teve o sexto melhor resultado em termos absolutos, no acumulado do ano. Em termos relativos, está em quarto lugar, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1.

 

 

 

 


Novembro de 2016

 

Goiás registrou saldo negativo em novembro desse ano, foram admitidos 39.386 trabalhadores e desligados 48.509, resultando em um saldo liquido de -9.123 postos de trabalhos. Historicamente, o mês de novembro apresenta saldo negativo, devido à sazonalidade da economia goiana, com fechamento de postos de trabalho a partir do mês de setembro. Em termos absolutos, esse resultado foi melhor que o registrado para o mês, no ano anterior, quando foram fechados 11.905 colocações com carteira. Em relação ao mês anterior, houve redução de 0,76% no estoque de empregos formais com carteira. Ressalta-se que, diante do cenário econômico recessivo, Goiás está operando em um nível bem a abaixo do observado no período de janeiro a dezembro de 2010, melhor ano da serie histórica registrada (Gráficos 3 e 4).

 

 

 

 

Somente dois setores tiveram saldos de empregos formais positivos no mês de novembro, a administração pública, com uma pequena variação (0,03%) em relação ao mês anterior, e o setor de comercio, impulsionado pelas contratações temporárias de fim de ano. Os demais setores fecharam postos de trabalho, com destaque para a indústria de transformação.

O setor de comércio teve um acréscimo de 0,45% no estoque de empregos formais em relação ao mês anterior, foram gerados 1.255 postos de trabalho. O setor foi impulsionado pelas festas de fim de ano, com destaque para o comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – hipermercados e supermercados e o comércio varejista de calçados e artigos de viagem, que geraram 511 e 390 empregos, respectivamente. Por outro lado, o comércio a varejo e por atacado de veículos automotores continua fechando empregos (-97 postos), seguido pelo comércio varejista de combustíveis para veículos automotores (-95 postos).

A indústria de transformação teve o pior saldo do mês, registrando o quinto saldo negativo consecutivo, reduzindo o saldo acumulado para -4.264 postos de trabalho até o mês de novembro. A indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria teve o pior resultado, com fechamento de 3.094 colocações. Na análise por atividade econômica (CNAE 2.0 – Classe), identificou-se que as atividades de fabricação de álcool (-3.089) e de fabricação de açúcar em bruto (-327) tiveram os piores saldos. Por outro lado, a atividade de fabricação de medicamentos para uso humano teve o melhor saldo, 75 vínculos empregatícios.

A construção civil registrou seu terceiro saldo negativo, com variação de –2,91% no estoque. Com esse resultado, o setor passou a ter saldo acumulado negativo (-603). Para esse mês, merece destaque as atividades de obras de instalações em construções não especificadas anteriormente (saldo de 247 empregos) e, em termos negativos, a construção de rodovias e ferrovias (-701 empregos).

O setor de serviços teve um decréscimo de 0,36% no estoque, saldo negativo de 1.664 postos. A atividade de associações de defesa de direitos sociais registrou o melhor saldo (+465). Também merece destaque a atividade de fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiros (+165). Em termos negativos, a atividade de transporte rodoviário de carga foi a que teve o pior saldo, -1.337postos de trabalho.

A agropecuária também reduziu o saldo acumulado em 1.377 postos, mas o setor continua sendo o que mais gerou empregos formais no em 2016 (6.643 empregos). Este é o quarto mês que o setor fecha postos de trabalho no ano, uma variação de -1,40% em relação ao estoque do mês anterior. A produção de sementes certificada foi a atividade que mais gerou postos de trabalho (+337) e o cultivo de plantas de lavoura temporária não especificadas anteriormente o que mais fechou (-441).

 


 

 

Municípios

 

Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, dez tiveram saldo positivo de empregos formais em novembro de 2016. O primeiro e terceiro colocados, Itumbiara e Formosa, foram impulsionados pela agropecuária, com destaque para a produção de sementes certificadas e para as atividades de apoio à agricultura. Caldas Novas, segundo colocado, foi estimulada pelo período de férias escolar, merecendo destaque os hotéis e similares. Do lado negativo, destaque para Inhumas, que fechou 1.072 postos de trabalhos, com destaque para a fabricação de álcool (1.083 empregos fechados).

 

 

 

 

Responsável Técnico:

João Quirino Rodrigues Junior

Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais

Governo na palma da mão

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