Goiás fecha 2.569 postos de trabalho no acumulado de 2015


 

Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Emprego foram fechados, em Goiás, 2.569 colocações com registro em carteira (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo) de janeiro a novembro de 2015, representando um decréscimo de 0,21% em relação ao estoque de dezembro de 2014. Apesar do resultado ruim, Goiás se encontra em situação melhor que a nacional, que teve redução de 2,29% no número de empregos formais durante o mesmo período. Na classificação geral ocupa o sexto lugar em termos absoluto e o quinto em termos relativo, na geração de empregos formais no acumulado do ano, dentre as Unidades da Federação, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1.

 

 

 

 

 

Novembro de 2015

 

Historicamente, em novembro as demissões excedem as admissões em Goiás, resultando em saldo negativo, contudo, neste ano o resultado foi o pior para este mês desde o início da série histórica. Até então, o pior resultado para meses de novembro havia sido registrado em 2011 – com 10.466 postos fechados. É importante ressaltar que os dados são sem ajuste, não incluem as informações repassadas pelas empresas fora do prazo, ou seja, os valores podem sofrer alterações para mais ou para menos.

 

 

 

 

 

 

O comércio foi o único setor da economia que contratou mais do que demitiu em novembro, com a criação de 966 postos de trabalho. No acumulado no ano, entretanto, o setor eliminou 2.019 mil vagas. A indústria de transformação, por outro lado, foi quem mais demitiu, com o corte de 6.876 postos, já acumula um saldo negativo de 6.910 postos.

No setor de comércio houve contratações principalmente nas atividades de comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – hipermercados e supermercados, com saldo positivo de 459 postos. Também se destacaram o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios e o comércio varejista de calçados e artigos de viagem, saldo de 275 e 205 postos respectivamente. È interessante observar que nestas duas últimas atividades, 64,7% dos postos foram preenchidos por mulheres.

A indústria de transformação teve redução de 1,49% no estoque de empregos formais em novembro. Todos os subsetores tiveram saldo negativo, sendo que o subsetor químico, produtos farmacêuticos e veterinários foi responsável pelo fechamento do maior número de postos neste setor (-3.504). Ao realizar análise por classe econômica (CNAE 2.0 – Classe) identificou-se que a atividade de fabricação de álcool e a fabricação de açúcar em bruto, dentro deste subsetor, foram as principais responsáveis, juntas fecharam 10.092 postos de trabalho no mês de novembro.

O setor de serviços tem o melhor saldo acumulado do ano (7.737 postos, crescimento de 1,7% do estoque), no entanto, teve saldo negativo de 540 postos no mês de novembro. Em termos negativos destacou-se o subsetor de transporte e comunicação (-1.001 postos). Em uma análise mais aprofundada, por classe de atividade econômica, contatou-se que o pior saldo foi na atividade de transporte rodoviário de cargas (-919 postos).

A agropecuária teve o segundo pior saldo do mês, fechou 3.058 postos de trabalho. Este setor possui o segundo melhor saldo acumulado do ano (5.692 postos) e a maior variação positiva do estoque, crescimento de 6,42% em relação ao estoque do ano anterior. A atividade de cultivo de oleaginosas de lavoura temporária, exceto soja, gerou o maior número de postos de trabalho neste mês (-69 postos). Por outro lado, a atividade de cultivo de cana-de-açúcar fechou 1.058 postos.

O setor de construção civil continuou fechando postos e já acumula um saldo negativo de 6.991 vagas fechadas até novembro, uma redução de 7,62% no estoque de empregos formais. As demissões ocorreram principalmente nas atividades de construção de edifícios (saldo de -710 postos) e na construção de Rodovias e Ferrovias (saldo de -674 postos).

Por fim, a análise por ocupação (CBO – família) mostra que em novembro gerou-se maior número de empregos para Vendedores e Demonstradores em Lojas ou Mercados (+ 652 postos) e para operadores de telemarketing (+324 postos) e, fechou-se maior número postos para trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas (-2.914 postos) e para motoristas de veículos de cargas em geral (-1.792 postos).

 

 

 

 

Municípios

 

Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, em 13 foram observados saldo positivo de empregos formais em novembro de 2015. Em termos absolutos, Itumbiara ficou em primeiro lugar, com saldo de 211 postos, graças ao setor agropecuário. Caldas Novas ficou em segundo, com 68 postos, e Porangatu em terceiro , com 48 postos, ambos tiveram melhor saldo no setor de serviços. Por outro lado, Cristalina, Inhumas e Goianésia tiveram os piores saldos do mês. Os dois últimos devido às demissões do setor de serviços e o primeiro devido ao setor agropecuário.

 

 

 

 

 

 

 

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