Varejo goiano recua 13,4% em outubro de 2015.


 

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE mostra que em outubro houve uma queda no comércio no Estado de Goiás, registrando -13,4% (na comparação do mesmo mês em anos subsequentes, ou seja, sem ajuste sazonal). Esse resultado fez com que Goiás figurasse como a quinta pior entre as Unidades da Federação, sua queda foi superior à registrada nacionalmente, -5,6%. 

Em outubro, todas as Unidades da Federação registraram queda no comércio – vale lembrar que em setembro apenas Roraima havia apresentado variação positiva. Além disso, mais uma vez os Estados do Amapá e Paraíba tiveram as maiores quedas, em respectivamente, -20,9% e -17,9%.

 

 

 

A tabela 1 revela um resultado importante, na comparação com ajuste sazonal entre outubro de 2015 e setembro de 2015, o comércio varejista nacional e de Goiás apresentaram crescimento, tanto no volume de vendas, quanto na receita nominal. Em Goiás o crescimento das vendas foi de 1,2%, o dobro do verificado nacionalmente.

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2015 (Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%)

 

Outubro/2015

Brasil

Goiás

Volume de Vendas

0,6

1,2

Receita de Vendas

1,2

1,3

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015.

 

 

Ainda na comparação entre outubro e setembro de 2015, apenas quatro estados tiveram taxas negativas no volume de vendas, Espírito Santo, Tocantins, Paraíba, Mato Grosso, Amapá, de respectivamente, -0,8%, -0,8%,-0,6%, -0,4% e -0,2%.

Verifica-se assim, que embora os resultados sejam negativo nesses Estados, as suas magnitudes são bem inferiores às quedas verificadas em meses anteriores. Ou seja, há indícios de uma ligeira retomada do comércio em outubro de 2015. É importante destacar que em anos de mudanças abruptas da atividade econômica, a comparação sem ajuste sazonal, tende a superestimar o resultado das quedas verificadas, pois o mesmo é feito a partir de uma confrontação de meses extremamente discrepantes. Todavia, na comparação com ajuste sazonal, há a possibilidade de verificar se dentro de um mesmo ano há melhoras nos indicadores entre meses subsequentes.

 

Varejo Goiano Restrito

A tabela 2 mostra que no âmbito restrito o comércio varejista goiano, em volume, no mês de outubro de 2015 apresentou queda de 13,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, nesta comparação dos oitos segmentos que compõem o comércio varejista, sete apresentaram queda, com destaque para móveis e eletrodomésticos, que teve recuo de 22,1% e Hipermercados e supermercados -14,6%.

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2015 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Ago/15

Set/15

Out/15

No Ano

12 Meses

Ago/15

Set/15

Out/15

No Ano

12 Meses

Comércio Varejista Geral

-6,9

-6,3

-5,6

-3,6

-2,7

-10,8

-12,0

-13,4

-10,0

-8,6

Combustíveis e lubrificantes

-7,1

-8,5

-11,4

-5,2

-4,1

2,5

-13,0

-8,6

-3,2

-1,8

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

-4,8

-2,2

-0,3

-2,1

-1,9

-10,8

-8,1

-14,6

-13,4

-13,1

Hipermercados e supermercados

-5,0

-2,1

-0,3

-2,0

-1,8

-10,6

-7,8

-14,7

-13,6

-13,3

Tecidos, vestuário e calçados

-13,7

-12,9

-9,7

-7,5

-6,0

-14,3

-10,5

-8,6

-8,7

-7,3

Móveis e eletrodomésticos

-18,6

-18,3

-16,1

-13,3

-10,8

-21,7

-23,9

-22,1

-16,1

-12,7

Móveis

-18,1

-23,2

-21,5

-15,5

-13,3

-24,2

-25,9

-24,2

-18,2

-16,4

Eletrodomésticos

-18,8

-16,0

-13,8

-12,3

-9,7

-20,9

-23,1

-21,5

-15,4

-11,4

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

1,1

-1,2

-0,4

3,1

3,8

-1,6

-2,0

-1,7

0,9

1,0

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-15,5

-14,8

-9,5

-9,6

-9,2

-14,1

-0,4

3,7

-12,1

-10,9

Livros, jornais, revistas e papelaria

-7,3

-9,7

-25,9

0,6

1,8

-3,6

5,2

-4,3

13,9

17,6

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

-2,8

-7,0

-9,0

0,3

2,1

-4,9

-6,5

-4,3

5,1

6,7

Comércio varejista ampliado geral

-9,6

-11,5

-11,8

-7,9

-6,8

-14,9

-19,6

-23,2

-14,1

-12,3

Veículos, motocicletas, partes e peças

-15,6

-21,7

-23,9

-16,9

-15,4

-23,0

-31,0

-36,3

-22,2

-19,5

Material de construção

-9,2

-12,7

-15,7

-7,4

-6,3

-6,1

-11,6

-21,0

-3,2

-3,4

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio 

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015

                       

 

A tabela 3 mostra que a receita nominal no comércio varejista apresentou queda de 4,9% valor 0,8 p.p. inferior ao registrado no mês anterior, no ano esse resultado registra queda de 3,5%. Resultado preocupante, especialmente em ano de inflação elevada, que faz com que a receita real seja ainda mais negativa.

 

 

 

 

 

Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2015 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Atividades

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Ago/15

Set/15

Out/15

No Ano

12 Meses

Ago/15

Set/15

Out/15

No Ano

12 Meses

Comércio Varejista Geral

1,2

1,8

3,3

3,5

4,1

-3,9

-4,1

-4,9

-3,5

-2,4

Combustíveis e lubrificantes

4,0

3,0

4,7

5,1

5,3

11,5

1,9

9,3

6,2

7,2

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

4,9

7,4

9,5

6,6

6,5

-0,1

2,3

-4,2

-3,5

-3,5

Hipermercados e supermercados

4,5

7,2

9,3

6,4

6,4

-0,1

2,5

-4,5

-3,9

-3,8

Tecidos, vestuário e calçados

-10,2

-9,3

-6,0

-4,2

-2,7

-11,8

-7,8

-5,4

-5,6

-4,3

Móveis e eletrodomésticos

-16,3

-16,6

-14,4

-11,3

-8,4

-20,9

-22,0

-19,1

-15,2

-11,8

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo